O satélite de comunicações Angolano, AngoSat-1, encontra-se com problemas eléctricos em órbita que o impediram de atingir a sua localização operacional na órbita geossíncrona.
Lançado a 26 de Dezembro de 2017 por um foguetão Zenit-3SLBF/Fregat-SB desde o Cosmódromo de Baikonur, Cazaquistão, o satélite teve uma existência problemática desde então. O contacto com o satélite foi perdido pelo Centro de Controlo cerca de quinze minutos após a separaçãodo estágio Fregat-SB, sendo no entanto restabelecido mais tarde, afirmando-se então que o satélite estava totalmente operacional.
Recentemente, numa informação publicada a 15 de Janeiro de 2018, a Corporação RKK Energia, fabricante do satélite, referiu que o veículo estava na fase de testes e que a telemetria recebida a partir do mesmo permitiu identificar o problema na operação do seu equipamento do sistema de fornecimento de energia. Os especialistas da Corporação RKK Energia completaram o processamento da telemetria disponível e estão a preparar a realização de uma série de testes operacionais no AngoSat-1.
No entanto, e movendo-se para Oeste em deriva na órbita geossíncrona, o Angosat-1 vai deixar a zona de visibilidade de rádio disponível para o Centro de Controlo de Voo em Korolev, Moscovo.
Assim, e tendo em conta a dificuldade das manobras na órbita geossíncrona, foi decidido não influenciar de forma activa o satélite antes de este regressar à zona de visibilidade de rádio, o que irá acontecer no próximo mês de Abril, altura em que serão retomados os testes com o AngoSat-1.
Imagem: RKK Energia
Porque tantas complicações do nosso satélite, estamos ansiosos que tudo vai correr bem.