Nos quatro capítulos anteriores, o Boletim Em Órbita descreveu a descida de Armstrong e Aldrin a bordo do módulo lunar até à superfície da Lua. A alunagem dá-se a 20 de Julho de 1969, às 2018UTC, numa série de acontecimentos que ficarão para sempre na memória da Humanidade.
Este quinto episódio vai-nos descrever as primeiras actividades dos dois astronautas antes do momento histórico do primeiro passo na superfície da Lua.
A épica viagem da Apollo-11 (IV)
Na superfície
Devido ao facto de quatro das seis baterias do Eagle se encontrarem no estágio de descida, o estágio de ascensão tinha energia para apenas o tempo necessário para o encontro em órbita lunar. Como esta manobra só poderia ter início quando o Columbia estivesse devidamente posicionado, ocorria uma breve janela de lançamento uma vez por órbita. Apesar do Columbia estar agora abaixo do horizonte, um encontro em órbita seria possível se o Eagle tivesse de partir nos próximos 12 minutos. Assim, apesar dos que se encontravam à volta ainda estarem a celebrar a descida na Lua, os controladores de voo em serviço estavam a estudar a telemetria em busca de algum problema que pudesse obrigar a um lançamento imediato. Durante o planeamento, havia sido decidido proporcionar dois pontos de decisão, referidos como T1 e T2: o primeiro, apensa 2 minutos após a alunagem, seria levado a cabo na base das ‘primeiras impressões’; o segundo seria levado a cabo mesmo antes do encerramento da janela de lançamento após um estudo mais aprofundado. Durante o treino, Bill Tindall havia exprimido a sua preocupação. Por tradição, as decisões eram exprimidas em termos de ‘Go / No-Go”, mas neste caso ele notou a possibilidade de haver uma confusão: “Uma vez chegados á Lua, será que ‘Go’ significa ficar na superfície, e ‘No-Go’ significa uma abortagem desde a superfície? Eu penso que a decisão deveria ser alterada para ‘Stay / No-Stay’ ou algo parecido.” A sua opinião fora aceite.
“Vamos prosseguir,” disse Armstrong a Aldrin após finalizarem a verificação pós-alunagem e significando que se deveriam preparar para um lançamento de imediato. Então, Armstrong chamava Houston, “Muito bem, vamos estar ocupados por um minuto.”
“Todos os controladores de voo, cerca de 45 segundos para o T1 Fica / Não Fica,” observava Kranz. Apesar dos controladores de voo terem mantido a disciplina nas suas ligações de comunicações, alguns dos outros presentes estavam a celebrar. “Mantenham a conversa mais baixa nesta sala,” ordenava. “Muito bem, T1 Fica / Não Fica? Retro?”
“Fica!” respondeu Deiterich.
“FIDO?”
“Fica!” respondeu Greene.
“Guidance?”
“Fica!” respondeu Bales.
“Control?”
“Fica!” respondeu Carlton.
“TELCOM?”
“Fica!” respondeu Puddy.
“GNC?”
“Fica!” respondeu Willoughby.
“EECOM?”
“Fica!” respondeu Aaron.
“Cirurgião?”
“Fica!” respondeu Zieglschid.
“CapCom, ficamos para o T1,” disse Kranz.
“Eagle, vocês ficam para o T1,” transmitiu Duke.
“Roger. Compreendido, Ficamos para T1,” respondeu Armstrong.
“Houston,” chamava Collins. “Como escutam o Columbia no alto-ganho?” Agora que não observava o Eagle, Collins havia manobrado para permitir que a sua antena de alto-ganho ficasse direccionada para a Terra.
“Escutamos perfeitamente, Columbia. Ele desceu na Base da Tranquilidade. O Eagle está na Tranquilidade.”
“Sim, eu escutei tudo,” notou Collins. A sua esposa estava maravilhada pelo facto de não ter sido deixado de parte.
“Eagle, Houston. Vocês ficam para o T2.”
“Ficamos para T2,” respondeu Armstrong. “Nós agradecemos.” Esta decisão fez com que o Eagle permanecesse na Lua pelo menos por duas horas até que o Columbia chegasse de novo do outro lado. Armstrong e Aldrin começaram a preparar para um lançamento normal desde a superfície, actualizando o sistema de orientação «informando-o» que se encontravam na superfície lunar com uma orientação específica. Este processo envolveu o alinhamento da plataforma com um procedimento que inferia a vertical local a partir do vector de gravidade e o azimute de uma observação estelar. Enquanto Aldrin se preparava para fazer isto, Armstrong dava uma explicação sobre a fase final da descida. “Houston, aquela pode ter parecido uma fase final muito longa. A determinação automática do local de descida estava a levar-nos para uma cratera do tamanho de um campo de futebol com um grande número de grandes pedregulhos e pedras numa área com cerca de uma ou duas crateras de diâmetro em redor, e foi necessário prolongar o P66 e voar manualmente sobre o campo de rochas para encontrar uma área razoavelmente boa.”
“Foi fantástico visto daqui, Tranquilidade,” respondeu Duke.
Aldrin transmitiu as suas impressões iniciais sobre a superfície, “Vamos aos detalhes sobre o que está em torno de nós mais tarde, mas parece uma colecção de toda a variedade de formas, angularidades, granulidades, todo o tipo de rochas que se pode encontrar. A cor varia muito dependendo da forma como olhamos em relação ao ponto de fase zero (A linha imaginária a partir do Sol até à superfície era denominada ‘fase zero’ (‘zero phase’). Com o Sol baixo a Este, as sombras das rochas e crateras ficavam escondidas quando se olhava para Oeste, e a dispersão coerente a partir dos pontos de clivagem nas rochas cristalinas fracturadas produzia uma reflexão solar muito forte que tinha tendência a preencher o cenário). Não parece de todo haver uma cor geral. Porém, parece que algumas das rochas e pedregulhos, e existem muitos por aqui, terão algumas cores interessantes.”
“Ficam avisados que existem muitas caras sorridentes nesta sala e em todo o mundo,” congratulava Duke.
“Bem, existem duas delas cá em cima,” indicava Armstrong.
Apesar do Columbia estar abaixo do horizonte do Eagle, Houston havia criado uma transmissão em dois sentidos. Mas uma transmissão do Eagle tinha de percorrer os dois sentidos para chegar ao Columbia e isto impunha um atraso temporal extra com o resultado de que qualquer coisa que se dissesse em resposta para uma transmissão do Eagle era feita quase três segundos mais tarde e o que ele dizia necessitava 1,3 segundos para atingir a Terra, durante esse intervalo o CapCom poderia responder ao Eagle. Ao escutar a nota de Armstrong, Collins respondeu de imediato, “E não se esqueçam da que está no módulo de comando” referindo ao facto de estar também a sorrir. Mas antes de isto chegar à Terra, Duke congratulava o Eagle, “Foi um trabalho maravilhoso, rapazes”, com o resultado de que a referência de Collins ter criado a impressão de que estava a lembrar a Terra de que ele tinha feito um bom trabalho também!
“Columbia, diz alguma coisa,” reagiu Duke. “Eles são capazes de te ouvir também.”
“Base da Tranquilidade, com certeza que pareceu fantástico a partir daqui de cima,” disse Collins. “Vocês fizeram um trabalho fantástico.”
“Obrigado,” respondeu Armstrong. “Mantém essa base orbital pronta para nós.”
“Assim farei,” respondeu Collins.
Alguns minutos mais tarde Armstrong chamava Houston, “As pessoas que disseram que não seriamos capazes de dizer com precisão onde estamos – eles são hoje os vencedores. Estávamos um pouco ocupados a lidar com os alarmes de programa e coisas como essas na descida onde normalmente estaríamos a escolher um local de descida. Para lá de uma observação sobre as crateras na descida final, ainda não fui capaz de descortinar nada no horizonte que servisse de referência.”
“Não há problema,” respondeu Duke. “Nós veremos isso.”
Bill Anders e Ken Danneberg, um amigo da família Armstrong, iniciaram uma lotaria de $1,00 para tentar determinar onde pousara o Eagle.
Antes da missão os médicos expressaram as suas preocupações relativamente ao facto de que quando os astronautas saíssem do módulo lunar, teriam de passar algum tempo na base da escada de acesso à superfície para se adaptar à gravidade local antes de se mover mas, tal como tinha sido indicado em resposta, nessa altura já teriam tido várias horas para se aclimatizarem ao estarem de pé na cabina. Armstrong referiu, “Devem estar interessados em saber que eu não penso que tenhamos notado qualquer dificuldade a nos adaptarmos a um sexto da gravidade. Parece natural para nós movermo-nos neste ambiente.” De seguida relatou o que podia ver através da sua janela. “A área é relativamente plana com um grande número de crateras entre os 30 e os 60 cm. Vemos alguns blocos angulares a algumas dezenas de metros à nossa frente e que terão provavelmente 60 cm de tamanho. Existe uma colina mesmo à nossa frente. É difícil de estimar, mas deverá ter entre 500 m a 1 km.”
“Parece muito melhor do que parecia ontem com aquele Sol muito baixo,” referiu Collins. “Parecia tão áspera como uma espiga.”
“Parecia mesmo áspero, Mike,” notou Armstrong. “No local previsto de descida era extremamente áspero com uma cratera e um grande número de rochas que eram provavelmente de 1,5 m a 3.0 metros.”
“Quando tens dúvidas, desce mais longe,” observou Collins.
“Foi o que fizemos,” concordou Armstrong. E continuando as suas observações, “Diria que a superfície local é comparável ao que observamos quando estávamos em órbita com o Sol neste ângulo; cerca de 10 graus. Quase não tem cor. É um cinzento muito claro quando olhas na fase zero; e é consideravelmente mais escura, mais como cinza escuro se olhares a 90 graus do Sol. Algumas das rochas que estão mais perto e que foram fracturadas ou influenciadas pelos gases da combustão do motor, estão cobertas por este cinza claro por fora, mas onde foram quebradas mostram um interior muito escuro – parecem basalto.”
Apesar de não ser necessário para o sucesso da missão determinar com precisão onde havia descido o Eagle, Collins estava ansioso por encontrá-lo utilizando um exercício de detecção P22 para auxiliar no encontro em órbita. A única referência era a grande cratera rochosa que Armstrong havia referido quando a sobrevoaram. Porém, não havia mencionado que mais tarde haviam passado sobre uma cratera mais pequena. No entanto, os engenheiros foram capazes de usar os dados do Manned Space Flight Network e a telemetria dos sistemas de orientação de bordo para estimar o ponto de alunagem ao recrearem a trajectória de descida. Tal como referiu Lew Wade, “Todas as indicações eram de que eles se encontravam para lá do local previsto de descida, mas os sistemas de orientação diziam o contrário: o PNGS colocava-os um pouco a Norte do local previsto; o AGS colocava-os a meio. O primeiro relatório do Manned Space Flight Network assinalava-os mais a Sul.” As várias estimativas foram marcadas num mapa de grande escala da elipse e todas estavam num raio de 9 km, com a maior parte juntas mais abaixo da grande cratera. Entretanto, a equipa de geologistas de Gene Showmaker, que estava numa sala de apoio, avaliou a descrição da tripulação da zona em torno do módulo lunar (em particular o facto de estarem numa planície com um grande número de crateras) e determinou de forma razoável que o Eagle havia percorrido a maior parte do eixo maior da elipse e que Armstrong havia prolongado o voo para evitar uma cratera rochosa. Das duas candidatas para esta cratera, uma foi rejeitada, deixando apenas uma candidata. O caso não seria resolvido até que o filme de 16 mm da câmara Maurer fosse estudado após a missão, sendo determinado que a equipa de Shoemaker havia identificado o local com um erro de 200 metros.
“Não conseguimos ver as estrelas pelas janelas,” fez notar Armstrong, “mas estou a olhar para a Terra através de uma das janelas superiores; é grande e brilhante e linda.” Nesta altura Aldrin estava a preparar-se para obter as leituras estelares para o alinhamento da plataforma. “O Buzz vai tentar ver algumas estrelas através das ópticas.”
“Columbia, Houston,” chamava Duke, “Daqui a dois minutos vamos atingir o LOS, e pareces estar muito bem.”
Enquanto Collins passava o lado oculto da Lua, Armstrong e Aldrin prosseguiam com as suas actividades de uma forma mais ou menos independente de Houston. Mal Collins reapareceu no lado Este do limbo lunar na órbita 15, Duke deu-lhe uma estimativa do local de descida que estava a “cerca de 7,4 km para lá do local previsto.” Deu-lhe as coordenadas selenográficas que Collins acabou por introduzir no seu computador.
“Base da Tranquilidade. Houston,” chamou Duke. “Vocês ficam para o T3.”
“Roger.” Recebeu Armstrong. Assim, finalizavam-se os preparativos para um lançamento e permitia-se que o Eagle fosse desactivado.
Ao concluir o seu turno, Kranz apertou a mão de Tindall, procurou Koos para lhe agradecer o envio do programa 12-01 na última simulação e depois acompanhou Douglas Ward, o seu oficial de relações públicas, ao longo da sala para o centro de imprensa.
Base da Tranquilidade
Actividades Pós-alunagem
O plano de voo previa que o início do passeio lunar tivesse lugar por volta da meia-noite hora de Houston. A ideia era a de acomodar a possibilidade da alunagem ser adiada por uma órbita, e ainda dar a Armstrong e Aldrin um período no qual pudessem descansar antes do início dos preparativos da actividade extraveícular (AEV). Porém, como afirmou Armstrong, “Tínhamos pensado, mesmo antes do lançamento, que: se tudo corresse perfeitamente e se fossemos capazes de alunar no tempo previsto; e se não tivéssemos muitos problemas com os sistemas para nos preocuparmos; e se nos pudéssemos adaptar facilmente ambiente da gravidade lunar; então faria mais sentido prosseguir e finalizar a AEV enquanto estivéssemos bem acordados – mas, com toda a sinceridade, nunca pensamos que isto pudesse ser uma possibilidade.” Porém, cerca de duas horas após a alunagem, Aldrin chamava Houston, “A nossa recomendação nesta altura é prosseguir com a AEV, com a vossa concordância, e iniciar cerca das 8 pelo tempo de Houston, isto é daqui a cerca de 3 horas.”
“Aguardem,” respondeu Duke.
“Bem,” disse Aldrin, “nós vamos dar-lhes algum tempo para pensarem sobre isso.”
Mais meio minuto depois Duke respondia, “Pensamos sobre isso; e apoiamos a vossa decisão. Podem prosseguir na hora prevista.” Um momento mais tarde, clarificou, “Disseram 3 horas como a referência para a abertura da escotilha, ou para iniciar os preparativos para a AEV nessa altura?”
“Seria para a abertura da escotilha,” respondeu Armstrong.
“Foi o que pensamos.”
Mas então Armstrong decidiu jogar pelo seguro, “Pode ser um pouco mais tarde do que isso; por outras palavras, iremos começar os preparativos daqui a cerca de uma hora.”
Entretanto, durante a sua primeira passagem sobre o local de alunagem, Collins tinha tentado observar o Eagle na superfície. À medida que o Columbia se aproximava da área geral do local de descida, disse ao seu computador para orientar o sextante para as coordenadas que Duke lhe havia indicado. Com o sextante mantendo a linha de visão, ele procurou um reflexo solar momentâneo da folha que cobria o veículo, ou a sombra distinta que poderia projectar na superfície; mas não viu nada. Na sua altitude de 128 km, o campo de visão circular de 1,8º do sextante cobria uma área de somente alguns quilómetros quadrados, e viajando a cerca de 6.853 km/h ele estava numa elevação de 45º durante menos de 2 minutos e 30 segundos, o que era muito pouco para estudar a localização – era certamente tempo insuficiente para orientar o sextante numa busca.
“Que tal te parece a Base da Tranquilidade desde aí?” perguntou Duke.
“Bem,” respondeu Collins, “A área parece suave, mas não fui capaz de os ver.” Depois referiu, “No entanto parece uma zona linda.”
A equipa de Windler (Maroon Team) assumiu o centro de controlo para lidar com os preparativos da AEV, tendo Owen Garriott como CapCom.
“Columbia,” chamou Garriott, “A Base da Tranquilidade está pronta para iniciar a AEV mais cedo; eles esperam iniciar a despressurização daqui a cerca de 3 horas, a aproximadamente 108 horas.”
“Diz-lhes para comerem qualquer coisa antes de saírem,” recomendou Collins.
Cerca de 20 minutos mais tarde, Armstrong e Aldrin chegaram a um ponto no plano de voo no qual poderiam tirar os seus capacetes e luvas. O próximo item seria o almoço que, dado não haver no Eagle provisões de água quente, seria uma refeição fria. Primeiro, porém, Aldrin tinha um item pessoal. Um mês antes da missão, havia perguntado a Dean Woodruff, o padre na Igreja Presbiteriana de Webster, “para arranjar um símbolo que significasse um pouco mais do que a maior parte das pessoas poderia estar a pensar (imediatamente após a alunagem)”, e tinham decidido que Aldrin deveria celebrar o Sacramento da Santa Comunhão. Quando Aldrin disse o seu propósito a Slayton, este recordou-lhe que a leitura do Génesis levada a cabo na Apollo-8 havia resultado num processo judicial, e pediu que ele não fizesse qualquer comentário religioso (Na altura da Apollo-11 o processo judicial levado a cabo por Madalyn Murray O’Hair em relação à leitura do Génesis pela tripulação da Apollo-8, ainda estava pendente).
“Aqui é o piloto do LM,” chamou Aldrin. “Gostaria de aproveitar esta oportunidade para pedir a todas as pessoas que me estejam a escutar, onde possam estar, para fazerem uma pausa por um momento e contemplar os eventos das passadas horas e dar graças à sua própria maneira.” Escutando na sua coluna de som, a sua esposa reconheceu o significado do seu convite de celebração. Aldrin desligou então o seu microfone e retirou do seu kit pessoal um pequeno cálice dourado, um pequeno tubo de ensaio com uma quantidade simbólica de vinho, e uma bolacha representando uma hóstia. Usando a prateleira baixada do DSKY como o seu altar, deitou um pouco de vinho no cálice (observando no processo que o fluído se movia no cálice por muito tempo devido à fraca gravidade lunar). Leu então a partir de um pequeno cartão as palavras que havia escrito para este evento, os versos do Evangelho de S. João (15:5) e que é tradicionalmente usado nesta celebração: Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. A Comunhão era apropriada porque aquele dia era Domingo. Armstrong, que fora avisado antecipadamente, observou em respeitoso silêncio. Infelizmente, a esperança da NASA de que a cerimónia permanecesse privada, foi destroçada pelo próprio Reverendo Woodruff que disse a um repórter que havia dado a Aldrin um kit de comunhão.
Quando de aproximou a altura estimada para que os astronautas iniciassem os preparativos para a AEV, com os quais não tina havido comunicações desde a comunicação de Aldrin, Garriott disse, “Gostaríamos de ter uma estimativa do tempo que falta para terminar a vossa refeição, e de quando estarão prontos para iniciar os vossos preparativos.”
“Eu penso que estaremos prontos para iniciar os preparativos em cerca de meia hora,” disse Armstrong. Com isto, o circuito de comunicações voltou a estar em silêncio.
De facto, os preparativos para a excursão vieram a revelar-se mais demorados do que era esperado. No treino, a cabine havia sido ‘limpa’, com somente os aparelhos para o exercícios presentes no seu interior, mas na realidade a cabina continha tudo o que necessitavam para a missão, e 90 minutos haviam passado antes se estarem prontos para iniciaram os preparativos para a AEV. As actividades às quais haviam sido atribuídas 2 horas demoraram 3 horas. Foi sem dúvida uma decisão afortunada o facto de terem descansado antes de todo este processo.
Entretanto, a Green Team de Charlesworth assumiu o centro de controlo da missão, com Bruce McCandless servindo agora de CapCom. Ele direccionou a sua atenção para o Columbia. Collins havia inspeccionado a segunda posição estimada do local de alunagem, de novo em vão. Enquanto continuaria com estes esforços, apercebeu-se de que apesar de ser evidente de que o Eagle se encontrava no lado Oeste da elipse, a dispersão na posição estimada significava que o Mission Control não sabia ao certo onde se encontrava.
(Continua)