Os quatro tripulantes da missão espacial privada Polaris Dawn, testaram os fatos espaciais extraveículares com dois deles a terem parte do corpo no exterior da cápsula espacial.
No que foi aclamado como “um momento histórico” e “um grande feito tecnológico”, dois tripulantes da Crew Dragon Resilience realizaram o que no jargão espacial é denominado como Stand-up EVA, não deixando por completo a segurança do seu veículo espacial.
Pelas 1044UTC do dia 12 de Setembro de 2024, a pressão no interior da Resilience encontrava-se abaixo de 5 kPa. Por esta altura, a escotilha encontrava-se desbloqueada, com Jared Isaacman (Comandante da missão Polaris Dawn) a anunciar que estava aberta às 1049UTC. Isaacman foi o primeiro a realizar a SEVA, iniciando às 1052UTC e regressando para o seu lugar no interior da cápsula espacial às 1100UTC. Por seu lado, Sarah Gillis inicio a SEVA às 1105UTC e terminou às 1113UTC. Pelas 1116UTC era anunciado que a escotilha estava encerrada.
Os dois astronautas realizaram testes de mobilidade dos fatos extraveículares.
A escotilha permaneceu aberta durante 26 minutos e 40 segundos. O tempo de SEVA para Isaacman foi de 7 minutos e 56 segundos, enquanto o tempo de SEVA para Gillis foi de 7 minutos e 15 segundos (a primeira actividade extraveícular realizada a 18 de Março de 1965 por Alexei Leonov, teve uma duração de 23 minutos).
Como é usual, e numa absurda tentativa de obter os recordes que alimentam a charada de Elon Musk, a SpaceX mediu o tempo de “caminhada espacial” desde a altura em que foi iniciada a pressurização dos fatos espaciais, dando assim durações de actividade extraveícular até uma hora ou mais, superior do que as definições correspondentes da Roscosmos e da NASA.
Imagem: SpaceX