A SpaceX vai levar a cabo o lançamento de uma nova missão logística para a estação espacial internacional. O lançamento da Dragon SpX-6 (CRS6) deverá ter lugar desde o Complexo de Lançamento SLC-40 do Cabo Canaveral AFS, às 2033:00UTC do dia 13 de Abril e será levado a cabo por um foguetão Falcon-9 v1.1R.
A bordo da Dragon segue uma carga variada para a tripulação a bordo da estação espacial internacional, com provisões e equipamentos para a secção Norte-americana, Japonesa e para a secção Russa. A missão da Dragon SpX-6 deverá ter uma duração de cinco semanas, regressando posteriormente à Terra.
Das cargas experimentais transportadas a bordo destacam-se as experiências Osteo-4 (NIH Transitioned Payload), PCG-3 (Merck), Rodent Research-2 (Novartis), e Synthetic Muscle (Ras Labs).
A Osteocytes and Mechanomechano-transduction (Osteo-4) vai estudar os efeitos da microgravidade na função dos osteócitos, que são as células mais comuns nos ossos. A experiência irá permitir aos cientistas analisar as alterações da aparência física e na expressão genética das células de ossos de ratinhos em microgravidade.
Recuperação do primeiro estágio
Sendo que o objectivo principal da missão é o lançamento do veículo de carga Dragon, esta missão da SpaceX levanta um novo interesse pela tentativa de recuperação do primeiro estágio do lançador Falcon-9 v1.1. A SpaceX tem vindo a testar as capacidades de um regresso propulsivo para o primeiro estágio do Falcon-9 v1.1 em missões anteriores, tendo obtido um grande sucesso. Até esta missão, o primeiro estágio tem feito o seu regresso à Terra amarando no oceano. Porém, na missão CRS5 foi realizada uma tentativa de recuperação do primeiro estágio numa plataforma localizada no Oceano Atlântico. Infelizmente, esta tentativa fracassou, mas forneceu dados importantes para que a SpaceX volte a tentar recuperar o primeiro estágio do Falcon-9 v1.1.
Denominada como Autonomous Spaceport Drone Ship (ASDS), a plataforma tem um ‘X’ pintado no seu centro marcando de forma literal o local onde o primeiro estágio deverá descer. Os engenheiros e especialistas da empresa Norte-americana têm vindo a trabalhar afincadamente para aumentarem as hipóteses de ter descida ser coroada de sucesso.
A ASDS é muito mais do que uma plataforma flutuante, estando equipada com motores aproveitados a partir de plataforma petrolíferas e que permitem que a plataforma mantenha a sua posição com uma precisão de três metros, mesmo em mares alterados. No futuro a ASDS terá a capacidade de reabastecer estágios recuperados e permitindo assim que estes façam a viagem de regresso a Cabo Canaveral.
Este sistema inovador será também extremamente importante para o Falcon Heavy em meados de 2015.
Após se separar do segundo estágio, o primeiro estágio iniciou o seu regresso à Terra. A descida em direcção à plataforma ASDS deu-se de forma nominal, mas a certa altura a velocidade do veículo encontrava-se demasiado elevada o que levou a que este impactasse com alguma violência na plataforma de recuperação. Em resultado, a plataforma terá de ser reparada antes de se proceder a uma nova tentativa de recuperação do primeiro estágio do Falcon-9 v1.1.
Imagem: SpaceX