A SpaceX realizou a 22 de Abril de 2015, o denominado Static Fire Test no qual testou os motores do primeiro estágio do foguetão Falcon-9 v1.1 (F-18) que será utilizado para colocar em órbita o satélite TurkmenAlem52E.
A missão para lançar o satélite TurkmenAlem52E/MonacoSat 1 (TurkmenSat 1), surge poucos dias após o lançamento do veículo de carga Dragon SpX-6 (CRS6) que teve lugar a 14 de Abril de 2015. O calendário inicial previa que o TurkmenAlem52E fosse colocado em órbita antes do lançamento para a ISS. Porém, mesmo antes do Static Fire Test, a SpaceX optou por alterar a ordem das missões para permitir a realização de testes de confiança relacionados com alguns dados anómalos registados em alguns depósitos de pressurização de hélio. Estes testes foram finalizados antes do lançamento da missão CRS6, permitindo assim dois lançamentos em rápida sucessão.
Um dos principais elementos para garantir que o lançador está pronto para a missão, é o denominado Static Fire Test. Também conhecido por Hot Fire Test, tem como objectivo garantir que os sistemas de abastecimento da plataforma de lançamento e o veículo lançador funcionam devidamente num ambiente totalmente operacional onde numerosos requisitos são sucessivamente provados através de vários testes, tais como a ignição dos motores e a utilização de comandos de desactivação. Outras tarefas também incluem uma sequência de abastecimento dos depósitos de propolente, operações da contagem decrescente, operação da sequência de ignição dos motores e teste do sistema de supressão das ondas de choque na plataforma de lançamento.
Assim, o Static Fire Test é um ensaio geral para o lançamento, com os controladores a realizarem uma verificação de todos os postos de controlo para permitirem o abastecimento de RP-1 com o oxigénio líquido cerca de duas e 35 minutos antes do T=0s. Estes procedimento foi seguido pela drenagem do combustível e do Thrust Vector Control (TVC) no segundo estágio a T-60 minutos. A T-13 minutos foi realizada uma última verificação de prontidão a todos os controladores antes de uma paragem final na contagem decrescente a T-11 minutos.
Segundo os usuais procedimentos da contagem decrescente, as tarefas entraram na contagem terminal a dez minutos antes da ignição, seguindo-se a transferência para o fornecimento interno de energia do lançador a T-4m 45s.
O sistema Flight Termination System (FTS), utilizado para destruir o lançador na eventualidade de um problema no lançamento, foi armado a T-3m 11s e sete segundos mais tarde foi finalizado o fornecimento de oxigénio líquido. De seguida foi feita a pressurização dos tanques de propolente.
A ignição dos motores Merlin-ID do primeiro estágio foi muito rápida, permitindo a obtenção de dados de validação sobre o estado dos sistemas do veículo e da plataforma de lançamento. Com os dados já registados, seguiram-se as operações para remoção dos propolentes dos tanques do lançador e posterior recolha do veículo para as instalações de processamento.
Os dados obtidos serão agora analisados e se tudo estiver em ordem será dada luz verde para o lançamento que deverá ter lugar às 2214UTC do dia 27 de Abril com o Falcon-9 v1.1 (F-18) a ser lançado do Complexo de Lançamento SLC-40 do Cabo Canaveral AFS.
Ao contrário do que aconteceu com o Falcon-9 v1.1 utilizado para lançar a cápsula logística Dragon SpX-6 (CRS6), o veículo que irá colocar em órbita o satélite de comunicações TürkmenÄlem-52E (MonacoSat) não está equipado para tentar uma aterragem do seu primeiro estágio.
Adaptado de SpaceX ready for another launch and key Commercial Crew test, por Chris Bergin. Utilizado com autorização.