SpaceX lança satélites Starlink desde a Califórnia

A Space Exploration Technologies Corp. (SpaceX) colocou em órbita 49 novos satélites Starlink com o lançamento da missão Starlink G2-6 a 31 de Janeiro de 2023, numa missão partilhada com a D-Orbit e a sua missão Starfield.

O lançamento teve lugar às 1615:00UTC a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg, Califórnia, e foi realizado pelo foguetão Falcon 9-200 (B1071.7) cujo primeiro estágio foi recuperado na plataforma flutuante Of Course I Still Love You, no Oceano Pacífico.

Após serem colocados na sua órbita inicial, os satélites irão nas semanas seguintes realizar uma série de manobras para se colocarem na órbita operacional.

Os satélites Starlink

SpaceX projectou a Starlink para conectar utilizadores de Internet com baixa latência, oferecer serviços de distribuição de elevada largura de banda, fornecendo uma cobertura continua em todo o mundo usando uma rede de milhares de satélites na órbita terrestre baixa, especialmente em lugares onde a conectividade é baixa ou inexistente como, por exemplo, em lugares rurais. Os satélites Starlink também darão cobertura em locais onde os serviços existentes são instáveis ou de elevado custo.

Com um desenho de painel plano contendo múltiplas antenas de alto rendimento e um único painel solar, cada satélite Starlink pesa cerca de 260 kg, permitindo à SpaceX uma produção em massa e tirar todo o proveito da capacidade de lançamento do Falcon-9. Para ajustar a posição em órbita, manter a altitude pretendida e posterior remoção orbital, os satélites Starlink possuem propulsores do tipo Hall alimentados a krípton. Sendo injectados a uma altitude de 290 km usarão este mesmo sistema para elevar as suas órbitas assim que sejam concluídas as verificações. Antes de elevar a órbita, os engenheiros da SpaceX irão realizar uma revisão de dados para garantir que todos os satélites Starlink estão a operar como pretendido.

Desenhados e construídos usando a mesma tecnologia que as cápsulas Dragon, cada satélite está equipado com Startracker que permite apontar os satélites com precisão. Nesta iteração a SpaceX incrementou a capacidade de espectro para o utilizador final através de melhorias, permitindo uma maximização na utilização das bandas Ka e Ku. Os satélites são também capazes de detectar lixo espacial em órbita e evitar a colisão de modo autónomo.

Os satélites Starlink estão na linha da frente na mitigação de detritos em órbita, atingindo ou excedendo todas as leis padronizadas da indústria aeroespacial. No fim do ciclo de vida, os satélites irão usar a própria propulsão que têm a bordo para procederem à remoção orbital no decurso de uns poucos meses. No improvável evento da propulsão falhar, estes satélites irão queimar na atmosfera terrestre no período compreendido entre 1 a 5 anos, tempo significativamente inferior que as centenas ou milhares de anos necessários para grandes altitudes. De notar que todos os componentes estão projectados para uma total desintegração.

A Starlink oferece um serviço de Internet em zonas dos Estados Unidos da América e no Canadá ao fim de seis lançamentos, rapidamente expandindo-se para uma cobertura global nas zonas populacionais após vinte e quatro lançamentos.

Estando ainda na fase inicial de injecção orbital, os painéis solares encontram-se numa posição de baixo atrito e o conjunto dos próprios Starlinks estando ainda muito próximos uns dos outros faz com sejam muito visíveis a olho nu a partir do solo aquando da sua passagem. Quando os satélites atingem a altitude operacional, as suas orientações mudam e os satélites começam a ficar significativamente menos visíveis a partir do solo.

Durante todas as operações de voo, a SpaceX partilha dados de monitorização de alta fidelidade com outras operadoras de satélites através do 18.º esquadrão do controlo espacial da Força Aérea Americana. Adicionalmente, a SpaceX irá disponibilizar aos grupos de astronomia com informação de previsão do tipo TLE’s (two-line elements) antes de qualquer lançamento para que os astrónomos possam coordenar as observações com a passagem dos satélites.

Lançamento Veículo 1.º estágio Local Lançamento Data Hora (UTC) Carga
2022-113 176 B1067.6 CCSFB SLC-40 19/Set/22 00:18:40 Starlink G4-34 (x54) F61 [v1.5 L32]
2022-119 177 B1073.4 CCSFB SLC-40 24/Set/22 23:32:10 Starlink G4-35 (x54) F62 [v1.5 L33]
2022-125 178 B1071.5 VSFB SLC-4E 05/Out/22 23:10:30 Starlink G4-29 (x52) F63 [v1.5 L34]
2022-136 182 B1062.9 CCSFS SLC-40 20/Out/22 14:50:40 Starlink G4-36 (x54) F64 [v1.5 L35]
2022-141 183 B1063.8 VSFB SLC-4E 28/Out/22 01:14:10 Starlink G4-31 (x53) F65 [v1.5 L36]
2022-175 192 B1058.15 KSC, LC-39A 17/Dez/22 21:32:30 Starlink G4-37 (x54) F66 [v1.5 L37]
2022-177 193 B1062.11 CCSFS, SLC-40 28/Dez/22 09:34:00 Starlink G5-1 (x54) F67 [v1.5 L38]
2023-010 198 B1075.1 VSFB, SLC-4E 19/Jan/23 15:23:10 Starlink G2-4 (x51) F68 [v1.5 L39]
2023-013 199 B1067.9 CCSFS, SLC-40 26/Jan/23 09:32:20 Starlink G5-2 (x56) F69 [v1.5 L40]
2023-014 200 B1071.7 VSFB, SLC-4E 31/Jan/23 16:15:00 Starlink G2-6 (x49) F70 [v1.5 L41]

A missão Starfield da D-Orbit

A missão Starfield é a oitava missão comercial da empresa D-Orbit, sendo baseada no veículo de transferência orbital ION Satellite Carrier (ION). Esta foi a sua primeira missão para uma órbita de inclinação média, separando-se o segundo estágio do lançador 57 minutos após o lançamento e ficando colocado numa órbita com uma altitude média de 340 km e uma inclinação de 70.º.

A ION é um veículo de transferência orbital versátil e de baixo custo com o objectivo de colocar satélites em órbitas precisas e realizar demonstrações orbitais de cargas de outras empresas que são transportadas a bordo. Após a sua primeira missão comercial em Setembro de 2020, a D-Orbit realizou com sucesso sete outras missão, incluindo uma com dois veículos ION.

Durante esta missão, o veículo ION SCV009, baptizado “Eclectic Elena”, transportou quatro cargas de várias empresas: a ADEO-N3, uma vela de travagem aerodinâmica autónoma desenvolvida pela empresa HPS, NEA® (Munique); o Payload Release Ring (PRR), desenvolvido pela empresa Ensign-Bickford Aerospace & Defense Company (EBAD); o Bunny, um computador de bordo desenvolvido por alunos do Spacecraft Team, do Swiss Institute École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL); e o SD-1, uma carga funerária/memorial da StardustMe (Nova Zelândia).

O ADEO-N3 tem como objectivo auxiliar a remoção orbital de satélites em altitudes até 900 km de uma forma mais rápida do que acontece com o decaimento natural. A D-Orbit já realizou com sucesso a abertura de uma variante mais pequena da ADEO em Dezembro de 2022. A ADEO-N3 pesa menos de 1 kg e as suas dimensões são de apenas 10 x 10 x 10 centímetros (1U) e a sua área é de 5,0 m2.

O Payload Release Ring (PRR) foi desenvolvido para a colocação em órbita de cargas / veículos espaciais a partir de um lançador ou de um veículo de transferência orbital. Disponível em vários diâmetros, o PRR é composto por quatro mecanismos de separação, dois meios anéis e molas de separação com os correspondentes sistemas de fixação. O anel será utilizado para libertar um simulador a partir do ION.

O computador de bordo Bunny, é uma experiência que faz parte do projecto CHESS que tem por objectivo lançar uma constelação de dois CubeSat para analizar a composição química da atmosfera terrestre e a sua evolução ao longo do tempo, além de testar um conceito para sondas de baixo custo para investigar as atmosferas extraterrestres em futuras missões planetárias.

A carga funerária / memorial SD-1,é composta por um conjunto de cápsulas de alumínio, cada uma transportando uma grama de cinzas de restos humanos cremados. Permanentemente fixas no ION, irão eventualmente reentrar na atmosfera terrestre, proporcionando assim uma forma de enterro espacial.

O nome do veículo (“ION SCV009 Eclectic Elena”), surge de uma combinação do acrónimo “ION” (InOrbit NOW), do acrónimo “SCV” (Space Carrier Vessel) e do primeiro nome do satélite. Este formato segue as convenções de baptismo dos navios marítimos em todo o mundo. O nome “Elena” foi escolhido de forma aleatória a partir dos nomes dos funcionários da D-Orbit.

Lançamento

A cerca de dez horas do lançamento procede-se à activação eléctrica do foguetão Falcon-9. Tanto o lançador como a sua carga são submetidos a uma série de verificações testes antes do início do abastecimento do querosene RP-1. O Director de Voo consulta os controladores a T-38m, determinando assim se tudo está pronto para o início do abastecimento do lançador. O processo de abastecimento de RP-1 inicia-se a T-35m no primeiro estagio, seguindo-se o início do abastecimento do oxigénio líquido (LOX) na mesma altura. O abastecimento de LOX ao segundo estagio inicia-se a T-16m.

A fase terminal da contagem decrescente inicia-se com os motores a serem condicionados termicamente para o lançamento a T-7m. A T-1m é enviado um comando para o computador de voo para iniciar as verificações pré-lançamento e o sistema de supressão sónica é activado na plataforma de lançamento que é inundada por milhões de litros de água. Por esta altura os tanques de propelente também são pressurizados. A T-45s o Director de Lançamento da SpaceX verifica se todos os parâmetros estão prontos para a missão, sendo também verificado que o espaço aéreo está pronto para o lançamento. A sequência de ignição é iniciada a T-3s. A T=0s o foguetão abandona a plataforma.

Abandonando a plataforma de lançamento, o Falcon-9 inicia uma série de manobras para se colocar na trajectória de voo correcta. A fase MaxQ, de máxima pressão dinâmica, é atingida a T+1m 12s, sendo nesta altura que o lançador atinge o ponto mais elevado de ‘stress’ mecânico na sua estrutura.

O final da queima do primeiro estágio (MECO – Main Engine Cut-Off) ocorre a T+2m 27s, dando-se quatro segundos depois a separação entre o primeiro e o segundo estágio, com este a entrar em ignição a T+2m 38s.

A ejecção das duas metades da carenagem de protecção ocorre a T+3m 8s. A queima de reentrada do primeiro estágio ocorre entre T+6m 21s e T+6m 40s, enquanto a queima de aterragem ocorre entre T+8m 12s e T+8m 32s, aterrando na plataforma flutuante Of Course I Still Love You.

O final da primeira queima do segundo estágio ocorre a T+8m 37s. A segunda queima do segundo estágio acontece entre T+53m 25s e T+53m 27s. A separação do ION SCV009 Eclectic Elena ocorre a T+57m 28s e a separação dos satélites Starlink ocorre a T+1h 17m 3s.

O foguetão Falcon-9

Baptizado em nome da nave Millenium Falcon da saga cinematográfica “Guerra das Estrelas”, o foguetão Falcon-9 v1.1 é um lançador a dois estágios projectado e fabricado pela SpaceX para o transporte seguro e fiável de satélites e do veículo Dragon para a órbita terrestre. Sendo o primeiro foguetão completamente desenvolvido no Século XXI, este lançador foi projectado desde o início para ter a máxima fiabilidade. A sua simples configuração de dois estágios minimiza o número de eventos de separação (staging) e com nove motores no primeiro estágio, pode completar a sua missão em segurança mesmo na possibilidade de perda de um motor.

O Falcon-9 fez história em 2012 quando colocou a cápsula Dragon na órbita correcta para uma manobra de encontro com a estação espacial internacional, fazendo da SpaceX a primeira companhia comercial a visitar a ISS. Desde então, a SpaceX realizou múltiplas missões para a ISS transportando e recolhendo carga para a NASA. O Falcon-9, bem como a cápsula Dragon, foram desenhados na base do desenvolvimento de um sistema de transporte de astronautas para o espaço e num acordo com a NASA, a SpaceX está activamente a trabalhar para atingir esse objectivo.

O foguetão Falcon-9 Upgrade, ou Falcon-9 FT, (a seguir designado simplesmente como ‘Falcon-9’) representa a mais recente evolução deste lançador. De forma geral o Falcon-9 tem 68,4 metros de comprimento, 3,7 metros de diâmetro e uma massa de 541.300 kg. O veículo é capaz de colocar uma carga de 13.150 kg numa órbita terrestre baixa ou 4.850 kg numa órbita de transferência geossíncrona.

O primeiro estágio do Falcon-9 está equipado com nove motores Merlin (Merlin-1D) e tanque de liga de alumínio e lítio que contêm oxigénio líquido e querosene RP-1. Após a ignição, um sistema de segurança fixa o veículo na plataforma de lançamento e garante que todos os motores são verificados como estando na força máxima antes de libertar o foguetão para o seu voo. Então, com uma força superior a cinco aviões Boeing 747 em potência máxima, os motores Merlin lançam o foguetão para o espaço. Ao contrário dos aviões, a força de um foguetão vai aumentando com a altitude – o Falcon-9 gera 6.806 kN ao nível do mar mas atinge 7.426 kN no vácuo espacial. Os motores do primeiro estágio vão sendo aumentados em potência perto do final da queima do estágio para assim limitar a aceleração do veículo à medida que a massa do lançador vai diminuindo com a queima do combustível. O tempo total de queima do primeiro estágio é de 162 segundos.

Com os seus nove motores agrupados juntos na configuração ‘octaweb’, o Falcon-9 pode aguentar a falha de até dois motores durante o lançamento e mesmo assim conseguir atingir a órbita terrestre com sucesso. O Falcon-9 é o único lançador na sua classe com esta característica chave.

O motor Merlin foi desenvolvido internamente pela SpaceX mas vai encontrar as suas raízes aos motores das missões Apollo, nomeadamente o sistema de injecção baseado no motor do módulo lunar. O propolente é alimentado através de uma única conduta, com uma turbo-bomba de dupla pá que opera num ciclo de gerador a gás. A turbo-bomba também fornece o querosene a alta pressão para os actuadores hidráulicos, que depois recicla para a entrada a baixa pressão. Isto elimina a necessidade de um sistema hidráulico separado e significa que não é possível ocorrer uma falha no controlo de vector de força por falta de fluido hidráulico. Uma terceira utilização da turbo-bomba é o fornecimento de controlo de rotação ao actuar no escape da turbina de exaustão (no segundo estágio). Combinando-se estas características num só dispositivo aumenta-se assim de forma significativa o nível de fiabilidade do sistema.

O motor é capaz de desenvolver uma força de 654 kN ao nível do mar, 716 kN no vácuo, com um impulso específico de 282 segundos (nível do mar) e 311 segundos (vácuo).

A secção interestágio é uma estrutura compósita que liga o primeiro e o segundo estágio e alberga os sistemas de libertação e separação. O Falcon-9 utiliza um sistema de separação totalmente pneumático para uma separação de baixo impacto e altamente fiável que pode ser testado no solo, ao contrário dos sistemas pirotécnicos utilizados na maior parte dos lançadores.

O segundo estágio é propulsionado por um único motor Merlin de vácuo e coloca a carga a transportar na órbita desejada. O motor do segundo estágio entra em ignição poucos segundos após a separação entre o segundo e o primeiro estágio, e pode ser reiniciado várias vezes para colocar múltiplas cargas em diferentes órbitas. Para máxima fiabilidade, o segundo estágio está equipado com sistemas de ignição redundantes. Tal como o primeiro estágio, o segundo estágio é feito a partir de uma liga de alumínio e lítio.

O motor Merlin de vácuo (Merlin-1D de vácuo) desenvolve uma força de 934 kN e o seu tempo de queima é de 397 segundos.

A carenagem compósita é utilizada para proteger a carga durante a passagem do Falcon-9 pelas camadas mais densas da atmosfera. Quando a missão do Falcon-9 é o lançamento do veículo de carga Dragon, a carenagem não é utilizada pois a cápsula possui o seu próprio sistema de protecção.

A carenagem tem 13,1 metros de comprimento e 5,2 metros de diâmetro. Fabricada em fibra de carbono, separa-se em duas metades utilizando um sistema de separação de actuadores pneumáticos semelhantes aos que são utilizados para a separação entre o primeiro e o segundo estágio.

A sequência de lançamento para o Falcon-9 é um processo de precisão ditada pela janela de lançamento tendo em conta a posição orbital a ser ocupada pela carga a bordo. Se a janela de lançamento é perdida, a missão é então adiada para a próxima janela de lançamento disponível.

Cerca de quatro horas antes do lançamento, inicia-se o processo de abastecimento – primeiro oxigénio líquido seguindo-se o querosene altamente refinado (RP-1). O vapor que se observa a sair do lançador durante a contagem decrescente é na realidade oxigénio a ser libertado dos tanques, sendo esta a razão pela qual o abastecimento de oxigénio líquido se mantém até quase ao final da contagem decrescente.

Lançamento Veículo 1.º estágio Local Lançamento Data Hora (UTC) Carga Recuperação
2022-174 191 B1067.8 CCSFS, SLC-40 16/Dez/22 21:21:00

O3b mPower 1

O3b mPower 2

ASOG
2022-175 192 B1058.15 KSC, LC-39A 16/Dez/22 21:32:30 Starlink G4-37 JRTI
2022-177 193 B1062.11 CCSFS, SLC-40 28/Dez/22 09:34:00 Starlink G5-1 ASOG
2022-179 194 B1061.11 VSFB, SLC-4E 30/Dez/22 07:38 EROS C3-1 LZ-4
2023-001 195 B1060.15 CCSFS, SLC-40 03/Jan/23 14:56:00,158 Transporter-6 LZ-1
2023-004 196 B1076.2 CCSFS, SLC-40 10/Jan/23 04:50:17 OneWeb L16 LZ-1
2023-009 197 B1077.2 CCSFS, SLC-40 18/Jan/23 12:24 USA-343 (GPS-III SV06 ‘Amelia Earhart’) ASOG
2023-010 198 B1075.1 VSFB, SLC-4E 19/Jan/23 15:23:10 Starlink G2-4 OCISLY
2023-013 199 B1067.9 CCSFS, SLC-40 26/Jan/23 09:32:20 Starlink G5-2 JRTI
2023-014 200 B1071.7 VSFB, SLC-4E 31/Jan/23 16:15:00

Starlink G2-6

SCV009 Eclectic Elena

OCISLY

O primeiro estágio B1071

Para esta missão a SpaceX utilizou o foguetão Falcon-9 (B1071.6), com o primeiro estágio B1071 a realizar a sua 6.ª missão.

Este primeiro estágio foi utilizado pela primeira vez a 2 de Fevereiro de 2022 quando às 2027:26UTC foi lançado a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg, Califórnia, para colocar em órbita a missão NROL-87. Na sua primeira missão o B1071 foi recuperado na zona de aterragem LZ-4 na Base de Vandenberg.

A sua segunda missão decorreu a 17 de Abril quando às 1313:12UTC foi lançado a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg para colocar em órbita a missão NROL-85, sendo recuperado na zona de aterragem LZ-4 na Base de Vandenberg.

A terceira missão do estágio B1071 teve lugar às 1419:52UTC do dia 18 de Junho a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg para colocar em órbita o satélite SARah-1, sendo recuperado na zona de aterragem LZ-4 na Base de Vandenberg.

A quarta missão do estágio B1071 ocorreu a partir da Califórnia, sendo utilizado a 22 de Julho para colocar em órbita 46 satélites Starlink na missão Starlink G3-2 e sendo recuperado na plataforma flutuante Of Course I Still Love You (OCISLY), no Oceano Pacífico.

A quinta missão deste estágio ocorreu a 5 de Outubro para colocar em órbita 52 satélites Starlink na missão Starlink G4-29. Lançado às 2310:30UTC a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg, seria recuperado na plataforma flutuante OCISLY, no Oceano Pacífico.

A 16 de Dezembro, o estágio B1071 era utilizado para colocar em órbita o satélite SWOT com o lançamento a ter lugar às 1146:47UTC a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg, sendo recuperado na plataforma flutuante OCISLY, no Oceano Pacífico.