SpaceX lança primeira missão para a Spaceflight Inc.

Texto de Salomé T. Fagundes / Rui C. Barbosa

A SpaceX levou a cabo o lançamento da missão SmallSat Express para a Spaceflight. A missão teve início numa janela de lançamento de aproximadamente hora e meia às 1834:05UTC do dia 3 de Dezembro de 2018 a partir do Complexo de Lançamento Espacial SLC-4E da Base Aérea de Vandenberg, Lompoc – Califórnia.

Nesta missão a SpaceX utilizou o primeiro estagio Falcon 9 v1.2 Block V – B1046.3 (o mesmo usado para a missão 55 – Bangabandhu-1 e missão 61 – Merah Putih) que aterrou às 1843UTC na plataforma Just Read The Instructions no Oceano Pacifico.

A SpaceX possui duas plataformas flutuantes baptizadas de Just Read the Instructions e Of Course I Still Love You, que são os nomes de embarcações das histórias do autor Iain M. Banks.

Um total de 64 veículos espaciais de 34 organizações foram lançados como parte da missão Spaceflight SSO-A SmallSat Express. Este lançamento significa a primeira missão de viagem partilhada dedicada da Spaceflight para a Orbita Solar Sincrona Baixa da Terra e representa o esforço da empresa para acomodar o crescente número de clientes domésticos, internacionais, governamentais e comerciais que procuram opções de viagens partilhadas baratas para lançarem os seus veículos espaciais em orbita. A Spaceflight SSO-A: SmallSAt Express é a única missão de viagem partilhada de um lançamento de um veiculo de uma base americana até a a data.

A missão inclui 15 micro satélites e 49 CubeSats de entidades comerciais e governamentais, tais como startups, universidades e ainda ensino medio. As cargas, que variam de demonstração tecnológicas, imagem de satélite até esforços de pesquisas educacionais, são de 17 países incluído a America, Australia, Itália, Holanda, Finlandia, Coreia do Sul, Espanha, Suiça, Reino Unido, Alemanha, Jordania, Cazaquistão, Tailandia, Polonia, Canada, Brasil e India.

A Spaceflight também construiu uma unidade de carga única, que é uma da mais complexas e complicadas que a Spaceflight levou a cabo. Os pequenos satélites serão integrados numa variedade de dispensadores e aviónicos. Esta unidade também chamada de estagio tem o nome de SHERPA.

O estágio SHERPA foi projectado e desenvolvido para transportar cargas secundárias que são colocadas em órbita após a separação da carga principal. O SHERPA foi desenvolvido tendo por base o Spaceflight Secondary Payload System (SSPS) ao incorporar subsistemas de propulsão e fornecimento de energia, criando assim um sistema capaz de manobrar para diferentes órbitas antes da separação das suas cargas.

Desenvolvido pela Andrews Space, uma subsidiária da Spaceflight Industries, o SHERPA pode ser utilizado em quatro versões: SHERPA, SHERPA-400, SHERPA-1000 e SHERPA-2200. Cada versão é capaz de ser lançado em conjunto com outros estágios SHERPA para separação posterior e missão independente.

A versão básica SHERPA é vista como um adaptador de carga geralmente denominado ‘anel ESPA’ e não é propulsionado, sendo utilizado para a colocação de múltiplas cargas na órbita terrestre baixa. esta versão pode utilizar uma vela de arrasto para baixar a sua órbita antes da colocação de determinadas cargas em órbita.

A versão SHERPA-400 pode ser utilizada para colocar cargas na órbita terrestre baixa e está equipada com dois tanques de mono-prepolente. Tem uma massa de cerca de 1.000 kg e pode transportar uma carga máxima de 1.300 kg para uma órbita terrestre baixa. Numa determinada missão, pode servir de ‘rebocador’ a uma carga de 800 kg e depois baixar a sua órbita para libertar cargas secundárias. Por seu lado, o SHERPA-1000 está equipado com quatro tanques de mono-prepolente.

O SHERPA-2200 tem uma massa de 2.000 kg com prepolente e utiliza um bi-prepolente com potente armazenado em quatro tanques. É utilizado para colocar pequenas cargas na órbita geostacionária, bem como para trajectórias trans-lunares.

Lançamento

O foguetão Falcon-9 é activado a T-10h 00m. Tanto o lançador como a sua carga são submetidos a uma série de verificações testes antes do início do abastecimento do querosene RP-1. O Director de Voo consulta os controladores a T-38m, determinando assim se tudo está pronto para o lançamento. O processo de abastecimento inicia-se a T-35m no primeiro estagio,seguindo-se o início do abastecimento do oxigénio líquido (LOX) ao mesmo tempo e no segundo estagio a T – 16m.

A fase terminal da contagem decrescente inicia-se com os motores a serem condicionados termicamente para o lançamento a T-7m. A T-1m é enviado um comando para o computador de voo para iniciar as verificações pré-lançamento e o sistema de supressão sónica por água é activado na plataforma de lançamento. Por esta altura os tanques de propolente também são pressurizados A T-45s o Director de Lançamento da SpaceX verifica se todos os parâmetros estão prontos para o lançamento. Na mesma altura, é verificado que o espaço aéreo está pronto para o voo. A sequência de ignição é iniciada a T-3s. A T=0s o foguetão abandona a plataforma.

Abandonando a plataforma de lançamento, o Falcon-9 inicia uma série de manobras para se colocar na trajectória de voo correcta. A fase MaxQ, de máxima pressão dinâmica, é atingida a T+59s. O final da queima do primeiro estágio ocorre a T+2m 21s, dando-se três segundos depois a separação entre o primeiro e o segundo estágio. O segundo estágio entra em ignição a T+2m 32s. A ejecção da carenagem de protecção ocorre a T+2m 43s. O primeiro estagio reentra pelos T+5m 58s e aterra com sucesso na plataforma Just Read The Instructions no Oceano Pacifico pelos T+07m 45s.

O final da primeira queima do segundo estágio ocorre a T+10m 01s. A separação dos pequenos veículos espaciais começa pelos T+13m 47s e termina pelos T+43m 11s.

Os múltiplos satélites da missão SSO-A

A missão Polar Scout ou ORS-7 (Operationally Responsive Space 7) consiste em dois satélites, que são capazes de detectar transmissões de posições de emergência que indicam sinais de rádio (EPIRBs) que são transportadas a bordo de embarcações para transmitir sua posição se se encontrarem em perigo.

Cada CubeSat Polar Scout passará pelo Pólo Norte a cada 90 a 100 minutos e será capaz de detectar sinais EPIRB de navios no Ártico por cerca de 12 minutos em cada órbita. Este satélites irão circular a Terra 15 ou 16 vezes por dia, fornecendo mais de três horas de cobertura de busca e resgate no Ártico.

Os Polar Scout são CubeSat-6U e serão operados pela Guarda Costeira dos Estados Unidos (USGC) e pelo Departamento de Segurança Nacional (DHS)

O MinXSS-2 (Miniature X-ray Solar Spectrometer) é um projecto de nano-satélites do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial (LASP) da Universidade do Colorado em Boulder para construir um CubeSat-3U para observar o Sol.

O MinXSS é um projecto de quatro anos e um milhão de dolares, para construir, integrar, testar e operar o satélite de 30 cm × 10 cm × 10 cm, que vai medir a intensidade do espectro baixo de raios-X de 0,4 keV (30 Å) a 30 keV (0,4 Å) com uma resolução melhor que 0,15 keV de largura total.

Esta região, orbita baixa terrestre, é de particular interesse para observações de erupções solares e regiões activas. O projecto MinXSS é constituido pelos membros de estudantes de pós-graduação, cientistas e engenheiros da Universidade do Colorado, Boulder e do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial (LASP).

Audacy-0 é um CubeSat-3U construído pela Clyde Space sendo o pioneiro para a constelação de satélites de transmissão de dados comerciais da Audacy.

O Audacy-0 é uma missão de demonstração para testar o terminal de comunicações de utilizadores Audacy e a primeira estação terrestre na área da baía de São Francisco. O Audacy-0 utilizará um protótipo de terminal de comunicações operando nas bandas K e Ka com um ganho alto e uma antena de baixo ganho. A transmissão de dados primários se concentrará na telemetria, rastreio e comando (TT & C) do terminal de comunicações e dos subsistemas para manter operações e análises bem-sucedidas do hardware do terminal. Os dados de carga incluem fotos e vídeos tirados de uma camera interna e transmissões ocasionais de uma carga de comunicações óptica secundária.

Eu: CROPIS (Euglena and Combined Regenerative Organic-Food Production in Space) é um satélite alemão para as ciências da vida desenvolvido pelo DLR para investigar o crescimento de plantas em diferentes níveis de gravidade em Marte e na Lua.

O satélite de 250 kg de efeito estufa é projectado para girar em torno de seu eixo longitudinal, em órbita a uma altitude de aproximadamente 600 km. Ao fazê-lo, ele irá replicar a gravidade lunar, que é 0,16 vezes a gravidade da Terra, ou a gravidade em Marte, que é 0,38 vezes a gravidade da Terra, dependendo da velocidade de rotação. A missão Eu: CROPIS operará em dois ambientes de efeito estufa. A primeira das duas estufas operará sob condições lunares nos primeiros seis meses, enquanto a segunda estufa operará em ambiente marciano nos seis meses seguintes.

ICEYE é uma constelação de 18 micro-satélites equipados com SAR (Radar de Abertura Sintética), projectados pela startup finlandesa ICEYE.

O satélite ICEYE foi projectado para fornecer imagens de SAR em tempo quase real. A ICEYE está a trabalhar para lançar e operar uma constelação de micro satélites que possuem a sua própria tecnologia compacta e eficiente de sensores de SAR. O instrumento de radar de imagem ICEYE pode fazer imagens nítidas através das nuvens, condições climatéricas densas e na escuridão.

No lançamento o ICEYE-X2 tinha uma massa de 80 kg.

A constelação de satélites BlackSky é um conjunto de micro-satélites da BlackSky para observação terrestre munidos de resolução de 1 metro.

Estes satélites possuem um sistema de imagens SpaceView-24 construído pela Exelis da Harris Corporation com uma abertura de 24 cm. Conseguem imagens do solo com uma resolução de 0,9 a 1,1 a uma altura orbital de 500 km. São munidos de uma propulsão a bordo para 3 anos. Os satélites são construídos pela Spaceflight Services e são baseados no modelo SCOUT, tendo uma massa de 56 kg.

Os satellites operacionais Block-2 são caracterizados pelas suas melhorias em relação aos pioneiros Block-1. Têm painéis solares maiores e podem produzir imagens em quatro bandas e em modo pancromático. Cada um pode produzir 1000 imagens por dia, quer em modo de fotografia quer em modo de vídeo.

O STPSat-5 é um satélite experimental do Programa de Teste Espacial do Departamento da Defesa (STP). O satélite transportará um total de quatro cargas tecnológicas ou científicas para a órbita terrestre baixa, a fim de promover a compreensão do ambiente espacial para o Departamento da Defesa. As experiencias são escolhidas pelo Comité de Revisão de Experiências Espaciais do Departamento da Defesa.

O satélite é baseado no modelo SN-50 da SNC, que é compatível tanto com veículos de lançamento dedicados quanto com adaptadores secundários de lançamento da classe ESPA.

Entre as experiencias seleccionadas está o iMESA-R (Integrated Miniaturized Electrostatic Analyzer Reflight), uma missão da Academia da Força Aérea Americana, projectada para medir as densidades e energias do plasma.

Os satélites SkySat-14 e Skysat-15 são satélites comerciais de observação da Terra da Planet Labs (anteriormente Skybox Imaging e Terra Bella), licenciados para recolher imagens pancromáticas e multiespectrais de alta resolução da Terra. Os satélites operam numa órbita polar inclinada a aproximadamente 450 km acima da Terra.

Cada satélite SkySat está equipado com um telescópio Ritchey-Chretien Cassegrain com uma distância focal de 3,6 m, e um plano focal composto por três detectores de imagem CMOS de 5,5 Mpixel.

Com uma massa de cerca de 120 kg, os satélites são baseados no modelo SSTL-50 e desenvolvidos pela Space Systems Loral.

O NEXTSat-1 é um micro-satélite de uso múltiplo projectado e desenvolvido no SaTReC (Centro de Pesquisa da Tecnologia de Satélite) do KAIST (Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia).

O objetivo da missão NEXTSat 1 é o de desenvolver a próxima geração de pequenas séries de satélites e novas tecnologias, criando uma plataforma padronizada para pequenos satélites baseada na miniaturização, modularização e padronização; realizar a verificação em órbita das principais tecnologias espaciais que aumentarão as capacidades espaciais domésticas e aumentarão a competitividade tecnológica para a substituição de importações; desenvolver tecnologias espaciais e melhorar as capacidades de desenvolvimento espacial independente através da monitorização geoambiental e observação astronómica; e o desenvolvimento prático e personalizado para pesquisadores e cientistas através da experiência de campo nas tecnologias espaciais e das ciências.

A bordo do NEXTSat-1 segue um instrumento para o Estudo de Tempestades Espaciais, desenvolvido no KAIST para detectar densidades de plasma e fluxos de partículas de 10 MeV de energia perto da Terra; e um espectrómetro de Imagem NIR da História de formação de estrelas (NISS), desenvolvido no Instituto de Astronomia e Ciências Espaciais Coreanas (KASI), é um espectrómetro de infravermelhos passivamente arrefecido com lentes de abertura de 15 cm com uma cobertura espectral de 0,9–3,8 µm.

Os satélites Hawk-A, Hawk-B e Hawk-C, fazem parte da rede HawkEye 360 que é uma rede em desenvolvimento de inteligência global civil que usará tecnologia de radiofrequência (RF) para monitorizar o transporte aéreo, terrestre e marítimo e auxiliar em emergências, que são essencialmente uma missão civil SIGINT (Signal Intelligence).

A constelação de pequenos satélites na órbita baixa da Terra (LEO) recolherá informações sobre sinais de rádio específicos em todo o mundo para fornecer um mapeamento e análise de alta frequência de rádio. A constelação uma vez operacional, poderá permitir aplicações comerciais, como permitir que clientes governamentais e corporativos monitorizem dinamicamente as redes de transporte por via aérea, terrestre e marítima. Para reguladores do governo, empresas de telecomunicações e emissoras de satélite, o sistema HawkEye 360 foi projectado para monitorizar o uso do espectro de RF para identificar áreas de interferência. O sistema também poderá ser usado para desempenhar um papel crucial na detecção e localização de sinalizadores de emergência activos, melhorando os tempos de resposta que são críticos em cenários de risco de vida.

Os satélites Hawk foram desenvolvidos pela Deep Space Industries,  com o modelo de satélite a ser desenvolvido pela UTIAS Space Flight Laboratory (SFL) e a carga a ser desenvolvida pela GOMSpace.

O Fox-1C ou Fox-1 Cliff é um CubeSat de radio-amadores e pesquisa de tecnologia desenvolvido pela AMSAT que contem várias cargas desenvolvidas em varias universidades.

Este CubeSat-1U foi projectado para operar na órbita baixa terrestre, construído com partes sobresselentes do Fox 1A. Também levará uma experiencia de efeitos de radiação desenvolvida pelo Instituto de Electrónica do Espaço e Defesa (ISDE) da Universidade de Vanderbilt, uma experiencia de camera da Virginia Tech, e uma experiencia de giroscópio MEMS do Estado da Pensilvânia-Erie. O Fox-1C também servirá como um centro de comunicação para amadores em todo o mundo através do sistema repetidor FM a bordo. As missões de comunicações e experiencias serão executadas simultaneamente. O repetidor possui um downlink VHF com dados de voz analógicos FM e uplink UHF em banda L.

O CubeSat-1U, KNACKSAT (KMUTNB Academic Challenge of Knowledge SATellite) é o primeiro satélite inteiramente construído na Tailândia.

O satélite de 1,3 kg é desenvolvido e totalmente construído por uma equipa universitária da Universidade de Tecnologia do Norte Mongkok do Rei Mongkut (KMUTNB), na Tailândia. O satélite usa frequências de rádio amador para a comunicação entre a estação de satélite e a estação terrestre.

As principais missões do KNACKSAT incluem o desenvolvimento de um sistema de comunicação usando frequências de rádio amador, tirar fotografias do espaço, testar algoritmos de controlo de atitude de 3 eixos usando torquímetros magnéticos e verificar tecnologias de remoção orbital por um torque magnético.

Com uma massa de 1 kg, o Elysium-Star 2 é um CubeSat-1U e representa um serviço funerario espacial oferecido pela Elysium Space.

O CubeSat passivo contém tabuleiros com várias cápsulas individuais contendo amostras de cinzas cremadas. O satélite não contém nenhum sistema.

O JY1-Sat é a primeira missão CubeSat-1U da Jordânia, desenvolvida pela equipa multidisciplinar composta por estudantes de engenharia vindos de várias universidades jordanas, que serão responsáveis pela construção do JY1-SAT e pela operação da estação terrestre. A Sociedade Real de Radioamadorismo da Jordânia (RJRAS) é um parceiro fundamental no projecto, contribuindo com a experiência necessária da Rádio HAM e equipamentos de apoio à missão.

O satélite, com uma massa de 1 kg, tem um transmissor linear de rádio amador de 435/145 MHz e um sistema de Vídeo Digital de Digitalização Lento (SSDV) para transmitir imagens armazenadas.

O KazSTSAT é uma missão de um pequeno satélite construído pela Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL) para a Ghalam LLP (Cazaquistão) sob um contracto assinado em 2013.

Este satélite é baseado na nova variante Earthmapper SSTL-X50 e carregará um gerador de imagens SSTL SLIM-6, fornecendo imagens multiespectrais com resolução de 22 m com uma largura de faixa de mais de 600 km para imagens globais de área ampla. A nova variante Earthmapper SSTL-X50 combina um grande volume de armazenamento de dados, capacidade de geração de energia aprimorada e alta disponibilidade de downlink para continuamente modelar a massa de terra iluminada tornando-a particularmente adequada para aplicações que exigem uma alta taxa de revisitação temporal, como monitorização agrícola, inundações, avaliação da qualidade da água, monitorização florestal e gestão de desastres.

A SSTL desenvolveu a nova plataforma de satélites X50 de forma a implantar um satellite menor, mais leve e flexível, com recursos e qualidade de sistemas aprimorados. Com uma massa de 50 kg, o design compacto e altamente integrado estabelece uma herança já testada com aviónicos de última geração para incorporar subsistemas redundantes totalmente duplos e serviços de plataforma em escala como alimentação, estrutura, processamento de dados, comunicações e controlo de atitude de alta precisão.

O KazSciSat-1 é uma missão de um pequeno satélite CubeSat-3U construída pela Ghalam LLP (Cazaquistão). O satélite carrega um magnetómetro para medir o campo magnético da Terra. O satélite tem uma massa de 4,5 kg.

O ROSE-1 (RFT Orbital Satellite Experiment) é um satélite experimental CubeSat-6U projectado para fornecer um banco de dados num ensaio orbital Phase Four Radio Frequency Thruster (RFT), o primeiro sistema de propulsão a plasma a voar num nano-satélite.

Este programa de pesquisa destina-se a demonstrar que o Phase Four Radio Frequency Thruster (RFT) pode, com segurança, lançar, operar e executar correcções experimentais em órbitas no espaço. Para a missão ROSE-1, o satélite voará numa órbita terrestre baixa quase circular com altitude de aproximadamente 575 km e com inclinação de aproximadamente 98°.

O CSIM-FD (Compact Spectral Irradiance Monitor Flight Demonstration) é um projecto de nano-satélites do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial (LASP) da Universidade do Colorado, Boulder, para construir um CubeSat-6U para observar o Sol.

O propósito da missão de demonstração do CSIM FD é medir a irradiância espectral solar para entender como a variabilidade solar tem impacto no clima da Terra e validar a sensibilidade do modelo climático da força solar espectralmente variável.

O LASP fornecerá, integrará e testará a carga do CSIM FD com o modelo 6U da BCT. A BCT conduzirá o teste funcional, enquanto o LASP realizará testes ambientais completos antes do lançamento. O CSIM-FD é um CubeSat de alto desempenho que inclui um sistema de controlo de atitude ultra preciso. O design altamente integrado também maximiza o volume de carga.

O satélite Hiber-2 (juntamente com o Hiber-1) é uma missão pioneira do tipo CubeSat para a constelação de satélites da Hiber Global (antiga Magnitude Space).

A constelação Hiber deve consistir inicialmente de 18 a 24 satélites, depois expandidos para 50, projectados para fornecer conectividade para sensores e dispositivos de IoT (Internet of Things) que são executados numa energia muito limitada e não são sensíveis à latência.

Os CubeSats-6U estão a ser construídos pela ISIS. A carga é construída pela Hiber Global e integrada pela ISIS.

O Orbital Reflector (ORS 1) é um CubeSat-3U que larga uma grande escultura reflexa.

Orbital Reflector é um projecto do Museu de Arte do Nevada e do artista Trevor Paglen para colocar um satélite reflectivo e não-funcional na órbita baixa da Terra. O Orbital Reflector é uma escultura de 30 metros construída com um material leve semelhante ao Mylar. Ele está alojado numa pequena infraestrutura semelhante a uma caixa conhecida como CubeSat e lançada no espaço a bordo de um foguetão. Uma vez na órbita baixa terrestre a uma distância de cerca de 575 km da Terra, o CubeSat abre e liberta a escultura, que se auto-enche como um balão. A luz do sol reflecte sobre a escultura, tornando-a visível da Terra a olho nu – como uma estrela artificial em movimento lento, tão brilhante quanto uma estrela na Ursa Maior.

O PW-Sat 2 é um nano-satélite Polaco desenvolvido pela Universidade de Tecnologia de Varsóvia, cuja missão é a abertura de um para-quedas de arraste no espaço. O satélite tem uma massa de 2 kg.

Este satélite é constituido na forma CubeSat-2U e possui dois painéis solares. A principal carga é um sistema de remoção orbital – um para-quedas de arrasto aberto por detrás do satélite – que permite a remoção mais rápida de satélites da órbita depois de completarem as suas missões.

O Hamilton-1 é um CubeSat-1U que será um teste para o software de voo Kubo. O satélite contém um transceptor de rádio UHF / VFH, computador de voo baseado num microcontrolador, painéis solares fixos montados na infraestrutura, sistema de energia eléctrica com 18650 baterias LiPo e um sistema de controlo de atitude baseado em magnetotorque.

O satélite tem uma massa de 1,5 kg e dimensões de aproximadamente 10 × 10 × 11 cm. A expectativa de vida orbital é de aproximadamente 18 anos, com uma duração de missão activa de 2 anos. O descarte pós-missão será realizado por reentrada atmosférica descontrolada.

O satélite MOVE-2 (Munich Orbital Verification Experiment) é um CubeSat-1U construido pela Universidade Técnica de Munique.

A missão é financiada pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR) como um projecto educacional e o objetivo é desenvolver um satélite capaz de suportar uma carga científica com requisitos desafiadores. O MOVE-2 não carregará uma carga científica real, mas, em vez disso, o objetivo da missão é testar e verificar o modelo do satélite, ou seja, todas as partes do satélite necessárias para torna-lo viável. No satélite isso inclui comunicações, manuseio de dados a bordo, o sistema de controlo de atitude, o sistema de fornecimento de energia, a estrutura e o sistema de controlo térmico.

O Centauri-2 é um pequeno satélite pioneiro para a rede planeada da Fleet Space Technologies com vista a conectividade global via satélite da Internet Of Things (IoT). Os satélites Centauri são construido sob a forma CubeSat-3U.

O Eaglet-1 é o primeiro nano-satélite construído e operado pela OHB Italia SpA, para a observação da Terra.

O satélite é um CubeSat-3U+ com um sistema de observação com uma resolução pancromática de 5 metros, usando um telescópio de 300 mm de comprimento focal com uma abertura de 85 mm. A massa total é de cerca de 5 kg. Possui um sistema preciso de controlo de atitude baseado nos sensores da Terra, do Sol, rastreio de estrelas e GPS. O sistema de controlo de atitude faz uso da roda de reacção e utiliza magnetotorque para a dessaturação. Além da missão de observação da Terra, o Eaglet deverá transportar uma carga AIS.

Os pico-satélites SpaceBEE-5, SpaceBEE-6 e SpaceBEE-7 anteriormente conhecidos por BEE (Basic Electronic Elements) construidos sob a forma CubeSat-1U servem para demonstrar comunicações bidirecionais de dados por satélite para a Swarm Technologies Inc. sendo um seguimento dos primeiros pequenos quatro satélites SpaceBEE 1 a 4.

Esta missão servirá para testar se os mais pequenos satélites de comunicações bidireccionais do mundo servem como uma solução de baixo custo e de baixa densidade de dados para conectividade de rede para sensores remotos e móveis da Internet of Things (IoT). Estes satélites usam banda VHF para comunicar entre si. Será também implantada uma base terrestre para operar estes satélites. Estima-se que esta missão começará a ser operada logo após o lançamento. Esta missão durará entre 6 meses a 2 anos.

A constelação de satélites de observação terrestre Flock, é construida e operada pela Planet Labs (antigamente conhecida por Comosgia Inc.).

A maioria dos satélites desta constelação contem um sistema de imagens RGB padrão. Todos os satélites da Planet Labs possuem um telescópio e uma camera CCD de quadro equipada com filtro Bayer-mask. O sensor CCD converte os fotões filtrados em electrões, que são então amplificados para produzir um número digital correspondente a cada pixel em cada banda. A Planet Labs produziu três gerações de instrumentos ópticos: Planet Scope 0 (PS0), Planet Scope 1 (PS1) e Planet Scope 2 (PS2). As imagens têm atributos diferentes dependendo da altitude do satélite e do tipo de instrumento.

PS0 possui um sistema óptico de 2 elementos Maksutov Cassegrain emparelhado com um detector CCD de 11MP. Esses elementos ópticos são montados em relação à estrutura do satélite. O PS1 possui o mesmo sistema óptico do PS0, alinhado e montado num telescópio isolado de fibra de carbono / titânio. Este telescópio é combinado com um detector CCD de 11MP. O PS2 possui um sistema óptico de cinco elementos que oferece um campo de visão mais amplo e uma qualidade de imagem superior. Este sistema óptico é emparelhado com um detector CCD de 29MP.

Os satélites fornecem imagens com uma resolução de 3 a 5 metros e operam numa órbita de vida relativamente curta, de 400 km com uma inclinação de 52°. São baseados no modelo CubeSat-3U e têm uma massa de 5 kg.

Nesta missão foram colocados em órbita os satélites Flock-3s (1), Flock-3s (2) e Flock-3s (3).

O AISTECHSAT-2 é um CubeSat-6U desenvolvido pela empresa Espanhola Aistech para fornecer imagens termais da Terra e também ajudar com o rastreio marítimo e aeronáutico como protótipo de uma constelação maior.

Está a bordo deste satélite um sistema que permite gerar imagens térmicas, para usos de manutenção florestal, detecção de incêndio, coleta de dados para a agricultura, como identificar a saúde das plantas, analisando a terra para expansão. Também pode detectar consumo e perda de energia em edifícios.

O satélite pode fornecer caminhos à navegação marítima via receptor AIS. Um sistema de comunicações bidireccionais encontra-se a bordo para enviar e receber informação automática de embarcações ou por recurso remoto, em todo o mundo.

Para rastreio de aeronaves encontra-se a bordo um receptor ADS-B.

Os Astrocasts são os satélites precursores da constelação e uma missão demonstração em orbita para a Astrocast SA. A missão é composta por dois satélites idênticos lançados a partir de diferentes veículos. O objectivo desta missão é demonstrar todas as funcionalidades do satélite e operações multi-satélites.

Astrocast é uma rede planeada de nano-satélites que oferece serviços globais maquina a maquina (M2M) em banda L. Os satélites vão operar a orbita baixa da terra. Isto permite uma criação de uma rede global, cobrindo todos os pontos do planeta incluindo os polos. Graças a uma frequência de banda dedicada,a constelação pode escalar sem medo de ruído gerado por outros dispositivos. Estima-se que a Astrocast pode construir, lançar e operar uma constelação de 64 CubeSats por menos de $50 milhões de modo a providenciar uma baixa variação de comunicação de dados. Os satélites são baseados no modelo CubeSat-3U e têm uma massa de 4 kg.

Depois da integração do terminal NanoLink, os activos terrestres podem enviar com confiança e segurança dados do sensor para a constelação de nano-satélites que irão confirmar a recepção. A Astrocast permite a transmissão de 1Kb/dia de qualquer região do planeta Terra. Nesta missão foi colocado em órbita o satélite Astrocast-0.1.

O BlackHawk é um CubeSat-6U construido como uma demonstração tecnológica para a ViaSat, pela Blue Canyon Technologies. Não são conhecidos detalhes sobre o satélite.

O satélite BRIO é um CubeSat-3U construido pela SpaceQuest, Ltd, uma empresa americana com sede em Fairfax na Virginia, para testar e avaliar um avançado transceptor RF desenvolvido pela Myriota, uma empresa da Universidade do Sul da Australia.

A Myriota criou um novo protocolo de comunicações que usa um Software Definido por Radio (SDR) e um avançado processamento de um sinal que permite um largo numero de sinais de baixa energia dos terminais de utilizadores para serem recebidos na mesma frequência de canal. A Myriota deseja avaliar a habilidade desta avançada função de radio num ambiente espacial. Se bem sucedida, trará uma comunicação de dados economicamente viável a uma nova classe de utilizadores – aqueles que requerem operações de dados directamente da orbita para uma quantidade pequena de aplicativos de baixa energia.

O objectivo primario da missão é para avaliar se as comunicações de onda da Myriota e o firmware a bordo da carga experimental. Será para investigar, identificar e resolver potenciais problemas técnicos e de implementação com o avançado SDR do satélite. Outro objectivo importante é para demonstrar a habilidade de upload e execução do novo firmware que pode introduzir novas aplicações para o SDR depois de estar em orbita. Os resultados desta experiencia de três fases vai demonstrar e validar a habilidade de uplink de um largo numero de mensagens para o satélite, usando um único canal, demonstrar a habilidade de receber mensagens para diferentes aplicativos terrestres num único canal, e implementar o avançado sinal de processamento de algoritmos da Myriota a bordo do satélite para fornecer grandes comunicações bidirecionais espectralmente eficientes.

A Capella Space, da California, está a desenvolver um satélite de radar de abertura sintética de nome Capella. A empresa planeia operar uma constelação de 30 satélites. Os satélites dispõem um radar de abertura sintética na banda X com resolução de 0.5 metros para fornecer todas as imagens de condições climatéricas usando uma antena que se abre em forma de origami que possui 100 m2.

O primeiro satélite irá ser estritamente uma missão de demonstração tecnológica, mas mais dois lançamentos em 2019 ano irão começar a fornecer imagens de SAR. A constelação total de 36 satélites estabelecem 12 planos simétricos, que fornecerão imagens de hora a hora de qualquer local da Terra.

O ESEO (European Student Earth Orbiter) é a missão de um micro satélite para a orbita baixa terrestre com uma massa de 44 kg, desenvolvido, integrado e testado pelos estudantes das universidades da Europa sendo parte dos projectos da ESA Education Office.

ESEO é a terceira missão dentro do Programa de Educação de Satélites da ESA. A missão do satélite é tirar fotografias da Terra em orbita, medir os niveis de radiação e testar tecnologias para futuras missões sobre a educação de satélites. O componente educacional é direccionado para fornecer aos estudantes com valor e posições desafiadoras em relação a experiencia do projecto para constriuir e preparar uma qualificada força de trabalho do espaço no futuro.

A AlmaSpace, em Itália, é o principal construtor industrial do sistema e gerencia o projecto ESEO. Em coordenação com a ESA fornecem suporte técnico especializado para as equipas de estudantes durante o desenvolvimento e a execução do projecto.Os subsistemas da nave, carga, e suporte terrestre são fornecidas pelas equipas de estudantes como parte dos estudos académicos.

Os objectivos da missão são a obtenção de fotografias da Terra e outros corpos celestiais para propósitos educacionais; o fornecimento de medidas de níveis de radiação em orbita terrestre baixa; a obtenção de experiencia nas tecnologias para futuras missões educacionais da ESA; o envolvimento da comunidade de radio amadora para receber a telemetria e dados de carga do satélite ara permitir que contribuam na missão e fornecer um transmissor linear em banda UHF/S para uso amador de radio até ao fim da missão.

Os instrumentos a bordo da ESEO são uma microcamera desenvolvida pela DTU Space, Dinamarca; sensores dedicados (uma sonda Langmuir e um dosímetro a três eixos da TriTel para medir e absorver uma dose de radiação, e o espectro de raios cósmicos da LET) desenvolvido pela Universidade de Budapeste, Hungria;

O ESEO serve como teste para um sistema de comunicações em banda S construido por alunos da Universidade Tecnológica de Wroclaw, um receptor GPS para determinação de orbita desenvolvido pela Universidade de Bolonha, uma experiencia de software AODCS coordenada peça Universidade de Delfi. E uma carga de remoção orbital construida pela pela Universidade Cranfield.

A AMSAT-UK fornece uma carga de radio amador chamada FUNCube – consistindo num transmissor e um raio de telemetria de 145 Mhzda BPSK.

O satélite tem uma massa de 40 Kg, sendo baseado no modelo SITAEL S-50 e as suas dimensões são 33 x 33 x 63 cm. É alimentado por células solares montadas.

Depois de entrar da orbita baixa terrestre, a missão do satélite ESEO tem uma vida mínima planeada de 6 meses, com a possibilidade de extensão da missão. Usará a Orbita Solar Sincrona, significando que irá sempre cruzar o equador no mesmo local a cada orbita a uma uma altitude máxima de não mais de 600 Km. Depois de concluir a missão, o ESEO largará uma vela de rasto fornecida pea Universidade de Cranfield, uma similar usada no TechDemoSat-1. Isto irá aumentar o atrito para assegurar que o ESEO reentra e arde na atmosfera terrestre mais rápido.

O Al Farabi-2 é um CubeSat-3U construido pelos alunos da Universidade Nacional Al-Farabi Kazakh (Almaty) em cooperação com a Associação dos Serviços Amadores de Rádio do Cazaquistão.

O satélite foi construido juntando os esforços do estudantes universitários com o propósito de levar a cabo experiencias cientificas no espaço. O lançamento é dedicado a celebração do dia do primeiro presidente da republica do Cazaquistão. O satélite irá transmitir sinais CW com a mensagem “AF-2” a cada 3 minutos.

O Enoch é um CubeSat passivo construído como um projecto de arte pelo artista conceptual Tavares Strachan financiado pelo Los Angeles County Museum of Art (LACMA) em colaboração com a SpaceX.

O satélite contém uma jarro canópico de ouro de 24 quilates com o busto do primeiro astronauta Afro-americano, Robert Henry Lawrence Jr. O s jarros canópicos eram utilizados pelo antigos Egípcios para armazenar os órgãos dos mortos para serem utilizados no além. Este baso foi abençoado num altar Shinto no Japão e reconhecido como um contentor com a alma do astronauta, segundo o museu.

A Pumpkin Space Systems criou a estrutura para o jarro canópico, que é compatível com o sistema de transporte dos CubeSat. está equipado com três reflectores de radar para auxiliar no seu seguimento em órbita.

Também designado PTB-1 (Payload Test Bed 1), o satélite eXCITe (eXperiment for Cellular Integration Technologies) é uma missão do DARPA para demonstrar a denominada tecnologia de ‘Satlets’. Estes constituem uma arquitectura modular de satélite de baixo custo que podem ser escalados de forma quase infinita. Os satlets são pequenos módulos que incorporam funções essenciais e partilham dados, energia e capacidades de gestão térmica. Estes, agregam-se fisicamente em diferentes combinações que proporcionam capacidades para cumprir diversas missões.

Construído pela NovaWurks, Los Alamitos – Califórbita, o eXCITe tem uma massa de 155 kg e é composto por um conjunto de “satlets” idênticos que são denominados HiSats (Hyper-Integrated Satlets) e cada um tem as dimensões 20 x 20 x 10 cm.

O objectivo da missão é o de demonstrar a capacidade de agregação dos satlets para suportar o ambiente do lançamento, levar a cabo e manter o controlo térmico, comunicar com o solo, reconstituir a tradicional capacidade do modelo de satélite e demonstrar a capacidade da agregação dos módulos para suportar uma cargar simples e complexa.

O eXCITe transporta a carga de comunicações amadoras QIKcom-2 para o Laboratório de Satélites da Academia Naval dos Estados Unidos como carga adicional. A QIKcom-2 contém um conjunto de transponders de comunicação de rádio denominado APRS para retransmitir telemetria remota, dados de sensores e de utilizadores em locais remotos, além experiências ambientais de rádio amadores ou outras fontes de dados.

O satélite transporta também o pequeno satélite SeeMee que será separado algum tempo após a inserção orbital do satélite mãe. O SeeMe (Space Enabled Effects for Military Engagements), com uma massa de cerca de 25 kg, é um protótipo de pequeno satélite construído pela Rayrheon para a DARPA para obter imagens de satélite on-demand de uma maneira quase imediata e persistente para o planeamento pré-missão

O programa SeeMee tem como objectivo proporcionar aos combatentes móveis Norte-americanos o acesso a informação espacial on-demand em condições remota e para lá da linha de visão. Caso seja bem sucedido, o SeeMee irá fornecer aos esquadrões e equipas individuais a capacidade de receber imagens em tempo útil da sua localização directamente a partir de um pequeno satélite apenas carregando num botão – algo que não é possível actualmente a partir dos satélites militares ou comerciais.

O ExseedSat-1 é um Cubesat-1U desenvolvido pela empresa Indiana Exseed Space que tem como objectivo proporcionar um satélite de comunicação amadora multifunção UHF/VHF NBFM. O satélite terá vários módulos configuráveis , incluindo UHF a VHF, canal único, transponder FM de banda curta com CTCSS. O satélite deverá ter uma vida útil de dois anos, dependendo da duração da bateria e da saída de órbita.

O satélite FalconSAT-6, é um micro-satélite desenvolvido pela Academia da Força Aérea dos Estados Unidos e patrocinada pelo Laboratório de Investigação da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF Research Laboratory – AFRL). A principal experiência a bordo do FalconSAT-6 é um multi-módulo projectado para provar a efectividade de múltiplos modes de propulsão. A bordo encontram-se outras experiências projectadas para provar e proporcionar as alterações mais eficientes de combustível que estão disponíveis em órbita, testar motores de iónicos de baixa energia, testar a eficiência da telemetria wireless versus por cabo, e medir as alterações no ambiente ionosférico local.

Com uma massa de 181 kg, o FalconSAT-6 transporta um conjunto de cinco cargas para cumprir as necessidades do AFSPC Core Function Master Plan (CFMP). Estas cargas são o AFRL Space Plasma Characterization Source Mark II (SPCS-2), Contamination Measurement Experiment (CME), Cerberus, Harmonic Ionospheric Propagation Experiment (HIPE) e uma quinta carga para avaliar novas tecnologia de painéis solares.

O satélite ICE-Cap (Integrated Communications Extension Capability) é um satélite de comunicações experimental tendo por base um CubeSat-3U desenvolvido para a Marinha dos Estados Unidos pela US Navy PEO Space Systems (com apoio da SPAWAR Systems Center Pacific).

O Army Space and Missile Defense Command (SMDC) forneceu a plataforma do satélite (SMDC-ONE), que foi desenvolvida pela Space Micro. A carga a bordo foi fornecida por diferentes empresas: o software de rádio UHF foi fornecido pela Vulcan Wireless, o High Assurance IP Encryptor foi fornecido pela InnoFlight, a antena de alto ganho pela Physical Optics Corporation, a antena omnidireccional e o computador de voo foi fornecido pela Space Micro, e o software de voo for fornecido pela SSC PAC.

Após o lançamento, o satélite irá demonstrar a capacidade de comunicar através  do sistema Mobile User Objective System (MUOS) para enviar dados directamente para os utilizadores em redes seguras. O ICE-Cap irá também demonstrar a capacidade de transmitir comunicações a partir de um utilizador perto do Pólo Norte para outro utilizador no equador.

O CubeSat-1U, Irvine-02, é uma missão educacional desenvolvida pela Fundação da Escola Pública Irvine para permitir aos estudantes adquirirem valências técnicas no seguimento e comunicação com o satélite no primeiro ano, e depois manter a continuidade do programa à medida que novos estudantes vão entrando no programa no ano seguinte. Este será um dos mais pequenos CubeSats a voar com um sistema de propulsão eléctrica. O programa Irvine CubeSat STEM Program (ICSP) é um programa de vários anos que impacte directamente mais de uma centena de estudantes provenientes de seis escolas secundárias e duas escolas distritais em cada ano, envolvendo a comunidade local na educação STEM – e especificamente na exploração espacial. O Irvine-02 tem uma massa de 1 kg e foi seleccionado em 2017 para ser lançado ao abrigo do programa ELaNa da NASA.

O satélite ITASAT-1 (Instituto Tecnológico de Aeronáutica Satellite) é um CubeSat-6U desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) do Brasil. Originalmente, o ITASAT-1 foi concebido como um micro-satélite com uma massa de 80 kg, até que o projecto foi redesenhado em 2013 devido às dificuldades em encontrar uma oportunidade de lançamento não muito dispendiosa.

O satélite é estabilizado nos seus três eixos espaciais e transporta várias cargas experimentais, entre as quais um sistema de recolha de dados, um receptor GPS e um sistema de observação que fornece uma resolução no solo de cerca de 80 metros.

O K2SAT é um CubeSat-3U Sul-coreano projectado pela Academia da Força Aérea da Republica da Coreia que tem como objectivo a obtenção de imagens e sua transferência, além de testar uma capacidade de repetição de voz. O satélite transporta uma câmara a bordo, um sistema repetidor de voz consistindo de um transmissor V/U com downlink 9k6 BSPK AX25 para dados e telemetria. Será também capaz de fornecer um transponder de canal FM. único. O satélite fornece também downlink de 2 Mbit QPSK em banda S.

A Astro Digital, anteriormente designada como Aquila Space, (formada da equipa central da antiga Dauria Space da Canopus Systems) desenvolveu os satélites de observação da Terra Landmapper-BC (anteriormente designados como Corvus-BC) tendo por base o modelo CubeSat-6U.

Os satélites Landmapper-BC são baseados nos satélites Perseus-O desenvolvidos na Canopus Systems, antes da separação da Dauria e da Canopus. Os satélites estão equipados com um sistema de observação multiespectral (vermelho, verde, NIR) com uma resolução de 22 metros por pixel.

O RAAF-M1 é um CubeSat-3U Australiano projectado e construído pela Universidade da Nova Escócia do Sul para a Academia da Força de Defesa Australiana, Força Aérea Real Australiana. O satélite servirá para demonstrar várias tecnologias chaves e operações para a missão principal.

O satélite tem um módulo de carga em posição nadir e duas asas solares, tendo uma massa de 4 kg.

A missão M1 tem por objectivo fornecer à RAAF AIS a capacidade ADS-B em todo o globo utilizando sistemas COTS AIS e ADS-B; testar, validade e desenvolver capacidades SSA ao fornecer projectos de engenharia e dados de performance para o desenho de futuros sistemas de radar passivos para o rastreamento de satélites em órbita terrestre baixa; desenvolver e demonstrar software rádio que é utilizado para apoiar a monitorização e registo AIS e e ADS-B, e capacidade de recepção GNSS SDR para um rastreamento de órbita terrestre baixa de forma passiva; desenvolver e demonstrar as tecnologias base e CONOPS para futuras capacidades ADF; desenvolver o conhecimento ADF na especificação, desenvolvimento / procuração e operação de activos espaciais;

Os satélites RANGE-A (Ranging And Nanosatellite Guidance Experiment) e RANGE-B compõe uma missão que envolve dois CubeSat-1.5U voando numa formação líder / seguidor com o objectivo de melhorar as capacidades de posicionamento relativas e absolutas dos nano-satélites. Os satélites t~em uma massa de 4 kg e foram desenvolvidos pelo Instituto de Tecnologia da Georgia.

As posições absolutas dos satélites será seguida utilizando receptores GPS sincronizados com relógios atómicos miniaturizados, e serão validade utilizando medições laser. A posição relativa dos satélites será medida utilizando um sistema de medição laser a bordo que também será utilizado como sistema de comunicação óptica de baixo nível.

Os satélites não possuem um sistema de propulsão activo, logo a distância de separação dos satélites será controlada através de técnicas de atrito diferencial. Os resultados da missão deverão servir para permitir o desenvolvimento de cargas mais avançadas e futuros conceitos de missões envolvendo formações e constelações de nano-satélites.

O satélite Seahawk-1 é o primeiro de dois satélites desenvolvidos pela Universidade da Carolina do Norte para medir a coloração dos oceanos no âmbito do projecto SOCON (Sustained Ocean Observation from Nanosatellites), sendo protótipos de uma constelação de satélites que será colocada em órbita.

O satélite tem uma massa de 4 kg e é baseado no modelo CubeSat-3U. O projecto SOCON project desenvolveu dois CubeSat SeaHawk com o sensor HawkEye Ocean Colour Sensor em dois anos. O produto final do projecto será 130 vezes mais pequeno (10 × 10 × 34 cm), 45 vezes mais leve (aproximadamente 4 kg), com uma resolução no solo 7 a 15 vezes superior (150 metros a 75 metros por pixel), mantendo um rácio de sinal / ruído cerca de 50% do SeaWiF.

O satélite Sirion Pathfinder 2 é um CubeSat-6U construído como demonstrador tecnológico para a constelação de comunicações IoT (Internet of Things) da Sirion Global.

O satélite SNUGLITE é um CubeSat-2U Sul-coreano projectado pela Universidade Nacional de Seul para demonstração tecnológica e comunicação de rádio amador.

O satélite tem como missão proporcionar uma estação espacial para treino de comunicação de rádio amador; enviar sinais utilizando banda UHF com modulação GMSK; demonstração tecnológica de um receptor GPS desenvolvido localmente; demonstração tecnológica na medição de TEC e do campo magnético utilizando um receptor de GPS de dupla frequência e um magnetómetro na extremidade de um mastro.

O SNUSAT 2 (Seoul National University Satellite 2), é um CubeSat-3U Sul-coreano projectado pela Universidade Nacional de Seul para a detecção de desastres naturais utilizando câmaras de grande angular e de alta resolução. O satélite irá também testar sensores estelares e sensores terrestres desenvolvidos localmente.

O pequeno Suomi-100 é um CubeSat-1U construído pela Universidade de Aalto – Aalto, Finlandia – para comemorar o 100º aniversário daquele país em 2017 ao inspirar o público em geral e testar novas tecnologias. O satélite tem uma massa de 2 kg e o seu tempo de vida útil será de dois anos.

O satélite transporta uma câmara de grande angular e um receptor de baixa frequência desenvolvidos por estudantes da Universidade de Aalto, muitos dos quais têm experiência como rádios amadores. A carga, e em especial a instrumentação de rádio, irá testar nova tecnologia de CubeSat. O instrumento deverá detectar características dinâmicas (auroras) na ionosfera terrestre. O satélite irá também realizar testes tecnológicos sobre como optimizar a utilização de observações de multi-instrumentos num único CubeSat e de como realizar a transmissão (downlink) inicial de grandes quantidades de dados utilizando um nível de transmissão baixo em ligações UHF e de banda S.

Construído pela SpaceQuest, Ltd., o THEA é um CubeSat-3U com o objectivo de testar e avaliar uma carga de observação de espectro desenvolvida pela Aurora Insight. O principal objectivo da missão é o de qualificar a carga experimental da Aurora, composta por um espectrómetro e respectivos componentes, além de demonstrar a obtenção de medições relevantes do ambiente espectral. Os resultados irão ser utilizados no futuro desenvolvimento de instrumentação avançada por parte da Aurora Insight e de componentes por parte da SpaceQuest. Esta irá também testar a efectividade de um novo receptor de «porta posterior» VHF que a companhia projectou e construiu para a recepção de comandos executivos e / ou para reiniciar o computador do satélite no caso de falha do sistema.

A SpaceQuest irá testar se o receptor, com o seu desenho de baixo custo e peso e consumo reduzido, tem a capacidade de funcionar em satélites muito pequenos. O desafio tecnológico é o de demonstrar que um pequeno dispositivo de rádio de baixo consumo pode ser utilizado no espaço para comandar um satélite independentemente do seu equipamento de rádio TT&C tradicional.

Baseado no modelo Cubesat-3U, o satélite VESTA foi desenvolvido pela Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL) para a Honeywell Aerospace como uma missão de demonstração para testar uma carga de comunicação VHF Data Exchange System (VDES) para a constelação de satélites marítimos avançados exactEarth.

O satélite é estabilizado nos seus três eixos espaciais e transporta um computador de bordo com um sistema operativo VxWorks e um receptor / transmissor de banda S.

O VESTA é um projecto piloto para o National Space Technology Programme, fundado pela Agência Espacial do Reino Unido e gerido pelo Centre for EO Instrumentation and Space Technology (CEOI-ST).

O VisionCube-1 é um CubeSat-2U Sul Coreano projectado pela Universidade Aeroespacial da Coreia para levar a cabo pesquisas sobre os Eventos Luminosos Transientes (ELT). O satélite tem uma massa de 2 kg.

O principal objectivo deste satélite é o de obter imagens dos ELT na alta atmosfera utilizando um MaPMT (Multi-anode Photon Multiplier Tube), uma câmara e um sistema de processamento de imagens em tempo real utilizando tecnologias SoC (System-on-Chip) FPGA. Quando o satélite sobrevoar a Coreia do Sul, irá receber telecomandos através de uma estação no solo utilizando banda VHF e irá transmitir os dados da missão e um sinal farol através de banda UHF.

O WeissSat-1 é um CubeSat-1U desenvolvido pela Weiss School, Palm Beach Gardens – Florida, para validar o denominado sistema Lab-on-a-Chip num nano-satélite. Esta missão de demonstração tecnológica irá colectar e transmitir dados, e validar um novo sistema lab-on-a-chip. A equipa também desenvolveu uma tecnologia baseada em coloração fluorescente Viva/Morta e microfluidição para permitir uma determinação in-situ bioanalítica da viabilidade de determinadas bactérias aeróbicas e anaeróbicas descongeladas após diferentes períodos.

O Falcon-9

Baptizado em nome da nave Millenium Falcon da saga cinematográfica “Guerra das Estrelas”, o foguetãfalcon9o Falcon-9 v1.1 era um lançador a dois estágios projectado e fabricado pela SpaceX para o transporte seguro e fiável de satélites e do veículo Dragon para a órbita terrestre. Sendo o primeiro foguetão completamente desenvolvido no Século XXI, o Falcon-9 foi projectado desde o início para ter a máxima fiabilidade. A sua simples configuração de dois estágios minimiza o número de eventos de separação (staging) e com nove motores no primeiro estágio, pode completar a sua missão em segurança mesmo na possibilidade de perda de um motor.

O Falcon-9 fez história em 2012 quando colocou a cápsula Dragon na órbita correcta para uma manobra de encontro com a estação espacial internacional, fazendo da SpaceX a primeira companhia comercial a visitar a ISS. Desde então, a SpaceX realizou um total de três missões para a ISS transportando e recolhendo carga para a NASA. O Falcon-9, bem como a cápsula Dragon, foram desenhados na base do desenvolvimento de um sistema de transporte de astronautas para o espaço e num acordo com a NASA, a SpaceX está activamente a trabalhar para atingir esse objectivo.

O foguetão Falcon-9 Upgrade (a seguir designado simplesmente como ‘Falcon-9’) representa a mais recente evolução deste lançador. De forma geral o Falcon-9 tem 68,4 metros de comprimento, 3,7 metros de diâmetro e uma massa de 541.300 kg. O veículo é capaz de colocar uma carga de 13.150 kg numa órbita terrestre baixa ou 4.850 kg numa órbita de transferência geossíncrona.

O primeiro estágio do Falcon-9 está equipado com nove motores Merlin (Merlin-1D) e tanque de liga de alumínio e lítio que contêm oxigénio líquido e querosene RP-1. Após a ignição, um sistema de segurança fixa o veículo na plataforma de lançamento e garante que todos os motores são verificados como estando na força máxima antes de libertar o foguetão para o seu voo. Então, com uma força superior a cinco aviões Boeing 747 em potência máxima, os motores Merlin lançam o foguetão para o espaço. Ao contrário dos aviões, a força de um foguetão vai aumentando com a altitude – o Falcon-9 gera 6.806 kN ao nível do mar mas atinge 7.426 kN no vácuo espacial. Os motores do primeiro estágio vão sendo aumentados em potência perto do final da queima do estágio para assim limitar a aceleração do veículo à medida que a massa do lançador vai diminuindo com a queima do combustível. O tempo total de queima do primeiro estágio é de 162 segundos.

Com os seus nove motores agrupados juntos na configuração ‘octaweb’, o Falcon-9 pode aguentar a falha de até dois motores durante o lançamento e mesmo assim conseguir atingir a órbita terrestre com sucesso. O Falcon-9 é o único lançador na sua classe com esta característica chave.

O motor Merlin foi desenvolvido internamente pela SpaceX mas vai encontrar as suas raízes aos motores das missões Apollo, nomeadamente o sistema de injecção baseado no motor do módulo lunar. O propolente é alimentado através de uma única conduta, com uma turbo-bomba de dupla pá que opera num ciclo de gerador a gás. A turbo-bomba também fornece o querosene a alta pressão para os actuadores hidráulicos, que depois recicla para a entrada a baixa pressão. Isto elimina a necessidade de um sistema hidráulico separado e significa que não é possível ocorrer uma falha no controlo de vector de força por falta de fluido hidráulico. Uma terceira utilização da turbo-bomba é o fornecimento de controlo de rotação ao actuar no escape da turbina de exaustão (no segundo estágio). Combinando-se estas características num só dispositivo aumenta-se assim de forma significativa o nível de fiabilidade do sistema.

O motor é capaz de desenvolver uma força de 654 kN ao nível do mar, 716 kN no vácuo, com um impulso específico de 282 segundos (nível do mar) e 311 segundos (vácuo).

A secção interestágio é uma estrutura compósita que liga o primeiro e o segundo estágio e alberga os sistemas de libertação e separação. O Falcon-9 utiliza um sistema de separação totalmente pneumático para uma separação de baixo impacto e altamente fiável que pode ser testado no solo, ao contrário dos sistemas pirotécnicos utilizados na maior parte dos lançadores.

O segundo estágio é propulsionado por um único motor Merlin de vácuo e coloca a carga a transportar na órbita desejada. O motor do segundo estágio entra em ignição poucos segundos após a separação entre o segundo e o primeiro estágio, e pode ser reiniciado várias vezes para colocar múltiplas cargas em diferentes órbitas. Para máxima fiabilidade, o segundo estágio está equipado com sistemas de ignição redundantes. Tal como o primeiro estágio, o segundo estágio é feito a partir de uma liga de alumínio e lítio.

O motor Merlin de vácuo (Merlin-1D de vácuo) desenvolve uma força de 934 kN e o seu tempo de queima é de 397 segundos.

SES-9Falcon 6

SES-9Falcon 7

A carenagem compósita é utilizada para proteger a carga durante a passagem do Falcon-9 pelas camadas mais densas da atmosfera. Quando a missão do Falcon-9 é o lançamento do veículo de carga Dragon, a carenagem não é utilizada pois a cápsula possui o seu próprio sistema de protecção.

A carenagem tem 13,1 metros de comprimento e 5,2 metros de diâmetro. Fabricada em fibra de carbono, separa-se em duas metades utilizando um sistema de separação de actuadores pneumáticos semelhantes aos que são utilizados para a separação entre o primeiro e o segundo estágio.

A sequência de lançamento para o Falcon-9 é um processo de precisão ditada pela janela de lançamento de cerca de uma hora tendo em conta a posição orbital a ser ocupada pelo satélite. Se a janela de lançamento de uma hora é perdida, a missão é então adiada para o dia seguinte.

Cerca de quatro horas antes do lançamento, inicia-se o processo de abastecimento – primeiro oxigénio líquido seguindo-se o querosene altamente refinado (RP-1). O vapor que se observa a sair do lançador durante a contagem decrescente é na realidade oxigénio a ser libertado dos tanques, sendo esta a razão pela qual o abastecimento de oxigénio líquido se mantém até quase ao final da contagem decrescente.

Dados estatísticos e próximos lançamentos

– Lançamento orbital: 5790

– Lançamento orbital SpaceX: 70 (1,21%)

– Lançamento orbital desde Vandenberg AFB: 285 (12,06%)

Os próximos lançamentos orbitais previstos são (hora UTC):

04 Dez (1838:00) – Falcon-9 (B1050.1) – Cabo Canaveral AFS, SLC-40 – Dragon SpX-16 (CRS-16), TechEdSat-8, CATSat, UNITE

04 Dez (2134:07) – Ariane-5ECA (VA246) – CSG Kourou, ELA3 – GSAT-11, GEO-KOMPSAT-2A (GK2A, Cheollian 2A)

07 Dez (0419:00) – Delta IV-Heavy (D381) – Vandenberg AFB, SLC-6 – NROL-17

07 Dez (1830:00) – CZ-3B Chang Zheng-3B/G3Z – Xichang, LC2 – Chang’e-4

07 Dez (????:??) – CZ-2D Chang Zheng-2D/YZ-3 – Jiuquan, LC43/94 – SaudiSAT-5A, SaudiSAT-5B, e outros