Shenzhou-11 acopla com sucesso com Tiangong-2

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A cápsula espacial Chinesa, SZ-11 Shenzhou-11, acoplou com sucesso com o módulo orbital TG-2 Tiangong-2 às 19:24UTC do dia 18 de Outubro de 2016.

Após o seu lançamento bem sucedido no dia 16 de Outubro de 2016, a Shenzhou-11 – e os seus dois taikonautas – foram colocados numa órbita de parqueamento inicial a partir da qual iniciaram uma «perseguição» de dois dias ao módulo orbital Tiangong-2. A cápsula espacial Chinesa foi detectada numa órbita com um perigeu a 334 km, apogeu a 336 km e inclinação orbital de 42,8º. Com a cápsula espacial a utilizar o seu sistema de propulsão, os seus parâmetros orbitais foram elevados até uma altitude de 393 km.

shenzhou-11-48Durante as missões SZ-8 Shenzhou-8 e SZ-9 Shenzhou-9 para o módulo espacial TG-1 Tiangong-1, as manobras de aproximação, encontro e acoplagem foram realizadas segundo a direcção V-bar, isto é na direcção do seu vector de velocidade orbital. Na missão SZ-10 Shenzhou-10, a tripulação de três membros também ensaiou a aproximação à TG-1 utilizando uma aproximação segundo a direcção R-bar, isto é, seguindo uma linha imaginária que ligava a TG-1 e o centro da Terra. Na altura, as autoridades Chinesas referiram que os testes levados a cabo pela SZ-10 era fundamentais para a construção da futura estação espacial modular TG Tiangong cujo primeiro elemento será lançado em 2018.

shenzhou-11-50A Shenzhou-11 utilizou a aproximação segundo a direcção V-bar para a acoplagem com a Tiangong-2.

Para as aproximação e acoplagem, as operações tiveram início a uma distância de 52 km do TG-2 com o centro de monitorização a analisar os parâmetros orbitais, de velocidade e de aproximação do veículo tripulado. A esta distância, ambos os veículos espaciais foram capazes de «ler» a posição relativa de cada um, bem como a velocidade.

A fase seguinte da aproximação automática teve início quando os veículos estavam a uma distância de 20 km, à medida que a Shenzhou-11 se aproximava de pontos de decisão localizados a 5 km, 400 metros, 140 metros e 30 metros. Durante estes pontos, nos quais a Shenzhou-11 se encontrava parada em relação à Tiangong-2, as posições relativas de cada veículo foram determinadas pelos controladores no solo, antes de ser dada nova ordem para proceder com a manobra de aproximação e acoplagem.

A uma distância de 120 metros, os taikonautas poderiam tomar o controlo manual da Shenzhou-11 caso fosse necessário.

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Durante estas operações, a Shenzhou-11 teve o papel de «veículo activo», enquanto que a Tiangong-2 teve o papel de «veículo passivo», isto é, as manobras de aproximação foram todas realizadas pela SZ-11. A uma distância de 30 metros, o mecanismo de acoplagem foi estendido para a posição funcional para assim garantir uma acoplagem suave com o módulo orbital. Nesta fase, os dois veículos estariam somente ligados pelos respectivos mecanismos de acoplagem.

À medida que a distância entre os dois veículos foi diminuindo, os dados recebidos no solo foram aumentando em precisão, permitindo assim a aproximação final e a acoplagem suave. Demorou cerca de 4 minutos para que os dois mecanismos de acoplagem formassem uma ligação mais sólida entre ambos os veículos (19:28UTC) após permitir a dissipação de movimentos relativos entre ambos. Nesta faseo centro de controlo foi procedendo a um controlo do ambiente entre a SZ-11 e a TG-2.

Após entrar no TG-2, Jing Haipeng e Chen Dong obtêm medições de pressão, capacidade de oxigénio, temperatura do ar e humidade, ao mesmo tempo que verificam a não existência de gases nocivos.

A escotilha final entre a SZ-11 e a TG-2 foi aberta às 22:25UTC e JIng Haipeng foi o primeiro a entrar no módulo orbital às 22:27UTC, com Chen Dong a entrar no módulo às 22:33UTC.

Imagens: Internet Chinesa