Rússia lança satélites de investigação da ionosfera

A Corporação Espacial Russa Roscosmos realizou o lançamento de dois satélites destinados à investigação ionosférica e magnetosférica da atmosfera terrestre.

Os satélites Ionosfera n.º 1 e Ionosfera n.º 2 foram lançados com outros 53 satélites às 23:18:40,459UTC do dia 4 de Novembro de 2024 pelo foguetão 14A14-1B Soyuz-2.1b/Fregat (S15000-013/142-601) a partir do Complexo de Lançamento LC-1S do Cosmódromo de Vostochniy, Amur.

Todas as fases do lançamento decorreram sem problemas e todos os satélites foram colocados nas respectivas órbitas.

Os satélites Ionosfera

Os satélites Ionosfera são uma constelação de quatro satélites para estudos da ionosfera e da magnetosfera terrestres, sendo desenvolvidos pela NPP VNIIEM para Roscosmos no âmbito do projecto Ionozond.

O segmento espacial do projecto seria composto por quatro satélites Ionosfera e por um satélite Zond, com os quatro satélites Ionosfera destinados à monitorização operacional da magnetosfera e da ionosfera, enquanto o satélite Zond teria como função a medição da irradiação solar.

Os satélites Ionosfera operam as órbitas circulares sincronizadas com o Sol a uma altitude de 800 km, estando distribuídos por dois planos orbitais (dois satélites em cada plano, separados por um ângulo de 180°±30°). Um dos planos das órbitas está localizado no terminador terrestre (subconstelação “Terminador”) e o segundo num ângulo de cerca de 90º relativamente ao terminador (subconstelação “Meridiano”).

Os satélites têm uma massa de 430 kg e um tempo de vida útil de 8 anos, utilizando o motor de propulsão iónica APPT-95M Ablative Pulse Plasma Thruster (APPT) para as necessárias correcções orbitais.

Os satélites Ionosfera transportam os instrumentos: SPER/1 (espectrómetro de plasma e radiação energética), SG/1 (espectrómetro de raios gama), GALS/1 (espectrómetro de raios cósmicos), LAERTES/1 (sonda iónica), NBK/2 (complexo de ondas de baixa frequência), ESEP (espectrómetro de plasma ionosférico), Ozonometer-TM (medidor de ozono), MayaK (transmissores de rádio), e PES GPS-GLONASS (dispositivo de geolocalização do sistema GLONASS).

Nesta missão são lançados os satélites Ionosfera-M n.º 1 (Ионосфера-М №1) e Ionosfera-M n.º 2 (Ионосфера-М №2).

O satélite Zond deveria voar com os satélites Ionosfera em 2020 para observar o Sol, mas os trabalhos no mesmo foram suspensos por falta de financiamento.

Os pequenos satélites

Dezenas de pequenos satélites acompanharam a carga principal nesta missão, nomeadamente os satélites: ArcticSat-1, CSTP-2.1, CSTP-2.11, CSTP-2.2, Hodhod, HyperView-1G (SXC6-3807), Kosar, Polytech Universe-4 e Polytech Universe-5, RTU MIREA1, SITRO-AIS-13 a SITRO-AIS-24 e SITRO-AIS-37 a SITRO-AIS-48, SIT-2086, SIT-HSE, TUSUR-GO, ZIMSAT-2 (AMAISAT), Altair, Vizard-ion, Vladivostok-1, Gorizont, ASRTU-1 Druzhba ATURK, Kolibri-S, Mordovia-IoT, MTUSI-1, Norbi-3, Nokhcho, RUZAEVKA-390, SamSat-Ionosfera SamSat-ION 2, YUZGU-60, Khors n.º 3 e Khors n.º 4.

O satélite ArcticSat-1 é um satélite desenvolvido pela Universidade Federal do Norte (Árctico) “M. V. Lomonosov”, sendo um Cubesat-3U com uma massa de 3,15 kg. Também designado “RS74S”, o obectivo do pequeno satélite é o estudo da influência dos factores climáticos espaciais nos sistemas de pequenas naves espaciais nas regiões polares, a obtenção e análise de dados sobre a movimentação de navios nas águas da Rota Marítima do Norte e chamar a atenção para o problema da poluição espacial.

Os factores ambientais espaciais têm um impacto significativo na operação de pequenos satélite, causando degradação de materiais, electrificação da superfície, ocorrência de carga volumétrica dentro do satélite, falhas na electrónica e interrupção da comunicação com o satélite. Um satélite em órbita enfrenta muitos perigos, um dos quais é um aumento acentuado dos fluxos de partículas de alta energia que o bombardeiam quando este se encontra nas regiões polares e na zona de Anomalia Magnética do Atlântico Sul.

O objectivo da missão é criar um sistema de software para o segmento terrestre de controlo do satélite para garantir a sua operação segura sob a influência de factores negativos do clima espacial. O sistema permitirá o aviso oportuno dos operadores do satélite sobre a ocorrência de condições desfavoráveis ​​para a sua operação, bem como a ocorrência de valores anormais de parâmetros de telemetria devido à influência de factores do ambiente espacial.

Alcançar este objectivo permitirá aumentar a vida activa d0s pequenos satélites em órbita, reduzindo a duração do trabalho com o veículo durante tempestades geomagnéticas; avaliar o impacto das condições meteorológicas espaciais nos sistemas de comunicação e melhorar a estabilidade do sistema de identificação automática (AIS); envolver as crianças em idade escolar e os alunos da zona ártica da Federação Russa na criatividade científica e técnica e no desenvolvimento de competências relevantes no domínio do tratamento e análise de dados.

Os satélites CSTP-2.1, CSTP-2.12 e CSTP-2.2, foram desenvolvidos pela STC (Spetsialny Tekhnologichesky Center) e são baseados no factor de forma CubeSat-3U, sendo destinados ao estudo da propagação das ondas de rádio.

O satélite iraniano Hod-Hod (ماهواره هدهد) é o primeiro satélite da constelação Hodhod, sendo baseado no factor de forma CubeSat-3U (tendo dimensões 10 x 10 x 30 cm) e uma massa de 4 kg. O seu tempo de vida útil deverá ser de 4 anos de vida útil, operando a uma altitude de 500 km de altitude. O satélite foi construído pela SpaceOMID e é uma prova de conceito para comunicações IoT através de nanossatélites em órbita terrestre baixa. Dispõe de comunicações UHF (4W LoRa), tumbling, receptor GNSS, células solares 3J e bateria Li-FePO4. O satélite transmitirá um sinal de farol utilizando um transceptor LoRa nas frequências UHF e SBAND, fornecendo informações como o estado da bateria, dados IMU, temperaturas e muito mais.

O satélite Kosar (ه کوثر) é o primeiro produto espacial da SpaceOMID. O projecto Kosar começou no Verão de 2018. Este satélite segue os padrões de um CubeSat, o que reduz o tempo e os custos de fabrico. O satélite está equipado com câmaras no espectro NIR e RGB.

O Kosar é o primeiro satélite iraniano com uma resolução média de 3,45 metros GSD, o que o torna o satélite iraniano mais avançado em 2024. Será utilizado para o fornecimento de dados de detecção remota com aplicações na agricultura de precisão e mapeamento.

O satélite HyperView-1G (SXC6-3807) é baseado no factor de forma CubeSat-6U, sendo desenvolvido pela Universidade nacional de Investigação de Samara “S. P. Korolev”. Também designado “RS66S”, tem uma massa de 8,5 kg e tem como objectivo a obtenção de imagens hiperespectrais da superfície terrestre.

O satélite transporta uma câmara hiperespectral de detecção remota implementada de acordo com o esquema Offner, tendo uma resolução espacial entre 6-13 m, com 140-300 canais espectrais e uma resolução espectral de 2-4 nm (gama espectral: 400-1000 nm). A câmara será utilizada em unidades espectrais e full-frame.

O satélite Polytech Universe-4 (Политех Юниверс-4) foi desenvolvido pela Universidade Politécnica Pedro, o Grande, de São Petersburgo. É baseado no factor de forma Cubesat-3U, tendo uma massa de 4,5 kg. Será utilizado para operações de detecção remota da superfície terrestre em radiofrequência e faixas ópticas.

Também designado “RS71S”, o satélite foi concebido para medir o nível de radiação eletromagnética na gama de frequências de 0,1-18 GHz para criar mapas territoriais da distribuição destes níveis como parte da análise a longo prazo e do estudo dos resultados estatísticos das medições. O satélite irá realizar operações de detecção remota na faixa óptica, obtendo fotografias da superfície terrestre com uma resolução de ~5 m/pixel.

Graças à capacidade de ligar os dados recebidos às coordenadas geográficas, a informação que o módulo de carga útil fornecerá pode ser utilizada para construir mapas da distribuição do nível de radiação eletromagnética da superfície da Terra.

Com os dados obtidos será possível a criação de uma base de dados sobre os territórios da tecnosfera, mares e oceanos, florestas, objetos intensivos em energia; prever possíveis interrupções no funcionamento dos sistemas de radiocomunicações e de televisão; corrigir erros e aumentar a precisão dos sistemas de geoposicionamento terrestre; e atrair os professores e alunos para o estudo das tecnologias espaciais. No âmbito do programa “Planet Duty”, que combina competições temáticas espaciais com diferentes especializações, com o apoio da Universidade Politécnica Pedro o Grande de São Petersburgo, está a ser realizado o projecto “Orientação Científica: Espaço Exterior”.

A bordo transporta um receptor de rádio de banda larga com largura de banda de análise até 100 MHz na gama dos 100 MHz – 18 GHz; uma câmara panorâmica para avaliar o correcto funcionamento dos subsistemas de pequenos satélites com uma resolução de 640×480, 320×240 ou 160*120 pixéis; e um sistema óptico-electrónico com resolução de 51 megapixéis que será utilizado para a medição do nível de radiação eletromagnética em diversas gamas de frequência e para a detecção remota da Terra na faixa óptica.

Baseado no factor de forma CubeSat-3U e com uma massa de 4,4 kg, o satélite Polytech Universe-5 (Политех Юниверс-5) foi desenvolvido pela Universidade Politécnica Pedro, o Grande, de São Petersburgo. Será utilizado para deteção remota da Terra na gama de radiofrequência, recebendo sinais AIS e IoT.

O satélite foi concebido para medir o nível de radiação eletromagnética em várias gamas de frequência; receber sinais do sistema de identificação automática (AIS), armazenar e acumular mensagens AIS e transmiti-las para uma estação de controlo terrestre para posterior processamento e análise; e recepção de dados a baixa velocidade de sensores industriais de Internet das Coisas (IoT) de baixa potência na gama dos 27 MHz para testar experimentalmente a viabilidade de implementação de uma rede global de transmissão de dados IoT. Graças à capacidade de ligar os dados recebidos às coordenadas geográficas, a informação que o módulo de carga útil fornecerá pode ser utilizada para construir mapas da distribuição do nível de radiação eletromagnética da superfície da Terra.

Com os dados obtidos será possível a criação de uma base de dados sobre os territórios da tecnosfera, mares e oceanos, florestas, objetos intensivos em energia; prever possíveis interrupções no funcionamento dos sistemas de radiocomunicações e de televisão; corrigir erros e aumentar a precisão dos sistemas de geoposicionamento terrestre; atrair os professores e os alunos para o estudo das tecnologias espaciais; e proceder à implementação experimental de uma rede global para a tecnologia IoT.

O satélite transporta um receptor de rádio de banda larga com largura de banda de análise até 100 MHz na gama dos 100 MHz – 18 GHz; uma câmara panorâmica para avaliar o correcto funcionamento dos subsistemas de pequenos satélites com uma resolução de 640×480, 320×240 ou 160*120 pixéis; um receptor AIS integrado, com dois canais de frequência: 87V (161,975 MHz), 88V (162,025 MHz); sensibilidade: 110dBm; consumo de energia: não mais de 4 W; e um receptor IoT HF experimental integrado, frequência de operação 27 MHz.

Com os dados obtidos será possível a medição do nível de radiação eletromagnética em diversas gamas de frequência; receber sinais do sistema de identificação automática (AIS), armazenar e acumular mensagens AIS e transmiti-las a um ponto de controlo no terreno para posterior processamento e análise; e a recepção de dados a baixa velocidade de sensores industriais de Internet das Coisas (IoT) de baixa potência na faixa dos 27 MHz para testar experimentalmente a viabilidade de implementação de uma rede global de transmissão de dados IoT.

O satélite RTU MIREA1 (РТУ МИРЭА1) é baseado no factor de forma CubeSat-3U, sendo também designado “RS51S”. Com uma massa de 3,064 kg, será utilizado para pesquisas ionosféricas.

Desenvolvido pela Universidade Tecnológica Russa MIREA, o RTU MIREA1 destina-se a testes de voo de uma câmara óptica visível e de um receptor de sinais dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS, realizando uma experiência de comunicação intersatélite utilizando um módulo transceptor, bem como para a realização de actividades educativas no âmbito do projeto Space-π.

A utilização de uma câmara óptica visível permitirá estudar aspectos da formação da cobertura de nuvens da Terra. A utilização de um receptor de sinais dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS possibilita a utilização do método de sondagem rádio-ocultação da ionosfera. Para este método, as fontes de sinais de rádio são os satélites dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS, e o receptor deve ser instalado num satélite em órbita baixa. Devido à influência da ionosfera, um satélite em órbita baixa é capaz de receber sinais de navegação enquanto está fora da linha de visão da nave espacial de navegação.

Um módulo transceptor está instalado no satélite RTU MIREA1 para fornecer um canal de comunicação inter-satélites com o satélite TUSUR-GO. As frequências do satélite foram aprovadas na Coordenação de Frequências de Satélites Amadores da IARU.

O satélite transporta equipamento ótico-eletrónico da faixa visível; um receptor de navegação a bordo de sinais dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS; e um módulo transceptor para organização de canal de comunicação intersatélite com o satélite TUSUR-GO.

A bordo desta missão foram lançados 24 satélites SITRO-AIS. Estes CubeSats realizam a monitorização independente das rotas de navegação no Mar do Norte e dos oceanos. São satélites de detecção remota óptica com uma resolução de 2,5 metros que farão parte de uma constelação final de 70 satélites.

Os satélites agora colocados em órbita são denominados SITRO-AIS-13 a SITRO-AIS-24 e SITRO-AIS-37 a SITRO-AIS-48. São desenvolvidos pela SPUTNIX para o Sitronics Group, sendo baseados no factor de forma CubeSat-3U.

O CubeSat-3U, SIT-2086, é também designado “RC2335”, tendo sido desenvolvido pela Escola MKA GBOU nº 2086 (Moscovo).

Tem uma massa de 3,3 kg e tem como objectivo testar a tecnologia da Internet das Coisas baseada no protocolo LORA, bem como realizar pesquisas sobre a superfície terrestre nas quais os alunos participarão em experiências e analisarão os resultados.

A tecnologia IoT abre novas oportunidades para todo o mundo e é muito importante para utilização em diversas áreas, tais como habitação e serviços comunitários, transportes, agricultura, indústria e, mais importante, em áreas remotas.

O pequeno satélite SIT-HSE, também designado “RC2336” foi concebido para testar a tecnologia da Internet das Coisas baseada no protocolo LORA , bem como para realizar levantamentos da Terra.

O satélite, com uma massa de 3,2 kg e baseado no factor de forma CubeSat-3U, foi desenvolvido por estudantes da Universidade Estatal de Telecomunicações de São Petersburgo “MA Bonch-Bruevich” que participarão nas experiências e analisarão os resultados.

O satélite da Universidade Estadual de Sistemas de Controlo e Radioelectrónica de Tomsk, TUSUR-GO,  foi criado com base na plataforma de satélite Geoscan 3U (CubeSat-3U), tendo uma massa de 2,443 kg. É também denominado “RS78S”

Concebido para testes de voo de um dispositivo de comunicação por satélite para transmissão de dados de objetos de monitorização para um terminal terrestre, incluindo a possibilidade de retransmissão através de outras naves espaciais, bem como a realização de atividades educativas no âmbito do projeto Space-π.

A carga útil a bordo inclui: um módulo transceptor para fornecer um canal de comunicação inter-satélite com o satélite RTU MIREA1; um receptor GNSS na gama de frequências L1 (GPS, GLONASS), E1 Galileo; e um módulo da câmara: ângulo de visão (FOV): 66 graus, resolução 2 MP.

O satélite tem como objectivo o teste em voo de um dispositivo de comunicação por satélite para transmissão de dados de objectos monitorizados para um terminal terrestre, incluindo a possibilidade de retransmissão através de outro veículo espacial.

A bordo transporta um módulo transceptor, receptor GNSS e uma câmara óptica.

O satélite ZimSat-2 é o segundo satélite do Zimbabué, sendo também denominado “AMAISAT”. O pequeno satélite transporta sensores avançados e ferramentas de imagem para aplicações como monitorização de riscos ambientais, prospecção mineral, gestão de secas e povoações humanas.

Desenvolvido pela Zimbabwe National Geospatial and Space Agency (ZINGSA), o projeto serve como plataforma para melhorar a capacidade humana local, permitindo a concepção, fabrico, teste e lançamento de satélites. Apoiará também a criação de estações terrestres para dados de ligação ascendente e descendente, bem como a monitorização e controlo de satélites.

O lançamento do ZimSat-2 representa um avanço crucial para o Zimbabué, não só no aperfeiçoamento da sua tecnologia espacial, mas também no reforço da sua posição na indústria global de satélites. O projecto sublinha o compromisso do país em alavancar a tecnologia espacial para o desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios locais e regionais.

O CubeSat-6U Altair (Альтаир) é um pequeno satélite do Instituto de Investigação de Física Nuclear D. V. Skobeltsyn da Universidade Estatal de Moscovo M. V. Lomonosov para monitorização da radiação do espaço próximo da Terra.

Com uma massa de 7,5 kg, o satélite é também denominado “RS65S”, tendo como carga útil os detectores de radiação cósmica DeCoR-3KM e DeCoR-2KM; o espectrómetro semicondutor universal SUP; e o detetor de radiação de matriz MADIZ. O detector de radiação cósmica DeCoR-3KM e DeCoR-2KM, foi concebido para monitorizar a radiação cósmica e estudar explosões de raios gama, bem como alterações de curto prazo nos fluxos de partículas carregadas. Utiliza um detector phoswitch de duas camadas – uma combinação de cintiladores CsI(Tl) plásticos e inorgânicos, visualizados por um fotomultiplicador. O espectrómetro Semicondutor Universal (SUP), foi concebido para obter o espectro de partículas carregadas – protões e eletrões. O instrumento utiliza detetores semicondutores em formato de telescópio. O instrumento MADIZ tem como objetivo estudar os rastos de partículas carregadas na órbita da Terra e desenvolver as capacidades das crianças em idade escolar e dos estudantes no desenvolvimento de equipamentos para naves espaciais. Utiliza um conjunto à prova de luz de dois sensores CMOS padrão para microcomputadores imx477 com um tamanho de sensor de 7,564 x 5,476 mm.

O satélite foi desenvolvido com base na plataforma de satélite NILAKT DOSAAF 6U do padrão CubeSat no âmbito do Projeto Space-π e um grande projeto científico e educativo e a constelação de satélites com o mesmo nome “Constellation-270” da Universidade Estatal de Moscovo “Cosmos”.

A principal tarefa tecnológica do satélite Altair é obter dados sobre a situação de radiação utilizando detectores de radiação cósmica desenvolvidos no SINP MSU em órbitas polares sincronizadas com o sol sob condições de voo limitado numa pequena plataforma CubeSat-6U para uma determinada configuração de electrónica de bordo .

Com base nos resultados dos testes de novos produtos, serão tomadas decisões de design, tecnológicas e organizacionais para otimizar a preparação adicional de experiências SINP MSU de maior dimensão, cuja principal tarefa é desenvolver um modelo dinâmico da situação de radiação próxima da Terra em várias órbitas.

O satélite Vizard-ion (Визард-ион) da empresa MGU-STANDARD foi criada com base na plataforma de satélite Geoscan 3U (CubeSat-3U) e faz parte do grupo VIZARD.Space, que consiste em pequenos satélites para diversos fins que fornecem as tarefas resolvidas pela empresa com dados de deteção remota da superfície da água e da atmosfera, além de monitorizar o movimento de navios e perigosas formações de gelo.

O satélite foi concebido para testes de voo do sistema de propulsão a plasma VERA e do receptor de sinais dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS para estudo da ionosfera. Outra carga útil do CubeSat é uma câmara com uma resolução de 1632×1232 (2MP).

O receptor de sinais dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS instalado no nanossatélite possibilita a utilização do método de sondagem rádio-ocultação da ionosfera. Para este método, as fontes de sinais de rádio são satélites dos sistemas globais de navegação por satélite GLONASS/GPS, e o receptor deve ser instalado num satélite em órbita baixa. Devido à influência da ionosfera, um satélite em órbita baixa é capaz de receber sinais de navegação enquanto está fora da linha de visão da nave espacial de navegação. A experiência de monitorização de radioocultação da ionosfera será realizada em conjunto com os cubos da RTU MIREA1. O projecto foi desenvolvido tendo como parceiro educativo a instituição educativa orçamental do estado da cidade de Moscovo “Escola nº 1522 em homenagem a V. I. Churkin”.

O Vizard-ion tem uma massa de 3,098 kg e transporta um receptor GNSS, uma câmara óptica e um sistema de propulsão por plasma VERA.

O CubeSat-8U Vladivostok-1 (Владивосток-1) foi desenvolvido pela Universidade Federal  do Extremo Oriente e tem como objectivo medir a radiação no espaço próximo da Terra.

Baseado no factor de forma CubeSat-3U, o satélite Gorizont (Горизонт) foi desenvolvido pela equipa da Universidade Técnica do Estado Báltico “VOENMEH” ‘D. F. Ustinov’.

A carga útil do satélite inclui um módulo de painéis solares implantáveis, concebido para estudar a degradação das características de painéis solares de diversas composições sob a influência de fatores espaciais; um módulo de pesquisa de componentes electrónicos que possui processadores avançados de memória de acesso aleatório magnetorresistivo (MRAM) que são testados para resistir à radiação espacial; uma unidade de orientação mecânica CubeSat, implementada com base em motores elétricos (ao controlar o sistema de volante, o satélite está orientado ao longo de três eixos); e um sistema de controlo de carga útil que é composto por módulos transceptores que operam nas bandas VHF e S, uma unidade computacional com câmara com uma resolução de 3840×2160 pixéis.

O satélite tem uma massa de 3 kg, sendo também denominado “RS59S” e tem por objectivos o estudo do efeito da radiação em componentes eletrónicos; o teste de um sistema activo de controlo de atitude baseado em motores volantes; a obtenção de fotografias da superfície da Terra; a investigação das capacidades das ligações rádio com recurso à codificação linear de frequência e transmissão de imagens com recurso a códigos fonte; e o estudo da degradação das características dos painéis solares de diversas composições sob a influência de fatores espaciais.

O CubeSat-12U ASRTU-1 Druzhba ATURK (Дружба АТУРК) é um projecto sino-chinês desenvolvido pela Universidade Estatal de Amur e pela Universidade Polutécnica de Harbin, sendo destinado a tarefas de detecção remota.

Também denominado “RS67S”, o satélite Kolibri-S (Колибри-С) é um Cubesat-3U com uma massa de 3,814 kg concebido para a detecção remota da Terra e obtenção de imagens hiperespectrais da superfície terrestre.

O CubeSat está equipado com uma carga útil constituída por uma câmara hiperespectral de alcance visível de 10 x 15 mm do tipo fenda de varrimento com elemento ótico difrativo baseado numa grelha num espelho convexo com lente Júpiter 3,5/135 mm para obter imagens hiperespectrais da superfície subjacente de a Terra.

O satélite Mordovia-IoT (Мордовия-IoT) é um CubeSat-3U com uma massa de 2,9 kg, sendo também designado “RS50S”. Será utilizado para a realização de experiências de radioamador com tecnologia IoT (Internet of Things), testando células solares de perovskita.

O módulo IoT foi desenvolvido por crianças em idade escolar. Esta tecnologia permite, através de comunicações via satélite IoT, receber informação de sensores educativos terrestres (estações meteorológicas, sistemas de monitorização ambiental, sensores de nível de água, sensores agrícolas inteligentes, sinais SOS) e retransmiti-la de volta para a Terra ou armazená- las na memória do satélite para posterior redefinição para a Terra. Além de receber dados de sistemas terrestres através de comunicações via satélite, está previsto testar o controlo de dispositivos terrestres remotos via satélite.

O satélite será aplicado na monitorização agrícola e ambiental (o sistema IoT apoiado por satélite pode monitorizar as condições do campo, monitorizar os níveis de água, a humidade do solo e outros parâmetros em tempo real, garantindo ações de cuidado das culturas atempadas); transporte e logística (o módulo IoT no satélite ajuda a rastrear veículos, navios e aeronaves em todo o mundo, garantindo uma comunicação contínua mesmo nos locais mais remotos; projetos industriais (dispositivos como plataformas petrolíferas, estações de mineração e outros objetos localizados em áreas remotas podem transmitir dados sobre o seu funcionamento através de uma rede IoT num satélite; e segurança e gestão de catástrofes (o sistema de comunicação via satélite IoT pode apoiar a monitorização de catástrofes, detetar fugas de materiais perigosos e transmitir dados críticos em tempo real).

O satélite Mordovia-IoT funcionará segundo dois esquemas: transmissão de dados sem processamento de informação e transmissão de dados com processamento de informação.

No modo de transferência de dados sem processamento, um assinante (dispositivo) na Terra recebe um canal de comunicação com um satélite, o satélite neste momento estabelece uma ligação com uma estação base na Terra e o assinante (dispositivo) retransmite directamente os dados para um servidor na Internet ou para uma estação de receção escolar.

No modo de transmissão de dados com processamento, o assinante (dispositivo) na Terra recebe um canal de comunicação com o satélite e toda a informação transmitida do assinante (dispositivo) é armazenada na memória interna do satélite e depois enviada para a estação base na Terra e publicada na Internet. Este método de transmissão de dados é possível em locais de difícil acesso no planeta Terra. Um sistema semelhante é relevante na Federação Russa, onde apenas 20% do território tem acesso a sistemas de comunicação.

O acesso ao canal por satélite será aberto a todos. Isto permitirá a um aluno instalar uma estação meteorológica com sensores num local remoto e, em seguida, receber dados da mesma através de comunicações espaciais e monitorizar o estado do ambiente numa instituição de ensino ou em casa.

O satélite Norbi-3 (Норби-3) é um CubeSat-6U desenvolvido pela Universidade Estatal de Novosibirsk.

O CubeSat-3U Nokhcho (Нохчо) é um satélite da Universidade Estadual da Chechénia ‘A. A. Kadyrov’, concebido para medir o campo magnético terrestre. É também designado “RS79S” e tem uma massa de 2,5 kg.

O satélite transporta um módulo para recepção de mensagens ADS-B e um módulo para medir o campo magnético terrestre. O módulo de medição do campo magnético terrestre permite recolher informação sobre a intensidade do campo geomagnético e a sua heterogeneidade. Os dados obtidos permitirão identificar anomalias magnéticas (como a Anomalia Magnética Brasileira ou a Anomalia Magnética de Kursk) e prever desastres naturais provocados por tsunamis, sismos, erupções vulcânicas e outros cataclismos em todo o mundo.

Além disso, como carga útil no CubeSat, existe um módulo de receção de mensagens ADS-B (Automatic Dependent Surveillance-Broadcast), que permite aos pilotos de aeronaves e aos controladores de tráfego aéreo em estações terrestres monitorizar o movimento da aeronave em tempo real com grande precisão. A comunicação com a aeronave é possível ao longo de todo o seu percurso. A transmissão de mensagens sobre a localização de uma aeronave é praticada através de grandes satélites de comunicação, mas por um pequeno número de controladores de tráfego aéreo devido ao elevado custo de transmissão da informação. Um módulo ADS-B instalado num cubesat proporcionará uma área de receção de sinal de aeronaves de, pelo menos, 1.500 km.

O pequeno RUZAEVKA-390 (Рузаевка-390) é um nanossatélite para medição de ruído rádio no espaço exterior e para comunicação entre rádios amadores utilizando um repetidor FM operando nas bandas VHF/UHF. Além disso, o satélite irá também proceder à observação de explosões espaciais, à medição de radiação utilizando uma fotomatriz, e realizar o teste de comunicação entre satélites

O satélite é baseado no factor de forma CubeSat-3U e tem uma massa de 2,7 kg, sendo também designado “RS44S”.

Como carga útil transporta um receptor para medir o nível de ruído do ar no espaço exterior; uma câmara de baixa resolução com transmissão de imagens da Terra através do protocolo SSTV; um transponder FM de radioamador 435/145 MHz; um detector de radiação matricical ‘versão’ 2′ MADIZ2; e um módulo IoT.

O satélite SamSat-Ionosfera SamSat-ION 2 (СамСат-ИОН 2) é um CubeSat-3U desenvolvido pela Universidade Nacional de Investigação de Samara “Académico S.P. Korolev” para o estudo da alta ionosfera, estado do plasma e campo magnético terrestre.

O YUZGU-60 (ЮЗГУ-60) ‘SSU-60’, também designado “RS41S” é um CubeSat-3U com uma massa de 2,5 kg, tendo recebido este nome em homenagem ao 60.º aniversário da Universidade Estatal do Sudoeste. A sua missão será o teste da resistência rádio de vários materiais de protecção, transportando um módulo de medição de radiação e um módulo para medir o campo magnético terrestre.

A protecção contra a radiação é um aspecto crítico dos processos modernos e da segurança industrial. A exposição à radiação pode ter efeitos devastadores nas pessoas, nos materiais e no ambiente. O desenvolvimento de novos materiais e revestimentos de protecção eficazes está a tornar-se uma prioridade na segurança radiológica. Nas últimas décadas, têm sido feitos esforços significativos para desenvolver novos materiais que possam proporcionar uma protecção fiável contra a exposição à radiação. Os materiais tradicionais como o chumbo ou o betão têm-se mostrado eficazes neste aspeto, mas apresentam uma série de desvantagens, como o peso elevado devido à sua elevada densidade, complexidade de fabrico estrutural, especialmente na criação de invólucros de proteção para equipamentos, entre outros.

O principal objetivo deste projeto é desenvolver e testar novos materiais de protecção que, por um lado, sejam eficazes em termos de protecção radiológica, e por outro lado, sejam mais leves e flexíveis. Estes materiais devem ter um elevado grau de isolamento e absorção de radiação para vários tipos de fluxos ionizantes (radiação γ e β), partículas de neutrões, e também garantir estabilidade e fiabilidade a longo prazo do funcionamento do equipamento em diversas condições de radiação, incluindo no espaço sideral.

Neste projecto foram desenvolvidos novos materiais funcionais na área da protecção radiológica, bem como um módulo autónomo para os testar no espaço exterior. Espera-se que os resultados dos testes comprovem a eficácia dos materiais de protecção recentemente desenvolvidos, que podem melhorar significativamente a segurança contra a radiação e manter a integridade e funcionalidade dos objetos em condições extremas. Isto, por sua vez, terá um contributo positivo em vários domínios: astronáutica, energia nuclear, diagnóstico médico e outras indústrias onde a protecção contra radiações é parte integrante da segurança e da eficiência.

Os satélites Khors n.º 3 (Хорс №3) e Khors n.º 4 (Хорс №4), ambos baseados no factor de formam CubeSat-6UXL, foram desenvolvidos pela Universidade Bauman Técnica Estatal de Moscovo com o propósito de sondagem através de rádio-ocultação da atmosfera e ionosfera da Terra.

O foguetão 14A14 Soyuz-2

O foguetão 14A14 Soyuz-2 representa a mais recente evolução do épico míssil balístico intercontinental R-7 desenvolvido por Sergei Korolev nos anos 50 do século passado. O novo lançador apresenta motores melhorados, modernosSoyuz-2_2014-03-23_14-08-06 sistemas aviónicos digitais e uma reduzida participação de componentes de fabrico não russo.

O lançador é também conhecido pela designação Soyuz-ST (quando lançado desde o CSG Kourou) e foi especialmente desenhado para uma utilização comercial, aumentando a seu desempenho geral apesar de o desenho básico do veículo permanecer o mesmo. As alterações foram realizadas ao nível de uma melhoria do desempenho dos motores do primeiro e do segundo estágio com novos injectores e alteração da mistura dos propelentes; aumento no desempenho do terceiro estágio; introdução de um novo sistema de controlo, permitindo uma alteração do plano orbital já durante o voo; introdução de um novo sistema de telemetria digital para a monitorização do lançador e a introdução de uma nova ogiva de protecção de carga com um diâmetro de 3,6 metros.

O foguetão 14A14 Soyuz-2 pode ser equipado com um quarto estágio, nomeadamente o estágio Fregat (nas suas diversas variantes), utilizando as carenagens de protecção do tipo ST e SF.

Para as missões OneWeb foi utilizado um “sistema dispensador” de satélites desenvolvido pela RUAG Space AB (Linköping, Suécia). Este dispensador transporta os satélites durante o voo até à órbita terrestre baixa, libertando-os assim que a altitude e as condições ideais são atingidas. Este dispensador é projectado para acomodar até 36 satélites por lançamento.

Este lançador é capaz de colocar uma carga de 7.800 kg numa órbita terrestre a 240 km de altitude com uma inclinação de 51,80.º. No lançamento desenvolve uma força de 4.144.700 kN. A sua massa total é de 310.000 kg, o seu diâmetro no estágio principal é de 2,95 metros e o seu comprimento total é de 43,40 metros.

O primeiro estágio do 14A14 Soyuz-2 é composto pelos quatro propulsores laterais (Blok B, V, G e D) com uma massa bruta de 44.400 kg, tendo uma massa de 3.810 kg sem combustível. Cada propulsor tem um motor RD-107A (14D22) que desenvolve uma força de 1.021.097 kN (vácuo), com um Ies 310 s e um Tq de 120 s. Têm um comprimento de 19,60 metros, um diâmetro de 2,69 metros e consomem LOX e querosene.

O segundo estágio (Blok-A) tem um comprimento de 27,80 metros, um diâmetro de 2,95 metros, um peso bruto de 105400 kg e um peso sem combustível de 6.975 kg. Está equipado com um motor RD-108A que no lançamento desenvolve 999.601 kgf (vácuo), com um Ies de 311 s e um Tq de 286 s. Consome LOX e querosene.

 

O terceiro estágio (Blok-I) tem um comprimento de 6,74 metros, um diâmetro de 2,66 metros, um peso bruto de 25.200 kg e um peso sem combustível de 2.355 kg. Está equipado com um motor RD-0110 que no lançamento desenvolve 294.000 kgf (vácuo), com um Ies de 359 s e um Tq de 300 s. Consome LOX e querosene.

As modificações introduzidas no novo lançador foram sendo testadas em duas versões do mesmo veículo, o 14A14-1A Soyuz-2.1a e o 14A14-1B Soyuz-2.1b. Este último veículo é um lançador a três estágios no qual o motor RD-0124 é já empregado no último estágio.

Soyuz-2-1a 1

Com dimensões semelhantes ao motor RD-0110 utilizado nas versões anteriores dos lançadores Soyuz, o motor RD-0124 apresenta como principal diferença a introdução de um sistema de ciclo fechado no qual o gás do oxidante utilizado para propulsionar as bombas do motor é então direccionado para a câmara de combustão onde é queimado com restante propelente em vez de ser descartado. Esta melhoria no motor aumenta o desempenho do sistema e, como consequência, aumenta a capacidade de carga do lançador em 950 kg. Um propelente especial de ignição é utilizado para activar a combustão do motor e são utilizados dispositivos pirotécnicos para controlar o funcionamento do motor. Cada uma das quatro câmaras de combustão pode ser movimentada ao longo de eixos para manobrar o veículo.

A tabela seguinte mostra os últimos dez lançamentos realizados pelos foguetões Soyuz-2.1b equipados com estágios superiores Fregat.

Lançamento Data de Lançamento

Hora (UTC)

Lançador Local de Lançamento Carga
2022-139 21/Out/22

19:57:09,456

Kh15000-011/142-503 Vostochniy

LC-1S

Gonets-M n.º 33

Gonets-M n.º 34

Gonets-M n.º 35

Skif-D

2022-145 02/Nov/22

06:47:48.xxx

x/111-306? GIK-1 Plesetsk

LC43 PU-4

Cosmos 2563
2022-161 28/Nov/22

15:13:50.xxx

N15000-047/112-13 GIK-1 Plesetsk

LC43 PU-3

Cosmos 2564
2023-091 27/Jun/23

11:34:49,415

Kh15000-010/142-02 Vostochniy

LC-1S

Meteor 2-3

Múltiplos satélites

2023-114 07/Ago/23

13:20

? GIK-1 Plesetsk

LC43 PU-3

Cosmos 2569
2023-118 10/Ago/23

23:10:57,189

V15000-003/122-10 Vostochniy

LC-1S

Luna-25 (Luna-Glob)
2023-198 16/Dez/23

09:17:48,220

Ya15000-058/122-11 Baikonur

LC31 PU-6

Arktika-M2
2024-039 29/Fev/24

05:43:26,263

S15000-012/142-04 Vostochniy

LC-1S

Meteor-M 2-4

Marafon-D GMM

Zorkiy-2M 2

Pars-1

SITRO-AIS-13

a

SITRO-AIS-36

SITRO-AIS-49

a

SITRO-AIS-52

2024-092 16/Mai/24

21:21:39

77053735/? GIK-1 Plesetsk

LC43 PU-4

Cosmos 2576

Rassvet-2 1

Rassvet-2 2

Rassvet-2 3

Zorkyy-2M 4

Zorkyy-2M 6

SITRO-AIS 53

SITRO-AIS 54

SITRO-AIS 55

SITRO-AIS 56

2024-199 23:18:40 S15000-013/? Vostochniy

LC-1S

Ionosfera-M n.º 1

Ionosfera-M n.º 2

múltiplos satélites

Em 1996 tiveram início os testes do motor RD-0124 e foram finalizados em Fevereiro de 2004 nas instalações da Khimavtomatika em Voronezh. Nesta altura previa-se que a produção em série do novo motor teria início em 2005. A 27 de Dezembro de 2005 teve lugar outro teste do motor, abrindo caminho para os ensaios em grupo de todo o terceiro estágio do lançador 14A14-B Soyuz-2.1b nas instalações da NIIKhimMash em Sergiev Posad.

No início de 2005 a Arianespace anunciava que a primeira missão de teste do foguetão 14A14-1B Soyuz-2.1b teria lugar desde o Cosmódromo GIK-5 Baikonur para colocar em órbita o satélite astronómico CoRoT. Este lançamento dependeria dos resultados de novos ensaios do motor RD-0124 que tiveram lugar em Março e Abril de 2006. Um último teste teve lugar a 20 de Outubro de 2006 e o satélite CoRoT acabaria por ser lançado a 21 de Dezembro desse ano.



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