Rússia lança satélite militar desde Plesetsk

A Rússia colocou em órbita um satélite militar às 0700:00,101UTC do dia 5 de Fevereiro de 2022.

O lançamento do satélite 14F01-1 Neitron n.º 1 (14Ф01-1 Нейтрон) foi realizado pelo foguetão 14A14-1A Soyuz-2.1a/Fregat (78072195/111-401) a partir do Complexo de Lançamento LC43/4 do Cosmódromo GIK-1 Plesetsk, Arkhangelsk (Государственного испытательного космодрома – Gosudarstvennogo Ispytatelnogo Kosmodroma).

Sendo um satélite militar, desconhece-se a verdadeira missão do Neitron n.º 1 com algumas fontes a apontar para a possibilidade de se tratar de um satélite de reconhecimento óptico da Terra ou de observação precisa de satélites em órbita, com o Ministério da Defesa da Rússia a descrever o aparelho como “um satélite de demonstração tecnológica equipado com instrumentos recentemente desenvolvidos e sistemas que serão ensaiados em condições de radiaçao e de partículas altamente carregadas.”

O estágio superior Fregat realizou apenas uma queima e o satélite separou-se pelas 0820UTC. Após realizar a sua missão, o estágio Fregat (111-401) terá reentrado na atmosfera terrestre pelas 0920UTC. Entretanto, o Neitron n.º 1, que recebeu a designação militar Cosmos 2553, ficou colocado numa órbita com um perigeu a 1.987 km, apogeu a 1.995 km, inclinação orbital de 167,08,° e período orbital de 126,99 minutos.

O satélite Neitron

O projecto foi iniciado a 27 de Dezembro de 2011 com a assinatura de um contrato governamental entre o Ministério da Defesa da Rússia e a NPO Mashinostroyeniya (NPOMash) – as antigas oficinas de Chelomei –  a principal empresa responsável pelo projecto. O índice militar do satélite é ’14F01′ e o designador do sistema é ’14K171′.

O projecto parece prever o lançamento de pelo menos dois satélites, sendo um designado ‘Neitron’ e o outro ‘Tekhnolog’. Um satélite designado ‘Tekhnolog’ já havia sido anteriormente referenciado em alguma documentação, mas não estava ligado a um fabricante específico. O satélite primeiramente surgiu em documentação do fabricante de células solares NPP Kvant. Em 2014 a empresa assinou um acordo com uma empresa de transporte para o tratamento de carga do “último conjunto de células fotovoltaicas para a produção de painéis solares para o(s) satélite(s), dado que a utilização da abreviação “KA” para ‘satélite’ não especifica o singular ou plural. As células solares são descritas como junção-tripla.

Os relatórios anuais de 2015 e de 2016 da empresa referem os testes de aceitação de dois conjuntos de painéis solares para serem utilizados no satélite Tekhnolog com uma área total de 13 m2. Isto pode ser interpretado de duas formas: dois painéis solares para um único satélite ou quatro painéis solares para dois satélites.

As designações ‘Neitron’ e ‘Tekhnolog’ surgem em conjunto no relatório anual da Corporação VNIIEM, Instituto de Eletromecânica de Pesquisa Científica da Rússia (uma subsidiária da Corporação Roscosmos), que também havia entregue doze rodas de reacção DM5-50 para o Neitron ao NIIEM (para serem utilizadas no sistema de controlo de atitude).

Outras referências a ambos satélites são feitas em diversos documentos oficiais, o que torna claro que o Tekhnolog é claramente parte do mesmo projecto que o Neitron. Tanto o Neitron como o Tekhnolog são assim referidos como ’14F01′, o que é de certa forma estranho. A diferentes versões de satélites pertencentes ao mesmo projecto usualmente são atribuídos designadores 14F distintos: 14F138/14F145 (Lotos-S e Lotos-S1), 14F151/14F152 (Sfera-V e Sfera-S) e 14F158/14F159 (Repei-V e Repei-S). Por outro lado, não é impossível que as designações ‘Neitron’ e ‘Tekhnolog’ possam indicar o mesmo satélite, porém existem pelo menos duas razões para se crer que tal não é o caso: 1) as duas designações surgem no relatório anual de 2016 da VNIIEM; 2) pelo menos dois documentos contêm o designador “14F01-1”, o que implica que deverá existir um “14F01-2”.

Existem também indicações que os dois satélites seriam lançados separadamente. Um documento da RKTs Progress referia o lançamento do satélite 14F01-1 num foguetão  Soyuz-2.1a, não mencionando outra carga. Além do mais, outro documento menciona os lançamentos dos satélites 14F01 do projecto 14K171. Resumindo, os indícios apontam para que o Neitron e o Tekhnolog sejam muito similares, mas não idênticos (porquê nomes diferentes?) e que serão lançados separadamente.

O satélite Neitron (e presumivelmente o satélite Tekhnolog) deverá utilizar o mesmo modelo ou plataforma de satélite que é utilizada nos satélites de observação por radar Kondor (14F133) fabricados pela NPOMash. Concebida nos anos 90, é a única plataforma de satélite  que foi desenvolvida pela NPO Mashinostroyeniya após o colapso da União Soviética (não tendo em conta os micro-satélites Baumanets desenvolvidos em cooperação com a Universidade Bauman). Dois destes satélites foram lançados, um para o Ministério da Defesa da Rússia em Junho de 2013 (Cosmos-2487) e uma versão de exportação (Kondor-E) para a África do Sul em Dezembro de 2014. Com uma massa de cerca de 1.000 kg, os satélites foram lançados por foguetões Strela da NPOMash (míssil UR-100-N modificado) a partir de silos subterrâneos no Cosmódromo de Baikonur e colocados em órbitas circulares a 500 km de altitude com uma inclinação de 74.°.

Em Dezembro de 2014 a NPOMash obteve um contrato da Roscosmos para a construção de dois satélites de observação por radar Kondor-FKA modernizados, que deverão ser lançados em 2022-2023. Em Agosto de 2018 a empresa ganhou um contrato para novas modificações do satélite (Kondor-FKA-M), que deverá ser lançado em finais dos anos 2020. Os novos satélites Kondor serão lançados por foguetões Soyuz-2-1a/Fregat a partir do cosmódromo de Vostochniy.

A ideia de que o Neitron usa a plataforma Kondor é apoiada pelo facto de a maior parte das empresas subcontratadas e que se sabe estarem envolvidas no projecto, entregaram componentes similares para o Kondor: a NIIEM/VNIIEM (sistemas de controlo de atitude), NPP Kvant (painéis solares), MOKB Mars (caixas electrónicas) e AO AVEKS (equipamento de controlo de fornecimento de energia).

Existem também indicações de que o Neitron utiliza o mesmo tipo de propulsores que são utilizados nos satélites Kondor. Estes motores queimam UDMH/N2O4 são construídos pela NIIMash em Nizhnyaya Salda. Os satélites Kondor transportam um único motor de correcção orbital com uma força de 13,3 N (que pode ser identificado como 17D58E) e seis motores de estabilização com uma forma de 2,94 N cada (sem designação) – ver aqui, página 21.

Durante a apresentação de um artigo em Janeiro de 2014, um dirigente da NIIMash referiu que a sua empresa estava envolvida no desenvolvimento de “um sistema espacial baseado na plataforma Kondor-E” que iria utilizar uma versão modificada no motor 17D58E – ver aqui, página 666. Não parecia que se estava a referir ao satélite Kondor-FKA, que só foi aprovado em Dezembro de 2014. Além do mais, uma outra fonte refere que o Kondor-FKA possui um “sistema de propulsão completamente novo” – ver aqui.

Algumas das publicações da NIIMash mencionam um motor designado 17D58EM que pode ser o sistema de propulsão instalado a bordo do Neitron. Ver, por exemplo, este artigo sobre a cooperação entre a NPOMash e a NIIMash. Outra indicação de que o Neitron possui o mesmo tipo de unidade de motor que o Kondor, surgiu em documentação publicada em zakupki.gov.ru em Novembro de 2020 e que descreve o trabalho solicitado pela NPOMash designado “neutralização, destruição e descarte de um modelo de uma unidade de motor do artigo” – ver aqui. Aparentemente, o modelo terá sido contaminado com propelentes tóxicos e como tal teria de ser descartado (incluindo os tanques de combustível). Os trabalhos foram realizados no Cosmódromo de Plesetsk antes do final de Agosto de 2021. Apesar da utilização da palavra ‘modelo’ (‘maket’, em Russo), tratar-se-ia de um modelo de teste do motor. Esta documentação referia-se ao motor como ’14Ts71000′. Presumivelmente, é um motor que é identico ou similar ao motor referido em publicações da ‘NIIMash‘ como ’14Ts71001’. O motor tem uma forla de 3 N, muito similar aos pequenos motores transportados pelos Kondor.

Qual a missão do Neitron?

Nenhuma da documentação actualmente disponível revela algo acerca da(s) carga(s) do 14F01, tornando muito difícil determinar quais os objectivos deste projecto. É pouco provável que o Neitron seja outro satélite de observação por radar. A Rússia está a desenvolver vários satélites militares e civis deste tipo (Araks-R, Pion-NKS, Obzor-R, Kondor-FKA(M)) que provavelmente irão satisfazer as necessidades deste tipo particular de observação nos próximos anos.

A plataforma dos satélites Kondor foi desenvolvida como uma  “plataforma de satélite universal” que pode ser utilizada para albergar uma variedade de cargas. O único satélite baseado no Kondor que a NPOMash amplamente publicitou, é um com uma carga óptica de detecção remota (imagem ao lado). Porém, questiona-se a necessidade para outro satélite de reconhecimento óptico para lá dos que actualmente se encontram em órbita ou que estão a ser desewnvolvidos (os satélites Persona, Razdan e Bars-M, da RKTs Progress, e os satélites EMKA e Razbeg, da VNIIEM). Além do mais, a utilização do estágio superior Fregat sugere que o Neitron não será colocado num tipo de órbita que é tipicamente utilizada pelos satélites de reconhecimento óptico.

NPOMash também sugeriu outras possíveis cargas para a plataforma Kondor para além de radares e câmaras. Numa entrevista realizada em 2013 para a revista interna Tribuna VPK, da NPOMash, o então director-geral da empresa (Gerbert Yefremov) referiu que para além dessas cargas, poderiam também ser transportadas cargas cientificas e equipamento ‘especial’ (um adjectivo muitas vezes utilizado para se referir cargas militares) – ver aqui. O artigo na ligação, também nota a possibilidade de se instalar cargas “radiotécnicas” e de comunicações. A palavra “radiotécnicas” está aberta a interpretação, mas é usualmente utilizada no contexto de inteligência electrónica (“reconhecimento radiotécnico” é o termo Russo para ELINT).

Uma possibilidade é que a missão do 14F01 esteja relacionada com a situação espacial. Os relatórios anuais da NPOMash para 2009 e 2010 referem que um dos esforços da empresa estava relacionado com a determinação “de possíveis configurações para sistemas de vigilância espacial e para a entrega de propostas para o seu desenvolvimento.” Ver, por exemplo, o relatório de 2009 (página 27). Não existem indicações de que a NPOMash tenha algo a ver com sistema de vigilância espacial no solo, assim o mais provável isto é uma referência a sistema de vigilância espacial em órbita. Estes estudos podem ter resultado na atribuição do contrato à NPOMash para o desenvolvimento do 14F01 em finais de 2011.

Os possíveis objectivos de um sistema russo de vigilância espacial foram numerados num artigo publicado em 2013 por Vyacheslav Fateyev, que entre 2005 até 2011 dirigiu a MAK Vympel, que tem um papel de coordenação no esforço russo de vigilância espacial – ver aqui.

Segundo Fateyev, o sistema pode ser composto por satélites de observação óptica em órbita sincronizadas com o Sol, satélites de inspecção do tipo nano-satélites em órbita geoestacionária e satélites de inteligência electrónica em órbita terrestre baixa que iriam escutar outros satélites. A vigilância espacial óptica e inspecção parecem ser realizadas por satélites construídos pela NPO Lavochkin (14F150) e pela CNIIHM, o que deixaria a missão ELINT para outros satélites como uma possível tarefa para o 14F01. Segundo Fateyev, dois desses satélites ELINT iriam necessitar de somente um dia para “varrer toda a sona espacial estratégica até à cintura geoestacionária”, o que iria #significativamente exceder as capacidades dos sistemas ELINT em terra”.  Esta poderia ser uma missão para o 14F01, mas um potencial problema com essa suposição é que a Rússia estaria a construir uma rede de locais no seu território (denominada Sledopyt) para ELINT de satélites estrangeiros que será bastante superior a um anterior sistema denominado Moment. Adicionalmente, o satélite Olimp-K da ISS Reshetnev (lançado em 2014) pode estar a levar a cabo missões ELINT de satélites na cintura geoestacionária.

Assumindo que dois satélites estão envolvidos no projecto (Neitron e Tekhnolog), é razoável especular que poderá ocorrer algum tipo de interacção entre os dois, tanto faseando as suas órbitas ou realizando operações de encontro e proximidade. Isto também seria suportado pelo facto de que a missão parece ser muito dependente em tecnologia de navegação por satélite (tendo em conta o trabalho feito pela NPK SPP).

A NPOMash tem realizado trabalhos de investigação sobre o voo em formação de satélites, tal como é evidenciado por um número de patentes e artigos publicados desde 2011. Um autor envolvido em todos estes trabalhos é Maksim Palkin, descrito por várias fontes como um “conselheiro do director-geral da NPOMash”. A primeira das patentes (publicada em 2011) pode ser consultada aqui (em Russo). Os autores referem-se aos satélites Tango e Mango, que foram lançados em conjunto em 2010 como parte do projecto sueco ‘Prisma’ para demonstrar a formação em voo autónoma de satélites para futuras missões de inspecção e reparação. Entre as aplicações da investigação estão grupos de satélites utilizados para a “inspecção de objectos não cooperativos” e a calibração de sistemas ópticos e radares do sistema de vigilância espacial no solo.

NPOMash também recebeu patentes relacionadas com a remoção de detritos espaciais e a reparação e serviço em órbita de satélites, os quais, é claro, também necessitam de operações de aproximação e proximidade. Porém, numa entrevista Gerbert Yefremov disse que por enquanto estes não eram mais do que artigos de estudo – ver aqui.

Resumindo, enquanto que existem fortes evidências de que o 14F01 utiliza a plataforma Kondor, não existe nada que possa ser dito com certeza acerca da(s) sua(s) carga(s) e objectivos de missão. Pode ser algo relacionado com vigilância espacial ou operações de aproximação e proximidade, mas as evidências estão longe de ser conclusivas. A não ser que o Ministério da Defesa Russo revele algo sobre o propósito do projecto após o(s) lançamento(s), os parâmetros orbitais e comportamento do(s) satélite(s) podem ser as únicas pistas para determinar o objectivo da missão.

Texto baseado num trabalho de Bart Hendricks publicadio no forum NASASpaceflight.

O foguetão 14A14 Soyuz-2

O foguetão 14A14 Soyuz-2 representa a mais recente evolução do épico míssil balístico intercontinental R-7 desenvolvido por Sergei Korolev nos anos 50 do século passado. O novo lançador apresenta motores melhorados, modernosSoyuz-2_2014-03-23_14-08-06 sistemas aviónicos digitais e uma reduzida participação de componentes de fabrico não russo.

O lançador é também conhecido pela designação Soyuz-ST (quando lançado desde o CSG Kourou) e foi especialmente desenhado para uma utilização comercial aumentando a sua performance geral apesar de o desenho básico do veículo permanecer o mesmo. As alterações foram realizadas ao nível de uma melhoria da performance dos motores do primeiro e do segundo estágio com novos injectores e alteração da mistura dos propelentes; aumento na performance do terceiro estágio; introdução de um novo sistema de controlo permitindo uma alteração do plano orbital já durante o voo ; introdução de um novo sistema de telemetria digital para a monitorização do lançador e a introdução de uma nova ogiva de protecção de carga com um diâmetro de 3,6 metros.

O foguetão 14A14 Soyuz-2 pode ser equipado com um quarto estágio, nomeadamente o estágio Fregat, utilizando as carenagens de protecção do tipo ST e SF.

Este lançador é capaz de colocar uma carga de 7.800 kg numa órbita terrestre a 240 km de altitude com uma inclinação de 51,80.º. No lançamento desenvolve uma força de 4.144.700 kN. A sua massa total é de 310.000 kg, o seu diâmetro no estágio principal é de 2,95 metros e o seu comprimento total é de 43,40 metros.

O primeiro estágio do 14A14 Soyuz-2 é composto pelos quatro propulsores laterais (Blok B, V, G e D) com uma massa bruta de 44.400 kg, tendo uma massa de 3.810 kg sem combustível. Cada propulsor tem um motor RD-107A (14D22) que desenvolve uma força de 1.021.097 kN (vácuo), com um Ies 310 s e um Tq de 120 s. Têm um comprimento de 19,60 metros, um diâmetro de 2,69 metros e consomem LOX e querosene.

O segundo estágio (Blok-A) tem um comprimento de 27,80 metros, um diâmetro de 2,95 metros, um peso bruto de 105400 kg e um peso sem combustível de 6.975 kg. Está equipado com um motor RD-108A que no lançamento desenvolve 999.601 kgf (vácuo), com um Ies de 311 s e um Tq de 286 s. Consome LOX e querosene.

O terceiro estágio (Blok-I) tem um comprimento de 6,74 metros, um diâmetro de 2,66 metros, um peso bruto de 25.200 kg e um peso sem combustível de 2.355 kg. Está equipado com um motor RD-0110 que no lançamento desenvolve 294.000 kgf (vácuo), com um Ies de 359 s e um Tq de 300 s. Consome LOX e querosene.

As modificações introduzidas no novo lançador foram sendo testadas em duas versões do mesmo veículo o 14A14-1A Soyuz-2.1a e o 14A14-1B Soyuz-2.1b. Este último veículo é um lançador a três estágios no qual o motor RD-0124 é já empregado no último estágio.

Soyuz-2-1a 1

Com dimensões semelhantes ao motor RD-0110 utilizado nas versões anteriores dos lançadores Soyuz, o motor RD-0124 apresenta como principal diferença a introdução de um sistema de ciclo fechado no qual o gás do oxidante que é utilizado para propulsionar as bombas do motor é então direccionado para a câmara de combustão onde é queimado com restante propolente em vez de ser descartado. Esta melhoria no motor aumenta o desempenho do sistema e, como consequência, aumenta a capacidade de carga do lançador em 950 kg. Um propolente especial de ignição é utilizado para activar a combustão do motor e são utilizados dispositivos pirotécnicos para controlar o funcionamento do motor. Cada uma das quatro câmaras de combustão pode ser movimentada ao longo de eixos para manobrar o veículo.

Lançamento Data de Lançamento

Hora (UTC)

Lançador Local de Lançamento Carga
2012-063 14/Nov/12

11:42:46,291

77046267/1034 GIK-1 Plesetsk

LC43/3

Meridian-6
2013-005 06/Fev/13

16:04:24,128

I15000-011/1029 Baikonur

LC31 PU-6

Globalstar-M078
Globalstar-M093
Globalstar-M094
Globalstar-M095
Globalstar-M096
Globalstar-M097
2014-069 30/Out/14

01:42:52,121

76058174/1026 GIK-1 Plesetsk

LC43/4

Meridian-7
2017-042 14/Jul/17

06:36:49,399

Т15000-018/122-02 Baikonur

LC-31 Pu-6

Kanopus-V-IK n.º 2
Flying Laptop
WNISAT-1R
TechnoSat
NORSAT-1
NORSAT-2
CICERO-1
CICERO-2
CICERO-3
Corvus-BC 1
Corvus-BC 2
Perseus-O 1
Perseus-O 2
Perseus-O 3
Perseus-O 4
MKA-N 1
MKA-N 2
Flock-2k (1)
Flock-2k (2)
Flock-2k (3)
Flock-2k (4)
Flock-2k (5)
Flock-2k (6)
Flock-2k (7)
Flock-2k (8)
Flock-2k (9)
Flock-2k (10)
Flock-2k (11)
Flock-2k (12)
Flock-2k (13)
Flock-2k (14)
Flock-2k (15)
Flock-2k (16)
Flock-2k (17)
Flock-2k (18)
Flock-2k (19)
Flock-2k (20)
Flock-2k (21)
Flock-2k (22)
Flock-2k (23)
Flock-2k (24)
Flock-2k (25)
Flock-2k (26)
Flock-2k (27)
Flock-2k (28)
Flock-2k (29)
Flock-2k (30)
Flock-2k (31)
Flock-2k (32)
Flock-2k (33)
Flock-2k (34)
Flock-2k (35)
Flock-2k (36)
Flock-2k (37)
Flock-2k (38)
Flock-2k (39)
Flock-2k (40)
Flock-2k (41)
Flock-2k (42)
Flock-2k (43)
Flock-2k (44)
Flock-2k (45)
Flock-2k (46)
Flock-2k (47)
Flock-2k (48)
Lemur-2 (42) (Lemur-2 Greenberg)
Lemur-2 (43) (Lemur-2 ArtFischer)
Lemur-2 (44) (Lemur-2 Monson)
Lemur-2 (45) (Lemur-2 Furiaus)
Lemur-2 (46) (Lemur-2 Zachary)
Lemur-2 (47) (Lemur-2 AndiS)
Lemur-2 (48) (Lemur-2 PeterG)
Lemur-2 (49) (Lemur-2 Dembitz)
NanoACE
Mayak
Iskra-MAI-85
Ecuador UTE-YuZGU
2018-014 01/Fev/18

02:07:182130

N15000-002/122-03 Vostochniy

LC-1S

Kanopus-V n.º 3
Kanopus-V n.º 4
S-Net-1 (Tubsat-13)
S-Net-2 (Tubsat-14)
S-Net-3 (Tubsat-15)
S-Net-4 (Tubsat-16)
Lemur-2 (74) ‘Kadi’
Lemur-2 (75) ‘TheNickMolo’
Lemur-2 (76) ‘Jin-Luen’
Lemur-2 (77) ‘UramChamsol’
D-Star ONE v.1.1 Phoenix
2018-111 27/Dez/18

02:07:18,231

Ya15000-003/122-06 Vostochniy

LC-1S

Kanopus-V n.º 5
Kanopus-V n.º 6
GRUS
Flock-k (1)
Flock-k (2)
Flock-k (3)
Flock-k (4)
Flock-k (5)
Flock-k (6)
Flock-k (7)
Flock-k (8)
Flock-k (9)
Flock-k (10)
Flock-k (11)
Flock-k (12)
Lemur-2 (88) ‘Remy-Colton’
Lemur-2 (89) ‘Gustavo’
Lemur-2 (90) ‘ChristinaHolt’
Lemur-2 (91) ‘Zo’
Lemur-2 (92) ‘Tinykev’
Lemur-2 (93) ‘SarahBettyBoo’
Lemur-2 (94) ‘NatalieMurray’
Lemur-2 (95) ‘Daisy-Harper’
UWE-4
ZACUBE 2 (ZA 004)
LUME-1
D-Star ONE iSat
D-Star ONE (Sparrow)
2019-046 30/Jul/19

05:55:36,191

78021117/1036 GIK-1 Plesetsk

LC43/3

Meridian-8
2020-015 20/Fev/20

08:24:54,291

78021118/111-303 GIK-1 Plesetsk

LC43/3

Meridian-9
2021-022 22/Mar/21

06:07:12,770

V15000-044/122-05 Baikonur

LC31 PU-6

CAS500-1
DMSat-1
ELSA-d (Chaser)
ELSA-d (Target)
GRUS-1B
GRUS-1C
GRUS-1D (FSTRA Fukui Prefectural Satellite)
GRUS-1E
UniSat-7
BCCSAT-1
DIY-1 (Arduiqube)
FEES
SMOG-1
STECCO
WormSail
ChallengeOne
WildTrackCube-SIMBA (IKUNS 3)
LacunaSat-2b
Hiber-3 CubeSX-Sirius-HSE (SiriusSat 3U, Sirius-DZZ)
CubeSX-HSE (MIEM 3U, NRU HSE-DZZ)
Orbicraft-Zorky
Najm-1
SAMSOM-1
SAMSOM-2
SAMSOM-3
Kepler-6
Kepler-7
KSU-Cubesat
BeeSat-5
BeeSat-6
BeeSat-7
BeeSat-8
GRBAlpha (CAMELOT Demo)
NanoSatC-Br 2 KMSL
Pumbaa
Timon
2022-011 05/Fev/2

07:00

78072195/111-401 GIK-1 Plesetsk

LC43/4

Cosmos 2553 (?) (Neitron n.º 1)

Em 1996 tiveram início os testes do motor RD-0124 e foram finalizados em Fevereiro de 2004 nas instalações da Khimavtomatika em Voronezh. Nesta altura previa-se que a produção em série do novo motor teria início em 2005. A 27 de Dezembro de 2005 teve lugar outro teste do motor, abrindo caminho para os ensaios em grupo de todo o terceiro estágio do lançador 14A14-B Soyuz-2.1b nas instalações da NIIKhimMash em Sergiev Posad.

No início de 2005 a Arianespace anunciava que a primeira missão de teste do foguetão 14A14-1B Soyuz-2.1b teria lugar desde o Cosmódromo GIK-5 Baikonur para colocar em órbita o satélite astronómico CoRoT. Este lançamento dependeria dos resultados de novos ensaios do motor RD-0124 que tiveram lugar em Março e Abril de 2006. Um último teste teve lugar a 20 de Outubro de 2006 e o satélite CoRoT acabaria por ser lançado a 21 de Dezembro desse ano.

Dados estatísticos e próximos lançamentos

– Lançamento orbital: 6176

– Lançamento orbital Rússia: 3295 (53,35%)

– Lançamento orbital desde GIK-1 Plesetsk: 1645 (26,63% – 49,92%)

Os próximos lançamentos orbitais previstos são (hora UTC):

6177 – 07 Fev (1800:??) – Cabo Canaveral SFS, SLC-46 – Rocket 3.3 (LV0008) – VCLS (VADR) Demo 2A/ELaNa 41: BAMA-1, INCA, QubeSat, R5-S1

6178 – 1o Fev (1809:37) – CSG Kourou (Sinnamary), ELS – 372RN21B Soyuz-ST-B/Fregat-MT (x/133-19 VS27) – OneWeb-L14 (x36)

6179 – 14 Fev (0055:??) – Onenui (Máhia), LC-1A – Electron/Curie (F24 “Without Mission A Beat”) – BlackSky-16 Gen-2, BlackSky-17 Gen-2

6180 – 14 Fev (????:??) – Satish Dawan SHAR, FLP – PSLV-XL (PSLV-C52) – EOS-04 (RISAT-1A)

6181 – 14 Fev (????:??) – Vandenberg SFB, SLC-4E – Falcon-9 – Starlink 4-11 (x51) F?? [v1.5 L??]