A Rocket Lab USA Inc. realizou o lançamento de um satélite não identificado a 5 de Novembro de 2024.
O lançamento teve lugar às 1054UTC foi realizado pelo foguetão Electron/Curie (F54) a partir da Plataforma de Lançamento LC-1B do Centro de Lançamentos de Máhia, Onenui, Nova Zelândia.
Esta foi a missão ‘Changes in Latitudes, Changes in Attitudes’.
A Rocket Lab referiu que esta missão foi a mais rápida até à data, sendo lançada dez semanas após a assinatura do contrato com o cliente desconhecido. Suspeita-se que a missão tenha sido contratada pela E-Space, que recebeu autorização para o lançamento da Nova Zelândia no final de Setembro. Esta empresa foi fundada por Greg Wyler, que fundou anteriormente a 03b e a OneWeb, e está atualmente a concentrar-se no desenvolvimento de Constelações como Serviço (CaaS).
Não foi fornecida qualquer informação sobre as diferentes fases do lançamento.
O foguetão Electron
O Electron é um lançador a três estágios com um comprimento de 18 metros e um diâmetro de 1,2 metros. Tem uma massa de 13.000 kg no lançamento e é capaz de colocar em órbita terrestre baixa uma carga de 225 kg, sendo a sua carga nominal de 200 kg (a 500 km de altitude). Devido ao seu desenho e fabrico (fibra de carbono compósito e estrutura monocoque), o Electron é elaborado com altos níveis de automatização.
O lançador tira partido de materiais compósitos na sua fuselagem, tendo uma estrutura forte e super leve. Da mesma forma, os tanques de propelente são fabricados em materiais compósitos.
O primeiro estágio está equipado com nove motores Rutherford com uma capacidade de 162 kN, com um impulso específico de 311 s. O motor Rutherford consome querosene e oxigénio líquido, utilizando componentes impressos em 3D.
O motor Rutherford é um motor topo de gama que se alimenta de querosene e oxigénio líquido, sendo especificamente projectado para o foguetão Electron utilizando um ciclo de propulsão inteiramente novo. Uma característica única deste motor são as turbinas eléctricas de alto desempenho que reduzem a sua massa, substituindo assim ‘hardware’ por ‘software’. O motor Rutherford é o primeiro motor do seu tipo que utiliza impressão 3D nos seus componentes principais. Estas características são únicas no mundo para um motor de propelentes líquidos de alto desempenho alimentados por turbobombas eléctricas. O seu desenho orientado para a produção permitem que o Electron seja construído e os satélites lançados com uma frequência sem precedentes.
O segundo estágio do lançador é propulsionado por um motor derivado do motor Rutherford melhorado para um excelente desempenho em condições de vácuo. Consegue desenvolver 22 kN de força e um impulso específico de 343 s.
A sua carenagem tem um comprimento de 2,5 metros com um sistema de separação pneumático e por molas.
Lançamento | Missão | Veículo Lançador | Data de Lançamento | Hora
(UTC) |
Carga |
2024-047 | F45 | Owl Night Long | 12 / Mar / 24 | 15:03 | StriX-3 |
2024-053 | F46 | Live and Let Fly | 21/ Mar /24 | 07:25 | USA-352
AeroCube-16A AeroCube-16B MOLA |
2024-077 | F47 | Beginning Of The Swarm | 23 / Abr / 24 | 22:32 | NeonSat-1
ACS3 |
2024-099 | F48 | Ready, Aim, PREFIRE | 25 / Mai / 24 | 07:41 | PREFIRE-1 |
2024-108 | F49 | PREFIRE And Ice | 05 / Jun / 24 | 03:15 | PREFIRE-2 |
2024-114 | F50 | No Time Toulouse | 10 / Jun / 24 | 18:13 | Kinéis-1
Kinéis-2 Kinéis-3 Kinéis-4 Kinéis-5 |
2024-137 | F51 | Owl For One, One For Owl | 02 / Ago / 24 | 16:39 | StriX-4 |
2024-142 | F52 | A Sky Full Of SARs | 11 / Ago / 24 | 13:18 | Acadia-3 |
2024-172 | F53 | Killed The RadIoT Star | 20 / Set / 24 | 13:50 | Kinéis-6
Kinéis-7 Kinéis-8 Kinéis-9 Kinéis-10 |
2024-201 | F54 | Changes in Latitudes, Changes in Attitudes | 05 / Nov / 24 | 10:54 | E-Space Sat |
O Complexo de Lançamento LC-1 localizado na Península de Máhia, entre Napier e Gisborne, na costa Este de Ilha do Norte da Nova Zelândia. Este é o primeiro complexo orbital na Nova Zelândia e o primeiro complexo, a nível mundial, operado de forma privada.
Equipado com duas plataformas de lançamento, a localização remota do LC-1, e de forma particular o seu baixo volume de tráfego marítimo e aéreo, é um factor-chave que permite um acesso sem precedentes ao espaço. A posição geográfica deste local permite que seja possível a uma grande gama de azimutes de lançamento – os satélites lançados desde Máhia podem ser colocados em órbitas com uma grande variedade de inclinações para assim proporcionar serviços em muitas áreas em torno do globo.
Imagens: RocketLab