Qual o estado do Philae?

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Temos vindo a dar conta do estado do módulo Philae após a sua aventurosa descida na superfície do cometa 67P / Churyumv-Gerasimenko e que o Philae enviou a primeira fotografia desde a superfície.

Sabemos agora um pouco mais sobre o estado do Philae que acabou por descer a 1 km de distância do local inicial de descida. O salto que o módulo deu após o primeiro impacto na superfície do cometa, foi de cerca de 1.000 metros e que teve uma duração de cerca de 1 hora e 50 minutos, tendo deixado a superfície a uma velocidade de 0,38 m/s. Neste primeiro salto o Philae viajou horizontalmente cerca de 1 km. O segundo salto teve uma duração de 7 minutos.

Existem vários instrumentos que ainda não foram activados, entre os quais o MUPUS e o APXS (que juntamente com o equipamento de perfuração não enviam dados), e foi de facto confirmado o facto de que os arpões não foram accionados na descida.

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O quadrado vermelho indica o ponto inicial de descida, enquanto que o quadrado azul indica a área de descida final no interior de uma cratera.

No local de descida o Philae somente dispõe de 90 minutos de iluminação solar directa por dia, sendo o período de rotação do cometa de 12 horas. Isto deve-se à actual localização do veículo e devido à posição dos seus painéis solares. O Philae acabou por ficar localizado numa pequena depressão na superfície, o que reduz de forma severa a quantidade de luz solar disponível. As baterias do módulo não se encontram a carregar devido a esta situação, o que faz com que restem 50 horas a 55 horas de energia disponível nas baterias. Esta quantidade de energia é suficiente para completar a sequência cientifica planeada para os seus instrumentos.

De qualquer das formas, a posição exacta do Philae relativa à superfície não está completamente compreendida por parte dos controladores e o módulo encontra-se inclinado em relação à horizontal do lugar em pelo menos 30º.

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As três imagens indicam a posição relativa do ponto inicial de descida.

Imagens: ESA