Com a aproximação da data de lançamento do primeiro satélite do programa de monitorização ambiental Copernicus, Portugal avalia a melhor forma de explorar a informação crítica desta iniciativa.
Para estimular o uso de dados de satélite no âmbito da administração pública portuguesa, foi criado o Grupo de Trabalho para a Observação da Terra (GTOT). O principal objectivo do grupo é potenciar o aproveitamento da informação do Copernicus, incluindo dados dos próximos satélites Sentinel.
O primeiro Sentinel, com lançamento marcado para esta primavera, será usado para preservar vários aspectos do nosso ambiente, da detecção e rastreamento de derrames de petróleo, mapeamento da espessura dos gelos marinhos e monitorização do movimento nas superfícies de terra e mapeamento das alterações na forma como a terra é usada. Também terá um papel crucial no fornecimento de informação imediata para ajudar na resposta a desastres naturais, ajudando na ajuda humanitária.
Os satélites da constelação Sentinel que se seguirão irão cobrir uma série de aplicações, incluindo a agricultura e a gestão das florestas, a detecção de incêndios, segurança marítima, monitorização atmosférica, entre outros.
Para ajudar o País a preparar-se para o Copernicus e a explorar da melhor forma a informação fornecida pelos Sentinels, o GTOT está a avaliar a capacidade de usar e processar imagens de satélites na administração pública portuguesa.
Também será feito um inventário dos regulamentos portugueses e europeus na área da monitorização ambiental, protecção e segurança civil, que podem beneficiar dos dados do Copernicus.
Também serão analisadas as forces, fraquezas, oportunidades e ameaças relacionadas com o uso de dados de observação da Terra no âmbito dos institutos públicos.
Seguindo-se a estas tarefas preparatórias, será preparado o primeiro esboço do Plano de Acção de promoção do uso dos dados de observação da Terra.
O GTOT envolve sete ministérios diferentes e é coordenado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. A validação do trabalho será feita pelas secretarias dos ministérios envolvidos.
Notícia e imagem: ESA