Em 1970 o Japão tornava-se na quarta nação a colocar um satélite artificial em órbita utilizando os seus próprios meios.
O lançamento deste pequeno satélite teve lugar às 0425UTC do dia 11 de Fevereiro, a partir do Complexo de Lançamento L do Centro de Lançamentos Espaciais de Kagoshima. O satélite foi colocado em órbita pelo foguetão Lambda-4S (L-4S-5).
O Ohsumi (おおすみ) foi desenvolvido e operado pelo então Instituto do Espaço e de Ciências Aeronáuticas, Universidade de Tóquio. No total transportava cinco experiências (contador da densidade de electrões, sonda para a determinação da temperatura dos electrões, contador de partículas energéticas, determinação do ruído solar, sonda Langmuir esférica) para realizar observações ionosféricas da temperatura e densidade, medições da emissão solar, e medições de partículas energéticas.
O satélite tinha uma forma prismática poligonal com 26 lados, tendo um comprimento de 75 cm, diâmetro de 48 cm e uma massa de 24 kg. As suas baterias recebiam energia a partir de 5.184 células solares colocadas no corpo do satélite, tendo um consumo médio de energia de 10,3W.
Este foi também um lançamento único, pois tratou-se de um dos poucos casos no qual um satélite era desenvolvido com sucesso para aplicações não militares, sendo uma investigação académica realizada por um instituto universitário.
O Ohsumi reentraria na atmosfera terrestre a 2 de Agosto de 2003.
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Bibiografia:
- Ohsumi, Japan’s First Satellite, consultado a 22 de Janeiro de 2022, em https://www.u-tokyo.ac.jp/en/whyutokyo/hongo_hi_009.html
- NSSDCA/COSPAR ID: 1970-011A, consultado a 22 de Janeiro de 2022, em https://nssdc.gsfc.nasa.gov/nmc/spacecraft/display.action?id=1970-011A