Decorrem hoje 33 anos sobre o acidente que levou à destruição do vaivém espacial OV-099 Challenger nos céus da Florida.
Apesar de na generalidade se dizer que o Challenger foi destruído numa explosão, o vaivém espacial não explodiu e é essa é uma concepção errada que ficou do acidente.
O vaivém espacial Challenger foi destruído aos 73 segundos de voo pelas forças aerodinâmicas resultantes da expansão dos gases originados pela falha estrutural do tanque exterior de combustível líquido.
Uma concepção errada que ficou do acidente foi a de que o vaivém teria explodido, o que não é verdade. Da mesma forma não é verdade dizer que os sete astronautas morreram a quando da destruição do tanque. Na realidade a expansão dos gases que levou à destruição do Challenger em milhares de destroços, terá resultado na perda de pressurização da cabina onde se encontrava a tripulação que possivelmente terá ficado inconsciente. No entanto é sabido que alguns sistemas de suporte de vida foram activados o que leva a supor que alguns tripulantes teriam estado conscientes logo após a destruição do tanque ou na queda para o Oceano Atlântico.
O acidente ocorre a uma altitude de 14 km e a cabine da tripulação atinge os 19,8 km de altitude antes de iniciar a queda para o mar que dura 2 minutos e 45 segundos. Todas as investigações indicam que a tripulação se encontra viva na altura em que se dá o impacto nas águas do Atlântico a uma velocidade de 3.222 km/h. Com a despressurização os sete astronautas teriam dificuldade em respirar e segundo o relatório da Comissão Rogers que investigou o acidente, a tripulação “…possivelmente, mas sem haver uma certeza, terá perdido a consciência“. O impacto nas águas do mar resulta numa desaceleração de 200 g, esmagando a estrutura da cabina e destruindo tudo no seu interior. A cabina do Challenger pode ter sido suficientemente forte para não sofrer qualquer despressurização. No entanto caso a tripulação tenha perdido a consciência não se sabe se os astronautas poderiam ter readquirido a consciência à medida que a atmosfera se tornava mais espessa durante os últimos segundos da queda.
Imagens: NASA