A Space Exploration Technologies Corp. (SpaceX) realizou mais uma missão partilhada colocando em órbita múltiplos satélites.
O lançamento da missão Transporter-10 teve lugar às 2205:00UTC a partir do Complexo de Lançamento SLC-4E da Base das Forças Espaciais de Vandenberg, Califórnia, e foi realizado pelo foguetão Falcon 9-306 (B1081.5) cujo primeiro estágio foi recuperado na zona de aterragem LZ-4, em Vandenberg.
Esta é a décima a missão partilhada transportando uma grande variedade de satélites que permitem o lançamento de pequenas cargas a preços mais baixos do que são usualmente praticados no mercado internacional do lançamento de satélites, acomodando dezenas de pequenos satélites que podem ser colocados em diferentes órbitas. As cargas lançadas incluem CubeSats, microsats, picosats, e veículos de transferência orbital que transportam cargas que serão separadas mais tarde.
As cargas desta missão são separadas em duas órbitas, com o primeiro conjunto a ficar colocado numa órbita com um perigeu a cerca de 510km e apogeu a cerca de 520km e numa órbita com um perigeu a cerca de 585 km e apogeu a 600 km.
A carga da missão Transporter-10
Por diversas razões, o manifesto de carga a bordo destas missões não é divulgado, tomando-se conhecimento das cargas apenas quando a SpaceX divulga o denominado press-kit ‘on-line’ da missão. Mesmo assim, muitas vezes estes surge com erros ou omissões.
Assim, a seguinte lista de cargas pode ser alterada mesmo após o lançamento à medida que os respectivos clientes emitem informações ou declarações sobre o lançamento do(s) seus(s) respectivo(s) satélite(s) ou carga(s). A lista de satélites será actualizada à medida que as cargas forem sendo divulgadas.
Na missão Transporter-10 podemos dividir as cargas dependendo das empresas que foram contratadas para as transportar nos seus veículos de transporte orbital ou que contrataram com a SpaceX para um lugar neste lançamento. Nestas empresas incluem-se a Exolaunch, a Space Machines, e a SEOPS.
A empresa Exolaunch GmbH é um fornecedor alemão de serviços de lançamentos espaciais, gestão de missão, e de sistemas de transporte, baseada em Berlin, Alemanha. O foco principal da empresa é a colocação em órbita de pequenos satélites, variando de CubeSats a micro-satélites.
Na missão Transporter-10 os seguintes satélites são transportados por contrato com a Exolaunch: AEROS/MH-1, Fifi, Loulou, Riri, Rose, BRO-12 e BRO-13, ContecSat-1 (Oreum), HORACIO, Hubble-1 e Hubble-2, Lemur-2 (x2), ICEYE X-36 a ICEYE X-38, IOD-6 Hammer, IRIS-F1, MuSat-2, ÑuSat-44, OrbAstro TR2, ONDOSAT-OWL 1 e ONDOSAT-OWL 2, SONATE-2 e Veery-0E.
MH-1 (Manuel Heitor-1)
O MH-1 é um pequeno satélite português com uma massa de 4,5 kg, baseado no formato de forma CubeSat-3U da Open Cosmos aprovado em 2020, e que serve como precursor para uma futura constelação de pequenos satélite de detecção remota oceânica. Esta missão irá aplicar técnicas de espectroscopia para medir e monitorizar a saúde dos oceanos enquanto utiliza um software definido por rádio para ligar a conectividade entre veículos espaciais, UAV, e a vida marinha biologicamente ligada (tubarões e raias). Os objectivos da constelação AEROS apoiam os esforços de investigação multinacional de “interacções atlânticas” e estão alinhados com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, com esperança de proporcionar à sociedade um valor cientifico e económico tangível através dos produtos de dados AEROS.
Sendo gerido a partir de Portugal, o objetivo do satélite MH-1 é desenvolver tecnologias e competências portuguesas para monitorizar e valorizar o oceano, combinando know how nacional e internacional para construir uma constelação de nano satélites. Neste programa participam a EDISOFT – Empresa de Serviços e desenvolvimento de Software SA, o CEiiA – Centro de Engenharia de Desenvolvimento (Associação), DSTELECOM – Dstelecom, S.A, UMinho – Universidade do Minho, SPINWORKS – Spin.Works, S.A, FCUP – Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, UAlgarve – Universidade do Algarve, o IST – Instituto Superior Técnico, e a + ATLANTICO – Associação para um laboratório colaborativo do Atlântico.
O satélite tem uma massa de 4,5 kg, e as suas dimensões são 30 x 30 x 50 cm. Está equipado com um sistema de observação multiespectral (Hyperspectral Imager HSI) miniaturizado e de alta resolução, uma câmara RGB de 5 MP e um rádio definido por software (SDR). Os dados gerados pelo sensor serão processados e agregados para os utilizadores finais num novo Centro de Análise de Dados (DAC) baseado na web. O HSI possui 150 bandas espectralmente contíguas cobrindo o visível ao infravermelho próximo com largura de banda de 10 nm. O HSI recolhe dados sobre a cor dos oceanos para apoiar estudos de características oceanográficas conhecidas por influenciarem a distribuição espaço-temporal e o comportamento de movimento dos organismos marinhos. O uso de um SDR expande o alcance operacional e de comunicação do AEROS e permite a reconfiguração remota. O SDR recebe, demodula e retransmite mensagens de curta duração, de fontes que incluem organismos marinhos marcados, veículos autónomos, flutuadores subterrâneos e boias. O futuro DAC irá recolher, armazenar, processar e analisar os dados adquiridos, tirando partido da sua capacidade de disseminar dados entre as partes interessadas e a rede científica. A correlação entre a localização da plataforma Argos transmitida por animais e os dados oceanográficos, irá promover a gestão das pescas, a gestão baseada nos ecossistemas, a monitorização de áreas marinhas protegidas e a investigação bioceanográfica face a um ambiente em rápida mudança. Por exemplo, a correlação de dados oceanográficos recolhidos pelo HSI, geolocalizados com imagens suplementares da câmara RGB e localizações de peixes, fornecerá aos investigadores estimativas quase em tempo real de variáveis oceanográficas essenciais em áreas seleccionadas por espécies de interesse.
A designação MH-1 “Manuel Heitor-1” surge como uma homenagem ao ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor devido ao seu apoio e impulso dado neste campo.
Fifi, Riri e Loulou
Os satélites Fifi, Riri e Loulou, com uma massa de 120 kg cada, são satélites SIGINT de aplicação civil desenvolvidos e construídos pela belga Aerospacelab, tendo por base a plataforma VSP (Versatile Satellite Platform) cujo objectivo é fornecer de forma ‘standard’ blocos de fabrico de satélites capazes de acomodar uma variedade de missões, tanto privadas como públicas, e que foi anteriormente testada no satélite Grégoire. Os satélites SIGINT (SIgnal INTeligence) desenvolvem atividades de recolha de informações ou de inteligência através da interceptação de sinais de comunicação entre pessoas, ou máquinas. Cada um dos satélites tem um tempo de vida útil de cinco anos.
Rose
Desenvolvido pela Aerospacelab, o satélite Rose tem uma massa de 120 kg e é baseado na plataforma VSP. O satélite irá realizar uma missão de demonstração de observação da Terra em muito alta resolução, permitindo a elaboração de mapas avançados, monitorização ambiental e resposta a situações de desastre.
BRO-10 e BRO-11
Os satélites BRO (Breizh Reconnaissance Orbiter) foram desenvolvidos pela UnseenLabs (carga) e pela GOMSpace (modelo) e são baseados no modelo CubeSat-6U. Os satélites têm uma massa de 6 kg.
Os satélites serão utilizados para a monitorização espectral e serviços de inteligência electromagnética para vigilância marítima e tráfego aéreo.
O primeiro satélite da série, BRO-1, foi colocado em órbita a 19 de Agosto de 2019 por um foguetão Electron, seguindo-se os satélites BRO-2 e BRO-3 lançados a 20 de Novembro de 2020, também por um foguetão Electron, o BRO-4, a 17 de Agosto de 2021, lançado por um foguetão Vega, e o BRO-5 lançado a 13 de Janeiro de 2022 por um foguetão Falcon-9 na missão Transporter-3.
ContecSat-1 (Oreum)
Também designado “Oreum”, o ContecSat-1 é um CubeSat-16U desenvolvido pela empresa coreana Contec. O satélite está equipado com um sensor multiespectral RGB, VNIR e infravermelho, sendo capaz de produzir imagens com uma resolução espacial de 1,5 metros e uma largura de varrimento de 14 km.
HORACIO
Desenvolvido pela empresa espanhola Satlantis Microsats, o CubeSat-16U HORACIO é um satélite de observação da Terra. A bordo transporta o sistema de observação de alta resolução iSIM-90 da Satlantis que possui uma cobertura simultânea no espectro visível e infravermelho (VNIR and SWIR). As imagens produzidas pelo satélite terão uma resolução de 1,8 metros e uma largura de varrimento de 14,3 km.
O satélite realizará medições de metano com alta resolução espaço-temporal e geolocalização de fontes emissoras, para serem utilizadas na monitorização de emissões.
Hubble-1 e Hubble-2
Os satélites Hubble-1 e Hubble-2 são baseados no factor de forma CubeSat-16U, sendo desenvolvidos e operados pela Spire Global para a Hubble Network. Cada satélite tem uma massa de 22 kg e deverão estar operacionais por três anos em órbita.
O objectivo da missão é o de demonstrar tecnologias para a ligação de satélites aos dispositivos BlueToot no solo. A Hubble está a construir uma rede de satélites global que cada dispositivo equipado com Bluetooth se pode ligar, mesmo sem recepção de sinal celular.
Os dois satélites estão equipados com um sistema de propulsão Morpheus MultiFEEP para operações limitadas de ajuste de órbita e para a realização de manobras para evitar colisões com outros objectos em órbita.
Os satélites Lemur-2
Os satélites Lemur-2 são baseados no modelo CubeSat-3U e têm uma massa de 4 kg.
Os satélites constituem a constelação inicial em órbita terrestre baixa construídos pela Spire, transportando duas cargas para meteorologia e seguimento do tráfego marítimo (a carga STRATOS – ocultação do sinal rádio de GPS – e a carga AIS SENSE, respectivamente). A STRATOS permite a detecção do sinal GPS que é afectado quando passa através da atmosfera terrestre. Posteriormente, e utilizando um processo designado ‘ocultação do sinal GPS’, o satélite mede a alteração do sinal GPS para calcular os perfis precisos para a temperatura, pressão e humidade na Terra.
A partir do 78.º Lemur-2, estes satélites transportam também a carga AirSafe ASD-B para seguimento de aviões.
ICEYE X-36 a ICEYE X-38
Os satélites ICEYE X fazem parte de uma constelação de microssatélites equipados com radar SAR (Synthetic Aperture Radar), desenvolvidos pela empresa finlandesa de startups ICEYE. Os satélites foram projetados para fornecer imagens de SAR em tempo quase real. Os satélites são veículos operacionais baseados no desenho do ICEYE X2.
A empresa está a trabalhar para lançar e operar uma constelação de micro satélites que possuem a sua própria tecnologia de sensor de SAR compacta e eficiente. O instrumento de radar de imagem ICEYE pode fazer imagens através das nuvens, mau tempo e escuridão.
Nesta missão foram lançados os satélites ICEYE-X36, ICEYE-X37 e ICEYE-X38.
IOD-6 Hammer
O satélite IOD-6 Hammer (IOD6, Atlantic Constellation UK Pathfinder), é um CubeSat-6U desenvolvido pela Open Cosmos. Em parceria com a Satellite Applications Catapult, o satélite terá como objectivo a monitorização das áreas costeiras atlânticas e as suas áreas marítimas.
A denominada “Atlantic Constellation” é um projecto global de bandeira para o desenvolvimento de uma constelação de pequenos satélites para a monitorização dos oceanos, da Terra e do clima. O Reino Unido espera juntar-se a Portugal e Espanha na contribuição para esta rede inovadora de partilha de dados.
O satélite inicial foi construído pela Open Cosmos na sua sede em Harwell Space Campus, Oxfordshire, utilizando o mesmo design de três dos satélites de Portugal. Os quatro satélites serão lançados no mesmo plano orbital, constituindo o primeiro lote da constelação. O satélite do Reino Unido aumentará a frequência do tempo de revisita em 33% no início da formação da Constelação, oferecendo dados valiosos e regularmente atualizados e apoiando serviços críticos como a deteção, monitorização e mitigação de desastres naturais.
IRIS-F1
O IRIS-F1 vai realizar uma missão de verificação orbital com um sistema AIS. O satélite foi desenvolvido em parceria com a Universidade Nacional Cheng Kung de Taiwan.
MuSat-2
Desenvolvido pela Muon Space, o satélite MuSat-2 tenm uma massa de 70 kg e é um satélite de demonstração tecnológica cujo objectivo principal da sua missão é o de demonstrar e validar o desempenho em órbita de sensores hiperespectrais e de microondas da empresa.
A Muon Space pretende demonstrar a tecnologia desenvolvida para a sua constelação de satélites de monitorização climática.
Os satélites MuSat-2 e MuSat-3 são veículos semelhantes, aparte do seu conjunto de sensores, e irão operar de forma independente em órbitas circulares sincronizadas com o Sol.
ÑuSat-44 (a constelação Aleph-1)
O satélite argentino ÑuSat-44 colocados em órbita na missão Transporter-10, fazem parte da constelação de Aleph-1 que está a ser desenvolvida e operada pela Satellogic S.A..
Os satélites dseta constelação são quase idênticos entre si e têm uma massa de 38,5 kg, com dimensões de 510 x 570 x 820 mm. O objectivo principal da missão é fornecer comercialmente imagens de observação da Terra ao público em geral nas partes visível e infravermelha do espectro.
A constelação Aleph-1 oferece acesso exclusivo aos produtos de que as empresas precisam, sem desembolso de capital e sem risco técnico, oferecendo cobertura ininterrupta, recuperação rápida de capacidade e actualizações transparentes de hardware e software por satélite.
Os satélites permitem a gestão de áreas florestais, gestão de activos e alocação de capital, permitindo o controlo sobre o uso da terra florestal e rastreando a evolução de qualquer área com frequência; impedir o roubo e a colheita ilegal ao receber alertas geográficos sobre áreas impactadas e seus tamanhos sempre que as alterações são detectadas; ajudarão a definir stocks e fluxos de carbono para relatórios do governo por meio de modelos empíricos que fornecem uma série temporal de fluxos de carbono em escala nacional; e ajudar a avaliar variáveis do suporte florestal, optimizando as operações de negócios da empresa e estimando dinamicamente variáveis do suporte florestal, como volume, rendimento, altura, área basal e DBH usando modelos de previsão.
Em termos de gestão agrícola, a constelação de Aleph-1 ajudará a gerir terras e activos agrícolas, rastreando o uso da terra, recursos e capital ao longo do tempo, enquanto gere a cadeia de suprimentos com eficiência e desbloqueia a inteligência de mercado para os negócios da empresa; evitará o roubo e a colheita ilegal por meio de alertas geográficos sobre áreas impactadas e seus tamanhos sempre que forem detectadas alterações; irá monitorizar a saúde das culturas, pragas e ervas daninhas usando as tecnologias de segmentação semântica da Satellogic, para ajudar os clientes a ver com o que eles se importam por meio de lentes de aumento que podem destacar tudo, desde o tipo e idade da cultura até a presença de pragas; racionalize a irrigação e o uso de produtos químicos e avalie as características das terras agrícolas com uma ferramenta adaptada especificamente às localizações, experiências e necessidades de expansão de uma empresa.
Nas indústrias de energia, os satélites ajudarão a reduzir custos operacionais e melhorar a eficiência com a gestão automatizada da integridade dos ductos, evitando actividades ilícitas, cumprindo as regulamentações ambientais e monitorizando a infraestrutura e os activos.
Nos campos de Finanças e Seguros, os satélites ajudarão a avaliar o impacto, monitorizar desastres naturais e determinar os principais indicadores socioeconómicos para inteligência competitiva.
Os satélites estão equipados com câmaras operando em luz visível e infravermelho, e operam em órbitas sincronizados com o Sol a uma altitude de 500 km com inclinação orbital de 97,5.º. A câmara multiespectral tem uma resolução de 1 metro e a câmara hiperespectral tem uma resolução de 30 metros.
OrbAstro TR2
O CubeSat-6U OrbAstro TR2 foi desenvolvido pela OrbAstro para um cliente não identificado.
ONDOSAT-OWL 1 e ONDOSAT-OWL 2
Os satélites ONDOSAT-OWL 1 (OWLSAT-1) e ONDOSAT-OWL 2 (OWLSAT-2) são CubeSat-0,5U são resultantes de uma colaboração entre a ONDO Space LLC e a comunidade radioamadora na Mongólia.
Os dois satélites têm o mesmo desenho e usarão a mesma frequência de rádio para comunicar. A missão principal fornece capacidade de armazenar e encaminhar mensagens para operadores amadores na banda UHF amadora (4k8, GMSK). Os operadores amadores podem utilizar esta facilidade para avaliar o seu equipamento de uplink enviando mensagens S&F para os satélites e validar um downlink bem-sucedido de mensagens enviadas do site exibindo todas as mensagens S&F após uma passagem de estação terrestre. Além desta missão, os CubeSats ONDOSAT-OWL devem transmitir mensagens curtas criptografadas através de seu beacon na faixa de frequência 435-438MHz.
Esta missão oferece à comunidade de rádio amador a oportunidade de descodificar essas mensagens usando uma chave acessível ao público fornecida no site oficial do ONDOSAT-OWL.
Os satélites terão também como missão a utilização de um sensor remoto baseado em modulação LoRa de baixa potência para demonstração de recolha remota de dados, a fim de monitorizar riscos ambientais em áreas remotas da Mongólia. Dispositivos remotos baseados em LoRa operarão em bandas não licenciadas de 433 MHz (para a Mongólia). Os dados recolhidos serão publicados no site do ONDOSAT-OWL como informação totalmente aberta.
O ONDOSAT-OWL1 e o ONDOSAT-OWL2 estão adicionalmente equipados com uma missão de imagem destinada a melhorar a sensibilização e sensibilização do público. Estas missões visam colectivamente promover a conscienciaização sobre a comunicação por rádio amador entre o público em geral em todo o mundo. Propondo um downlink UHF com beacon CW e downlink 4k8 GMSK e LoRa. A telemetria LoRa é formatada de acordo com os requisitos do TinyGS.
SONATE-2
O satélite SONATE-2 (SOlutus NAno satelliTE 2) da Bayerische Julius-Maximilians-Universität Würzburg é uma missão de demonstração de tecnologia para cargas úteis altamente autônomas e inteligência artificial utilizando o facto de forma CubeSat-6U.
Como parte da missão SONATE-2, novas tecnologias de hardware e software de inteligência artificial (IA) serão verificadas em formato miniaturizado na órbita terrestre. Ao usar essas tecnologias de IA, o satélite pode analisar o ambiente de forma independente e iniciar gravações autónomas. A aprendizagem profunda desempenha um papel especial como ferramenta versátil de processamento de imagens. Além da classificação dos alvos já conhecida no início da missão, a carga útil também deverá contar com a opção de treino a bordo para detecção de anomalias como objetos ou fenómenos até então desconhecidos.
Veery-0E
O pequeno Veery-0E ( também designado “Veery v0.3, Fledgling Veery Ectobius”) é um picossatélite desenvolvido pela Care Weather Technologies tendo por base o factor de forma CubeSat-1U. O satélite servirá como demonstrador tecnológico para a constelação de satélites dispersómetros de vento Veery.
Os tests a realizar incluem testes de stress de taxa de dados de rádio e detecção de sinal de radar proveniente da Terra.
O satélite também estará disponível para operadores de rádio amador para uso como caixa de correio, digipeater e estação de telemedição para o estudo das variações térmicas no veículo.
YAM-6
A série de microssatélites YAM (Yet Another Mission) é desenvolvida pela Loft Orbital, albergando várias cargas para diferentes clientes.
O satélite é composto por uma plataforma de satélite standard fornecida pela LeoStella e por uma secção de carga da Loft Orbital. Esta secção alberga as diferentes cargas de diferentes clientes e fornece energia, dados, interfaces mecânicos e térmicos, além de processamento de dados de bordo.
Optimus-2 OTV
O sistema de transporte de carga Optimus OTV foi desenvolvido pela Space Machines Company (SMC). É uma plataforma de transporte de carga de voo livre, tendo uma massa de 270 kg.
O Optimus OTV tem por objectivo fornecer serviços espaciais logísticos e esta missão pretende qualificar o sistema em voo, além de testar soluções para múltiplas cargas australianas e clientes.
A missão SEOPS Space irá transportar os satélites LACE-A,-B (CBAS-LCE), M3, PYXIS, Sentry/Scout-1 e Tiger-7/8.
LACE-A e LACE-B
Os satélites LACE-A (CBAS-LCE 1) e LACE-B (CBAS-LCE 2) são CubeSat-6U
O satélite M3
O CubeSat-3U M3 (Multi-Mode Mission) é uma missão de demonstração de tecnologia de micropropulsão da Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri.
A missão irá validar a operação e desempenho de um propulsor de multi-modo. Irá usar um propelente iónico operando em modo eléctrico com uma unidade de processamento de energia desenvolvida por estudantes. Como propelente irá utilizar 1-etil-3-metilimidazolium etil sulfato. A sua massa é de 3,6 kg.
Os objectivos da missão são: desenvolver uma versão de voo de um sistema de propulsão de multi-modo (tanque de propelente, sistema de alimentação, propulsor), integrar o sistema de propulsão numa plataforma CubeSat-3U, e realizar e finalizar os testes operacionais e ambientais do satélite.
A missão foi seleccionada em 2017 pela NASA para a sua iniciativa CubeSat Launch Initiative (CSLI) para ser lançado como parte do programa ELaNa (ELaNa-57).
PYXIS
O PYXIS é um microssatélite com uma massa de 145 kg desenvolvido pela empresa japonesa Axelspace como demonstração de seu serviço AxelLiner para hospedar cargas úteis de clientes nos seus satélites.
Este primeiro satélite de demonstração será utilizado para o desenvolvimento e estudo experimental em órbita de sistemas versáteis de satélite e sistemas de operação automatizados, bem como para o estabelecimento de um sistema de fabrico de satélites pela Spacecraft Manufacturing Alliance. Estes são os três pilares do AxelLiner.
Para sistemas de satélite versáteis, são construídos sistemas de barramento de satélite orientados por software que são altamente variáveis e flexíveis o suficiente para se adaptarem aos novos tempos. O sistema operacional automatizado (autónomo) será uma evolução do sistema operacional desenvolvido pela AxelGlobe para melhorar UX/UI. O sistema de fabrico de satélites será realizado com a Spacecraft Manufacturing Alliance para validar o conceito de fabricação digital em fábricas remotas e para construir um ambiente de fabricação que permita a fabricação escalonável de satélites.
Sentry (Scout-1)
O Sentry (também designado “Scout-1”) é um CubeSat-6U desenvolvido pela Quantum Space. A primeira missão da empresa incluirá um sensor e uma carga útil de computação de ponta que irá comunicar com o sistema de gestão de missão baseado em nuvem em Rockville. O satélite irá testar o software da empresa a partir da órbita terrestre baixa para estabelecer como tudo funciona antes de enviar satélites compatíveis mais acima da superfície da Terra.
A missão está prevista para durar dois anos e, embora seja projectada principalmente para demonstrar as capacidades de detecção e computação de ponta da empresa, também actuará como o primeiro nó na rede assim que mais satélites Scouts e Rangers (satélites modulares de maiores dimensões) forem colocados em órbita. A empresa espera lançar uma vez por ano num futuro próximo para começar a construir a QuantumNet, mas ainda não revelou detalhes sobre a segunda missão.
Os satélites Tiger-7 e Tiger-8
Os satélites Tiger-7 e Tiger-8 são baseados no factor de forma CubeSat-6U e levam a cabo uma missão 5G com uma carga NB-IoT para a Internet das Coisas. Foram construídos, integrados e são operados pela NanoAvionics sob contrato com a OQ Technology, uma empresa multinacional de IoT.
Esta é a mais uma missão para o fabricante de plataformas de pequeno porte e integrador de missão da Lituânia com a OQ Technology e a mais recente adição à crescente constelação de nanosatélites de órbita terrestre baixa da Tecnologia OQ. A constelação pretende fornecer serviços comerciais básicos de IoT e M2M, usando conectividade 5G, para clientes com ênfase na África, Médio Oriente, Ásia e América Latina.
GHOSt-4 e GHOSt-5
Os satélites GHOSt (Global Hyperspectral Observation Satellite) formam uma constelação de seis satélites de observação da Terra da Orbital Sidekick (OSK).
São fabricados tendo por base a plataforma Corvus-XL da Astro Digital, com a Maverick Space Systems a fornecer os serviços de integração da missão e gestão para os lançamentos com a SpaceX. A carga de observação hiperespectral é fornecida pela OSK, sendo baseada num protótipo que foi utilizado no satélite Aurora.
Os satélites GHOSt tiram partido da experiência da OSK na obtenção e análise de dados hiperespectrais com a missão HEIST na estação espacial internacional em 2019. A carga a bordo produz imagens hiperespectrais comerciais com a maior resolução no mercado com um GSD de cerca de 8 metros. Os satélites obtêm mais de 400 bandas espectrais no espectro visível até ao infravermelho de onda curta (400 nm – 2.500 nm) que são comunicados à plataforma Spectral Intelligence Global Monitoring Application (SIGMATM) da OSK.
Os satélites Pony Express 2
Os satélites Pony Express 2 – Pony Express 2A (PE2-SV1 Tyvak 0261) e Pony Express 2B (PE2-SV2 Tyvak 0262) – são uma missão de demonstração de tecnologia financiada e construída pela Tyvak, que consiste em dois CubeSat-12U idênticos projectados para demonstrar e melhorar o nível de prontidão tecnológica de várias cargas úteis e componentes de veículos. Os satélites transportam cargas úteis de RF desenvolvidas pela Lockheed Martin para recepção, crosslink e comunicação de alcance para facilitar capacidades de demonstração.
Esta missão avançará ainda mais os conceitos de rede em nuvem entre satélites, bem como validará a arquitetura de satélite definida por software SmartSat™ da Lockheed Martin, que permite hospedagem simplificada de aplicativos de missão flexíveis. Os dois satélites estão equipados com processadores de ultraescala mais rápidos e capazes que desbloqueiam a análise de dados em órbita e a inteligência artificial. Equipados com cross-link miniaturizado e tempo de precisão, a missão Pony Express 2 é pioneira em equipas autónomas no espaço e em verdadeiras redes em nuvem.
Os satélites operarão em órbitas idênticas com uma distância de separação aproximada de três a cinco quilómetros.
Os satélites PY-4
A bordo da missão Transporter-10 são lançados quatro satélites PY-4 baseados no factor de forma CubeSat-1.5U desenvolvidos pela agência espacial norte-americana NASA.
A missão PY4 é uma demonstração de tecnologia de quatro satélites de baixo custo e rápido retorno, baseada na estrutura de aviónica de código aberto PyCubed. PyCubed é uma plataforma aviónica CubeSat de código aberto e testada em radiação que integra potência, computação, comunicação e determinação de atitude e funcionalidade de controlo num único módulo de baixo custo programável inteiramente na linguagem de programação Python.
O objetivo da missão é o de demonstrar a detecção de satélite a satélite de baixo tamanho, peso, potência e custo (SWaP-C), navegação relativa em órbita e medições simultâneas coordenadas de radiação multiponto. Ao desenvolver e demonstrar estas tecnologias em pequena escala, estas podem ser implementadas para futuras missões de múltiplas naves espaciais, permitindo à NASA prosseguir os seus futuros objectivos científicos, tecnológicos e de exploração.
Os quatro satélites PY4 irão medir de forma periódica as suas distâncias relativas com uma precisão de 1 metro ou melhor, medindo o tempo de voo dos pacotes de rádio trocados entre todos veículos. Estas medições de alcance fornecem informações sobre as posições relativas dos satélites que, quando combinadas com outros dados de sensores, podem ser usadas para determinar exclusivamente a configuração do enxame. Esta determinação a bordo da topologia do enxame é alcançada através do uso de transceptores comerciais de baixo custo, aproveitados da missão anterior do programa de tecnologia de pequenas naves espaciais da NASA, V-R3x, que foi lançada a 24 de Janeiro de 2021.
EWS-RROCI 2
O satélite EWS-RROCI (Electro Optical/Infrared Weather System Rapid Revisit Optical Cloud Imager) com uma massa de 18 kg, é uma missão para demonstrar uma solução de caracterização de nuvem eletro-óptica/infravermelha (EO/IR) baseada na órbita terrestre baixa para o USSF Electro Optical/Infrared Weather System (EWS) que apoia as operações dos combatentes dos Estados Unidos.
Esta missão é uma resposta à busca do Comando de Sistemas Espaciais (SMC) da Força Espacial dos Estados Unidos (USSF) por um protótipo comercial de missão EWS capaz de caracterizar nuvens globais quase em tempo real para apoiar as operações do Departamento de Defesa. A SMC selecionou a Orion Space Solutions (OSS) (anteriormente ASTRA LLC), em colaboração com a Lockheed Martin, Science and Technology Corporation, Pumpkin, Inc., e Atmospheric & Environmental Research (AER), para a primeira fase da missão EWS para projetar, desenvolver e demonstrar o protótipo RROCI de oito canais. As imagens da OSS utilizam sistemas comerciais prontos para uso para produzir caracterização de nuvens, mitigar riscos climáticos, fornecer condições climáticas e comparar resultados de carga útil com dados de satélite existentes de um CubeSat12U que atende aos requisitos da missão USSF.
O primeiro RROCI não conseguiu sair do veículo de lançamento e reentrou no estágio superior.
Após o desaparecimento do RROCI, a Força Espacial dos EUA emitiu um contrato subsequente com a Atmospheric para construir, lançar e operar o RROCI-2.
Aries-1
Com uma massa de 200 kg, o satélite Aries-1 é uma missão de demonstração desenvolvida pela Apex com o objectivo de demonstrar a plataforma Aries.
A primeira missão, denominada “Call to Adventure”, utiliza a plataforma Aries equipada com várias cargas de diferentes clientes.
Os satélites Jackal X-1L-001 e Jackal X-1L-002
Os satélites Jackal são veículos orbitais autónomos (Autonomous Orbital Vehicle AOV) projectados pela True Anomaly para a realização de operações de proximidade e de encontro orbital simulado.
O objectivo é o de transformar táctivas de missão em apoio orbital com cargas flaxíveis e manobrabilidade avançada.
LizzieSat-1
A empresa Sidus Space projectou e está a construir uma constelação de satélites multimissão usando a sua plataforma de satélite multiuso híbrido impresso em 3D, LizzieSat (LS), para fornecer dados contínuos e quase em tempo real de observação da Terra e Internet das Coisas (IOT) para a economia espacial global. A constelação de satélites LizzieSat irá consistir em 100 satélites LS operando em diversas órbitas entre 28°-98° de inclinação e 300-650 km de altitude.
O satélite LizzieSat 2 (LS-2) terá uma carga experimental e um sensor. A primeira carga útil é uma unidade experimental de processamento de dados (“DPU”) de 0,5U (0,5 kg) desenvolvida pela Exo-Space, Inc., denominada “FeatherEdge”. O FeatherEdge é um dispositivo de análise de imagem que se destina a fornecer processamento de imagem integrado usando algoritmos de visão de máquina contidos na DPU para detectar objetos dentro de seu campo de visão. O LS-2 também irá hospedar a Unidade de Sensor HyperScape 100, fabricada pela SimeraSense. O HyperScape 100 abriga componentes electrónicos front-end baseados num sensor CMOS equipado com um filtro óptico que inclui bandas hiperespectrais pancromáticas e continuamente variáveis. O HyperScape 100 tem uma taxa de quadros de 300 fps e uma distância de amostragem de solo de 3,79 m a 400 km. O sensor é operado pela Sidus e licenciado pela NOAA.
Quark-LITE e Gluon-1
A missão constituída pelos satélites Quark-Lite (também denominado “Meson-1”) e o Gluon, é uma missão de demonstração desenvolvida pela Atomos Nuclear and Space, para demonstrar seu conceito de OTV e módulo de carga útil.
Os veículos, Quark (com uma massa de 118 kg) e Gluon (com uma massa de 73 kg), irão realizar manobras de encontro, atracação, reabastecimento e transferência orbital. Esta missão de demonstração, apelidada de “The Singing Astronomer” (em homenagem à astrónoma e cantora de ópera Caroline Herschel, a primeira mulher a receber um salário como cientista) abrirá o caminho para o Quark Orbital Transfer Vehicle (OTV) da Atomos. A Quark fornecerá serviços no espaço, como elevação de órbita, extensão da vida útil dos satélites, entrega de carga para estações espaciais e reabastecimento.
A abordagem da Atomos para a logística espacial é usar OTVs “residentes no espaço”. A missão “Singing Astronomer” verá o lançamento do Quark OTV com um satélite, o Gluon. Após a separação do veículo lançador, os dois satélites seguirão seu ritmo, com o Quark a se aproximar e encontrar autonomamente com o Gluon. Uma vez acoplado, o Quark irá reabastecer-se no Gluon, antes de iniciar novas demonstrações de separação, acoplagem, propulsão e transferência orbital. Esta demonstração segue o método que a Atomos usará para colocar em órbita grandes constelações, com múltiplas cargas úteis de clientes integradas ao palete Gluon para lançamento por forma a acelerar e simplificar sua captura pelo Quark em órbita. Esta missão testará os desenvolvimentos integrados de hardware e software da Atomos, fundamentais para transferências orbitais de alto delta-V e extensão da vida útil de satélites na Órbita Terrestre Geoestacionária (GEO).
MethaneSAT
Com uma carga desenvolvida pela Ball Aerospace e a plataforma de satélite desenvolvida pela Blue Canyon Technologies, o MethaneSAT é um satélite de observação da Terra que será operado pela MethaneSAT LLC (uma filiar do Environmental Defense Fund – EDF) com a missão de medir a poluição do metano causada pelas instalações de petróleo e gás e todo o globo tanto com uma precisão alargada como precisa.
O MethaneSAT é baseado na plataforma X-SAT Microsat e tem uma massa de 350 kg.
O satélite irá fornecer uma cobertura global e de alta resolução das emissões de metano das instalações de petróleo e gás, medindo as emissões de metano no nível da superfície de outras fontes importantes de emissões de metano causadas pelo Homem. O varrimento do satélite de mais de 200 quilómetros é grande o suficiente não apenas para quantificar fontes conhecidas, mas também para descobrir e quantificar fontes anteriormente desconhecidas.
Foi concebido para medir regiões em intervalos inferiores a sete dias, monitorizando regularmente cerca de 50 grandes regiões que representam mais de 80% da produção global de petróleo e gás. Com a sua resolução espacial moderadamente alta e precisão muito elevada, o MethaneSAT terá a capacidade de detectar fontes de emissões mais baixas, ao mesmo tempo que será capaz de atribuir a fonte dessas emissões em escalas relevantes para a infraestrutura de petróleo e gás.
Lynk Tower 05 e Lynk Tower 06
Os satélites Lynk Tower 05 e Lynk Tower 06 foram desenvolvidos pela Lynk Global Inc. (anteriormente designada UbiquiLink) e têm uma massa de 85 kg.
O Lynk Tower 06, também designado “Shannon”, é um satélite experimental de comunicações para testar comunicações com telefones celulares padrão.
A Lynk Global Inc. está a construindo uma rede de pequenos satélites para fornecer cobertura móvel acessível para dispositivos móveis não modificados, permitindo mensagens, dados, IoT e comunicações de emergência em todo o planeta. Esses satélites permitiram que a Lynk conduzisse as primeiras demonstrações mundiais de torres celulares em órbita para uma rede celular baseada no espaço. Num período muito curto, o programa de testes já demonstrou com sucesso funcionalidades críticas necessárias para mensagens via satélite para telefone, inicialmente utilizando a tecnologia GSM.
Lançamento
A embarcação de apoio Go Beyond (anteriormente designada “Go Crusader”) deixou o Porti de Long Beach às 0328UTC do dia 3 de Março.
O foguetão Falcon-9 é activado a T-10h 00m. Tanto o lançador como a sua carga são submetidos a uma série de verificações testes antes do início do abastecimento do querosene RP-1. O Director de Voo consulta os controladores a T-38m, determinando assim se tudo está pronto para o lançamento. O processo de abastecimento inicia-se a T-35m no primeiro estágio, seguindo-se o início do abastecimento do oxigénio líquido (LOX) ao mesmo tempo e no segundo estagio a T-16m.
A fase terminal da contagem decrescente inicia-se com os motores a serem condicionados termicamente para o lançamento a T-7m. A T-1m é enviado um comando para o computador de voo para iniciar as verificações pré-lançamento e o sistema de supressão sónica por água é activado na plataforma de lançamento. Por esta altura os tanques de propelente também são pressurizados. A T-45s o Director de Lançamento da SpaceX verifica se todos os parâmetros estão prontos para o lançamento. Na mesma altura, é verificado que o espaço aéreo está pronto para o voo. A sequência de ignição é iniciada a T-3s. A T=0s o foguetão abandona a plataforma.
Abandonando a plataforma de lançamento, o Falcon-9 inicia uma série de manobras para se colocar na trajectória de voo correcta. A fase MaxQ, de máxima pressão dinâmica, é atingida a T+1m 10s. É nesta altura que o lançador atinge o ponto mais elevado de ‘stress’ mecânico na sua estrutura.
O final da queima do primeiro estágio (MECO – Main Engine Cut-Off) ocorre a T+2m 20s, dando-se três segundos depois a separação entre o primeiro e o segundo estágio, com este a entrar em ignição a T+2m 31s.
A manobra de regresso à Terra por parte do primeiro estágio decorre entre T+2m 36s e T+3m 31s. A separação das duas metades da carenagem de protecção ocorre a T+3m 2s. A queima de reentrada do primeiro estágio ocorre entre T+6m 8s e T+6m 20s. Por sua vez, a queima de aterragem ocorre entre T+7m 14s e T+7m 32s, sendo recuperado com sucesso.
O final da queima do segundo estágio ocorre a T+8m 17s. Após uma fase de voo não propulsionada, o segundo estágio raliza a sua segunda queima entre T+50m 12s e T+50m 16s, com o primeiro satélite (IOD-6 Hammer) a separar-se a T+53m 44s, seguindo-se a separação do satélite MH-1 a T+53m 54s. A separação do último satélite (MethaneSAT) ocorre a T+2h 33m 1s, após o segundo estágio realizar duas novas queimas entre T+1h 44m 26 e T+1h 44m 27s, e T+2h 25m 51s e T+2h 25 52m.