O mês de Dezembro de 2019 termina com um total de 15 lançamentos orbitais, tendo sido colocados em órbita 58 satélites.
Até 31 de Dezembro, foram realizados 582 lançamentos orbitais neste mês, o que corresponde a uma média de 9,4 lançamentos e a 10,6% do total de lançamentos bem sucedidos realizados desde 4 de Outubro de 1957 (o mês de Janeiro é o mês com menos lançamentos orbitais correspondendo a 6,1% dos lançamentos e a uma média de 5,3 lançamentos por mês de Janeiro e o mês de Dezembro é o mês com mais lançamentos orbitais, correspondendo a 10,6% dos lançamentos e a uma média de 9,4 lançamentos por mês de Dezembro desde 1957).
O número de lançamentos orbitais bem sucedidos levados a cabo em 2019 (97) corresponde a 1,77% do total de lançamentos orbitais realizados desde 4 de Outubro de 1957.
Nesta altura prevê-se que 2020 possa chegar aos 201 lançamentos. Para Janeiro de 2020 estão previstos 7 lançamentos orbitais com datas já definidas.
O primeiro lançamento orbital de 2020 deverá ter lugar a 7 de Janeiro com a SpaceX a levar a cabo o que poderá ser a primeira de três missões neste mês para colocar em órbita um novo grupo de 60 satélites Starlink. Os satélites Starlink da SpaceX estão equipados com antenas Ku e Ka, e serão ser colocados em órbita pelo foguetão Falcon 9-079 a partir do Complexo de Lançamento SLC-41 do Cabo Canaveral, Florida. O lançamento está previsto para as 0219UTC.
Ainda a 7 de Janeiro, a China irá realizar o seu primeiro lançamento orbital de 2020 ao colocar em órbita uma carga não identificada, mas que poderá ser o satélite TJSW-5 Tongxin Jishu Shiyan Weixing-5. O lançamento será levado a cabo pelo foguetão CZ-3B Chang Zheng-3B/G2 (Y62) a partir do Complexo de Lançamento LC2 do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang e está previsto para as 1520UTC.
O foguetão KZ-1A Kuaizhou-1A (Y9) será lançado desde o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan a 9 de Janeiro transportando o satélite Yinhe-1. Possivelmente também designado GS-SparkSat-03, este será o primeiro satélite de uma rede de satélite de comunicações de banda larga para o fornecimento global de serviços de 5G por parte da empresa GalaxySpace.
O terceiro lançamento da China em 2020 deverá ter lugar a 15 de Janeiro com o foguetão CZ-2D Chang Zheng-2D (Y58) a ser lançado desde o Complexo de Lançamento LC9 do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan. A bordo estarão vários satélites, sendo a carga principal o satélite de detecção remota Jilin-1 Kuanfu-01. A bordo estarão também os dois satélites argentinos ÑuSat-7 (Sophie) e ÑuSat-8 (Marie), e o satélite Tianqi-4. Desenvolvidos pela Satellogic S.A., os satélites fazem parte da constelação Aleph-1 e têm como missão a obtenção de imagens da superfície terrestre.
A Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO) deverá levar a cabo o lançamento do satélite GISAT-1 a 15 de Janeiro. O GEO Imaging Satellite 1 é um satélite de observação da Terra desenvolvido pelo ISRO e é baseado na plataforma I-1K, tendo uma massa de cerca de 2.100 kg no lançamento. O satélite tem como objectivo facilitar a observação continua do sub-continente indiano e a rápida monitorização de desastres ambientais e naturais. O lançamento será levado a cabo por um foguetão GSLV Mk.2(4) a partir da Plataforma de Lançamento SLP do Centro Espacial Satish Dawan SHAR, Ilha de Sriharikota.
A primeira missão comercial da Arianespace em 2020 deverá ter lugar a 16 de Janeiro. Com lançamento previsto para as 2105:07UTC, a missão VA251 será levada a cabo por um foguetão Ariane-5ECA a partir do Complexo de Lançamento ELA3 do CSG Kourou, Guiana Francesa. A bordo estarão dois satélites de comunicações: o Eutelsat Konnect e o GSat-30.
Inicialmente denominado African Broadband Satellite, o Eutelsat Konnect é baseado na plataforma Spacebus-Neo e foi desenvolvido pela Thales Alenia Space. Está equipado com uma carga de comunicações de alta potência que irá aumentar a cobertura sobre o continente africano, nomeadamente a zona subsariana.
Desenvolvido pela ISRO e baseado na plataforma I-3K, o GSat-30 é um satélite de comunicações com uma massa de 3.450 kg que irá substituir o satélite Insat-4A.
O satélite militar japonês de observação óptica IGS Optical-7 será colocado em órbita a 27 de Janeiro, pelas 0100UTC. O satélite será lançado pelo foguetão H-2A/202 (F41) a partir da Plataforma de Lançamento LP1 do Complexo de Lançamento Yoshinubo do Centro Espacial de Tanegashima. Este é o primeiro satélite de reconhecimento óptico japonês de terceira geração. Os satélites são operados pelo Gabinete de Informações por Satélite. O novo satélite servirá tanto a defesa nacional do Japão, bem como a monitorização civil de desastres naturais. Os novos satélites são capazes de alcançar uma resolução no solo superior a 40 centímetros.
Em Janeiro poderemos ainda assistir a outros seis lançamentos orbitais, mas cujas datas ainda não estão estabelecidas.
Assim, a SpaceX deverá ainda levar a cabo dois lançamentos orbitais para colocar em órbita dois novos grupos de 60 satélites Starlink. Os lançamentos serão levados a cabo por foguetões Falcon-9 partir do Complexo de Lançamento SLC-41 do Cabo Canaveral, Florida.
A RocketLab deverá levar a cabo um ou dois lançamentos orbitais a partir do Complexo de Lançamento LC-1 em Onenui (Máhia). Um dos lançamentos poderá colocar em órbita doze satélites Swarm, enquanto que o segundo lançamento poderá colocar em órbita o satélite Faraday-1
Finalmente, a Rússia irá realizar em finais de Janeiro o lançamento do satélite 14F112M Meridian-2 nº 19L. O lançamento será levado a cabo por um foguetão 14A14-1B Soyuz-2.1b/Fregat a partir do Complexo de Lançamento LC43/3 do Cosmódromo GIK-1 Plesetsk, Arkhangelsk.