Na sua edição de 17 de Novembro de 2014, o jornal Russo Kommersant noticia que a agência espacial Russa Roscosmos está a considerar a possibilidade de construir uma nova estação espacial em 2017 utilizando elementos originalmente destinados para o segmento Russo da estação espacial internacional.
Inicialmente a nova estação iria ser constituída por um módulo central, pelo módulo laboratorial MLM e pela plataforma de voo livre OKA-T. Esta configuração inicial estaria pronta em 2019 com a possibilidade da estação ser expandida entre 2020 e 2024 utilizando um módulo de fornecimento de energia e um módulo insuflável.
Estes últimos módulos seriam primeiro testados em órbita terrestre antes de serem utilizados num programa lunar tripulado, cujos testes das tecnologias necessárias para este programa seriam um dos principais objectivos da nova estação espacial.
A estação seria colocada numa órbita com um inclinação orbital de 64,8º, permitindo assim uma melhor cobertura em termos de detecção remota do território Russo e tornando os voos tripulados a partir do Cosmódromo de Vostochniy mais seguros dados que a trajectória permitiria um maior sobrevoo sobre terra em vez do Oceano Pacífico. A maior inclinação permitiria também que os veículos de carga pudessem chegar à nova estação sendo lançados a partir do Cosmódromo GIK-1 Plesetsk.
De forma clara, a Rússia parece apostada em abandonar completamente a utilização do Cosmódromo de Baikonur para as suas missões tripuladas.
O jornal refere que apesar da construção da nova estação, a Rússia continuará a honrar os seus compromissos com a ISS até 2020 e que uma decisão sobre a permanência na estação espacial internacional será tomada por parte dos responsáveis Russos até finais deste ano.