Os recentes comentários do oligarca Elon Musk sobre a necessidade de se abandonar a estação espacial internacional e seguir os seus planos para Marte, só revelam aos mais distraídos a sua verdadeira personalidade chauvinista e egocêntrica.
Enveredando por uma campanha de mentiras e meias verdades, o oligarca norte-americano – que tenta promover um seu amigo a Director da NASA através de um favor político – segue na senda de tentar um lugar na História Espacial. De facto, já o conseguiu, como ignorante mimado do século que sugere que o dinheiro tudo compra.
Tentando obter para si o papel de grande figura no desenvolvimento da Astronáutica, fazendo-o equiparar a figuras como Obert, von Braun ou Korolev, os seus fanáticos seguidores encontram todas as justificações para aclamarem o líder, o suposto criador de um lançador espacial que veio revolucionar o acesso à órbita terrestre. De facto, Musk apenas comprou a ideia e investiu nela, tendo apenas o mérito disso mesmo. Conseguir comprar ideias que não são suas e orquestrando campanhas que o transformam num suposto visionário futurista.
Elon Musk será apenas um charlatão que com o seu pedestal oligárquico consegue-se comportar como uma criança mimada e que tudo quer. O emigrante ilegal que recentemente terminou um discurso com uma saudação Nazi, assume-se numa posição fascista de apoio à extrema-direita mundial (como foi o seu recente apoio ao partido populista de extrema-direita AfD alemão) e refere abertamente o objectivo de derrubar as democracias europeias.
Este mesmo papel assume-o no domínio espacial norte-americano ao ter como objectivo o fim dos planos da agência espacial norte-americana de regresso à Lua, o fim do desenvolvimento do SLS, agora o fim da ISS e a promoção dos seus programas espaciais.
Recentemente, e ao afirmar sem provas que os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da NASA, ficaram retidos na ISS por “razões políticas”, o oligarca despoletou uma reacção do astronauta dinamarquês Andreas Mogensen que criticou a alegação do oligarca da tecnologia de que o ex-presidente Joe Biden abandonou intencionalmente dois astronautas americanos a bordo da estação espacial internacional. Mongensen referiu, “Que mentira. E de alguém que se queixa da falta de honestidade dos grandes meios de comunicação”. Andras Mongensen voou para a ISS duas vezes, incluindo a bordo de uma cápsula Crew Dragon, da SpaceX, durante uma missão em 2023.
Supostamente, e sem qualquer prova, a SpaceX teria oferecido a possibilidade de trazer de volta os dois astronautas, mas, segundo Elon Musk, o então presidente Biden teria recusado. Musk nunca mostrou provas de essa proposta ter acontecido.
A NASA anunciou então que a dupla regressaria na nave espacial da missão Crew-9, que foi lançada em Setembro de 2024 com uma tripulação de dois em vez de quatro para os acomodar. A viagem de regresso estava inicialmente prevista para Fevereiro, mas foi depois adiada para Março devido aos atrasos da SpaceX na preparação da nave espacial para a Crew-10, cuja tripulação irá substituir a Crew-9.
Classificando o astronauta dinamarquês como “retardado”, este referiu, “Sabem tão bem como eu que o Butch e a Suni estão a regressar com a Crew-9, como tem sido o plano desde Setembro passado. Mesmo agora, não estão a enviar uma cápsula de resgate para os trazer de volta para casa. Estão a regressar na cápsula Dragon que está na ISS desde Setembro passado.”
A reacção de Elon Musk e o facto de nunca ter revelado qualquer prova de que a proposta que diz ter sido feita, alguma vez de facto o tenha sido, só vem revelar mais uma vez a sua posição neste cenário, a de um ignorante mimado que quer assumir um papel de liderança para a qual não tem perfil.