E Plutão é já ali!

Encontro com Plutão 1

Após uma longa viagem de mais de nove anos, aproxima-se o momento que muitos esperaram quase toda uma vida. A chegada a Plutão talvez venha a ser vista como um dos grandes acontecimentos de 2015, sendo sem dúvida marcante nesta segunda década do Século XXI e um marco na exploração espacial.

Se bem que outros corpos orbitas nas profundezas geladas e escuras do nosso Sistema Solar, Plutão foi sempre visto como o último posto, o patamar antes da entrada no espaço interestelar. Longe porém desta realidade, o misterioso planeta-anão perfila-se como um dos últimos grandes objectivos da exploração humana do Sistema Solar. Outros epítetos terão de ser inventados depois do encontro da New Horizons com Plutão.

Recuperada do susto que surgiu quando a longínqua sonda cessou as comunicações com a Terra no dia 4 de Julho de 2015, a NASA prepara-se para um momento único na exploração espacial quando no dia 14 de Julho a sonda fizer a sua aproximação máxima ao longínquo vizinho da Terra.

Até lá, a New Horizons irá enviar imagens e dados sobre Plutão, tal como a fotografia que ilustra esta publicação. A agência espacial Norte-americana anunciou a 8 de Julho o início oficial das operações de fly-by, isto é, as operações de aproximação máxima. Neste dia os especialistas Norte-americanos receberam esta fotografia que é a mais detalhada alguma vez obtida pelo instrumento Long Range Reconnaissance Imager (LORRI). A imagem foi obtida no dia 7 de Julho quando a sonda se encontrava a cerca de 8 milhões de quilómetros daquele corpo celeste, sendo a primeira a ser recebida desde a anomalia do dia 4.

A imagem está quase centrada na zona sobre a qual a New Horizons irá sobrevoar e observar em detalhe a 14 de Julho. Esta hemisfério de Plutão está dominado por três regiões de brilho variável. As zonas mais proeminentes são uma característica alongada e escura localizada no equador e que informalmente conhecida como “a baleia”, além de uma área em forma de coração romântico com uma largura de cerca de 2.000 km. Por cima destas características encontra-se uma região polar com um brilho intermédio.

Imagem: NASA