A China deverá realizar cerca de 100 lançamentos orbitais ao longo de 2024, estabelecendo assim um novo recorde anual para aquele país asiático.
De entre os lançamentos previstos, destaca-se o lançamento inaugural do Sítio Comercial de Lançamentos Espaciais de Hainan (Hainan Shangye Hangtian Fashe Chang – 海南商业航天发射场) e o rápido crescimento de várias constelações orbitais.
A 26 de Fevereiro ocorreu em Pequim a apresentação do “Livro Azul das Actividades Tecnológicas e Aeroespaciais da China (2023)”, sendo apresentada a situação geral relativa aos lançamentos previstos para 2024.
Foi revelado que a Corporação de Tecnologia e Ciência Aeroespacial da China planeia efetuar cerca de 70 missões de lançamento orbital envolvendo mais de 290 satélites, implementando também várias tarefas de engenharia, tais como realizar a primeira missão do lançador Chang Zheng-6C e do lançador Chang Zheng-12; continuar a actividade operacional da estação espacial Tiangong com o lançamento de dois veículos logísticos e duas missões tripuladas; promover a quarta fase do programa de exploração lunar com o lançamento do satélite de retransmissão Queqiao-2 e da sonda lunar Chang’e-6, conseguindo as primeiras amostras do Polo Sul no lado oculto da Lua; proceder ao lançamento do satélite de detecção de salinidade oceânica, do segundo satélite de monitorização electromagnética; proceder ao lançamento do satélite astronómico sino-francês, do satélite recuperável Shijian-19 e de outros satélites civis para cumprir as necessidades de aplicações de várias indústrias; e acelerar a construção de uma ‘nova geração’ de sistemas científicos e tecnológicos de detecção remota.
Em 2024 irão prosseguir os trabalhos de investigação e desenvolvimento, promovendo o programa tripulado de exploração lunar e de exploração do espaço profundo, e continuar a promover o desenvolvimento de um veículo tripulado para operar no espaço próximo da Terra, além das missões Chang’e-7, Tianwen-2, e a missão de detecção de micro ondas em órbita geoestacionárias.
Serão também realizadas múltiplas missões de lançamento comerciais, proporcionando serviços rápidos, estáveis e fiáveis a todos os tipos de clientes. Serão suprimidas as necessidades estratégicas nacionais da China, abrangendo as necessidades económicas e de desenvolvimento social, ampliando as aplicações Beidou e integração de sistemas e serviços de valores acrescidos. Dar-se-á ênfase às vantagens de integração no espaço e no solo das comunicações por satélite, navegação, e detecção remota, continuando a integrar as aplicações por satélite em campos emergentes e a apoiar áreas-chave de desenvolvimento económico.
Até ao momento, a China já realizou nove lançamentos orbitais, colocando em órbita 25 satélites a partir de Jiuquan, Xichang e Wenchang.