Lançada a 26 de Dezembro de 1974, a estação espacial Salyut-4 reentrava na atmosfera terrestre a 3 de Fevereiro de 1977 abrindo caminho para o lançamento da estação espacial Almaz OPS-3 (Almaz 103-01) a 22 de Junho de 1976, recebendo a designação Salyut-5 após atingir a órbita terrestre.
Inicialmente suspeitava-se que a nova estação espacial estaria equipada com dois portos de acoplagem. Porém, contendo uma cápsula recuperável numa das suas extremidades, a Salyut-5 era muito semelhante à Salyut-3. A Salyut-5 seria a última estação espacial militar que seria colocada em órbita pela União Soviética.
Numa fase inicial, as tripulações anunciadas pela União Soviética com destino à Salyut-5 eram compostas por Boris Valentinovich Volinov e Vitali Mikhailovich Zholobov, Vyacheslav Dmitriyevich Zudov e Valeri Iliych Rozhdestvensky, Viktor Vasiliyevich Gorbatko e Yuri Nikolayevich Glazkov, e por Anatoli Nikolayevich Berezovoi e Mikhail Ivanovich Lisun.
A Soyuz-21 (Soyuz 7K-T n.º 41) foi a primeira missão a ser lançada em direcção à nova estação espacial. Partindo do Cosmódromo de Baikonur às 12:09:45,074UTC do dia 6 de Julho de 1976, a Soyuz-21 era tripulada pelos cosmonautas Boris V. Volynov e Vitali M. Zholobov. O lançamento foi levado a cabo a partir da Plataforma de Lançamento PU-5 do Complexo de Lançamento LC1 pelo foguetão 11A511 Soyuz (F15000-34).
O lançamento decorreu sem problemas, mas depois de atingir a órbita terrestre, uma das antenas do sistema de aproximação Igla não se abriu apesar de operar sem problemas durante as primeiras órbitas. Os dois cosmonautas estabeleceram contacto visual com a estação a uma distância de 350 metros, mas quando a Soyuz-21 se encontrava a uma distância de 270 metros, a velocidade de aproximação aumentou de forma considerável para mais de 2 m/s. A tripulação solicitou de imediato pata alterar para controlo manual, porém os controladores no solo disseram para aguardarem pois a aproximação à estação estava a decorrer de forma normal. À medida que a luz indicadora de travagem se apagou, a tripulação referiu que já não se registava um aumento na velocidade, mas que entretanto estavam rapidamente a perder a estação de vista. A uma distância de 70 metros, Boris Volynov assumiu o comando da Soyuz-21, demonstrando as suas capacidades de controlo com uma acoplagem bem sucedida com a Salyut-5, 25 horas após o lançamento. Cinco horas após a acoplagem, os dois cosmonautas encontravam-se no interior da nova estação espacial para o que se esperava fosse uma permanência entre 54 a 66 dias.
A bordo da Salyut-5, os dois cosmonautas levaram a cabo uma série de experiências de índole militar e observações, além de vários estudos científicos e biológicos.
Uma situação crítica surgiu a 17 de Agosto quando de repente suou o alarme na estação espacial e todas as luzes se apagaram, além de se verificar a falha de vários sistemas. Orbitando na zona nocturna da sua órbita, os dois homens desligaram o alarme para encontrar a estação mergulhada num profundo silêncio. Entrando na zona de eclipse das comunicações com o centro de controlo, a tripulação foi deixada sem apoio para encontrar a causa do problema. Não existia qualquer indicação de perda de pressão, mas determinaram que o sistema de suporte de vida havia sido desligado e que o controlo de altitude havia sido perdido, deixando a Salyut-5 à deriva em órbita. Foram necessárias duas difíceis horas para reactivar os sistemas da Salyut-5, mas os problemas persistiram. Após a resolução desta emergência, a saúde do Engenheiro de Voo, Vitali Zholobov, começou a deteriorar-se de forma significativa, tornando-se pior a cada dia que passava. O problema não se resolvia com medicação e na altura os media referiam que o cosmonauta estava a sofrer de uma ‘privação sensorial’ devido ao seu isolamento prolongado nesta sua primeira missão espacial. Não havendo indicações de melhorias na saúde do cosmonauta, foi decidido a 23 de Agosto fazer regressar a tripulação na primeira oportunidade, isto é, nas seguintes 24 horas. O cosmonauta teve de ser transportado pelo seu companheiro de missão para a Soyuz-21, com o regresso marcado para 24 de Agosto.
Porém, mesmo o regresso à Terra da Soyuz-21 ficou marcado por problemas. Quando Volynov tentou separar a cápsula espacial da estação, deu-se uma falha no mecanismo de fixação da estação e à medida que os motores de separação eram activados, o mecanismo de acoplagem ficou preso. Nesta altura a Soyuz-21 não se encontrava acoplada à Salyut-5, mas ainda estava ligada à estação. À medida que os dois veículos saíam da zona de cobertura de comunicações, somente o primeiro conjunto de instruções de emergência foi recebido a bordo da Soyuz-21. Por uma segunda vez, Volynov tentou separar a cápsula da Salyut-5, mas apenas conseguiu abrir ligeiramente o mecanismo. Os dois veículos permaneceram ligados durante uma órbita, mas após a recepção do restante conjunto de instruções, foi possível a separação para alivio de Vitali Zholobov.
Como a Soyuz-21 regressou mais cedo do que esperado (após um voo de cerca de 49 dias), a missão encontrava-se fora da janela normal de recuperação. Após a reentrada, e à medida que descia em direcção ao solo, os dois cosmonautas foram confrontados com fortes ventos que levaram ao accionamento antecipado dos motores de descida. A aterragem foi violenta, tendo a cápsula ressaltado várias vezes no solo na área de uma quinta colectiva a 200 km sudoeste de Kokchetav, Cazaquistão.
No interior da Soyuz-21, os dois cosmonautas encontravam-se nos seus assentos suspensos pelos cintos de segurança. Devido ao seu regresso antecipado, a sua rotina de exercício foi interrompida e ambos encontravam-se fisicamente fracos. Abrindo a escotilha com algum esforço, Boris Volynov saiu para o exterior da Soyuz-21 mas não conseguia manter-se de pé sem auxílio. Por seu lado, Zholobov manteve-se no interior da cápsula espacial incapaz de seguir o seu Comandante devido ao facto de o seu capacete ficar entalado numa obstrução no interior da cápsula. Volynov regressou ao interior da cápsula espacial para ajudar Zholobov a sair, mas os dois homens estavam muito fracos para se afastarem da cápsula, sendo resgatados minutos mais tarde.
A doença de Vitali Zholobov, e numa menor extensão a condição de Volynov, foi aparentemente causada por uma fuga de ácido nítrico que terá ocorrido nos tanques da estação espacial. Por outro lado, surgiram referências ao facto de a tripulação ter interrompido o programa de exercício físico e de ter sofrido de constante insónias, não sendo apoiados de forma suficiente a partir do solo. Fossem quais fossem as razões, nenhum dos dois cosmonautas voltaria ao espaço. Em Janeiro de 2019 durante uma entrevista relacionada com o 50º aniversário da primeira acoplagem tripulada em órbita, Boris Volynov referiu que a situação médica de Vitali Zholobov havia sido piorada ao nível de um colapso psicológico, com a total falta de energia a bordo da Salyut-5 a 17 de Agosto de 1976.
A investigação oficial aos acontecimentos ocorridos durante a missão Soyuz-21, determinou que a Salyut-5 se encontrava em condições de receber novas tripulações. Porém, e havendo receio quanto ao estado da atmosfera interior da estação espacial, foi aconselhado que a tripulação seguinte utilizasse máscaras no seu ingresso ao interior da estação.
A Soyuz -23 (Soyuz 7K-T(A9) n.º 65) foi lançada às 1739:18UTC do dia 14 de Outubro de 1976 pelo foguetão 11A511 Soyuz (E15000-35). A bordo encontravam-se os cosmonautas Vyacheslav D. Zudov e Valeri I. Rozhdestvensky que iriam protagonizar uma das missões mais arriscadas de sempre na história do programa espacial Soviético. A missão começou logo com problemas mesmo antes de abandonar a plataforma de lançamento quando o autocarro que transportava os dois cosmonautas para a plataforma de lançamento avariou e durante o lançamento, o foguetão lançador desviou-se da sua trajectória de voo aproximando-se perigosamente do limite permitido, levando a uma abortagem em voo e colocando a Soyuz-23 numa órbita mais baixa do que a prevista. Isto deveu-se à ocorrência de ventos fortes no local de lançamento que desviaram o foguetão 11A511 Soyuz da sua trajectória.
A Soyuz-23 iniciou a aproximação final à Salyut-5 na sua décima sexta órbita e a 7 km de distância, a tripulação colocou a sua cápsula espacial no modo automático de aproximação e acoplagem. Porém, a 7,5 km de distância os dois homens relataram ‘fortes flutuações laterais’ na cápsula espacial. A uma distância de 1,6 km as oscilações haviam aumentado até um ponto no qual a cápsula espacial começou a desviar-se da estação espacial, apesar dos instrumentos de bordo não indicarem que isto estava a acontecer. A 500 metros da Salyut-5, a Soyuz-23 estava ainda a afastar-se da estação e encontrava-se a viajar a uma velocidade muito elevada para uma acoplagem bem sucedida, o que levou a tripulação a desactivar o programa de aproximação.
Os dois cosmonautas não estavam contentes com a situação, pois conseguiam observar a Salyut-5 a curta distância e enquanto tentavam determinar a causa do ocorrido, requereram uma segunda tentativa de aproximação e acoplagem. Por esta altura as oscilações haviam parado, mas o controlo da missão estava a par dos baixos níveis de propelente a bordo da cápsula espacial devido à inserção numa órbita demasiado baixa. Isto resultou numa quantidade de combustível suficiente para apenas uma tentativa de aproximação e acoplagem, e uma tentativa de regresso à Terra. As regras da missão indicavam que o propelente deveria ser suficiente para duas manobras de saída de órbita e apesar dos dois cosmonautas estarem confiantes no sucesso de uma segunda tentativa de acoplagem, não foram autorizados a fazê-lo.
A Vyacheslav Zudov e Valeri Rozhdestvensky, ambos na sua primeira missão espacial, foi dito para removerem os fatos espaciais pressurizados Sokol e aguardarem por novas instruções. Ultrapassando a janela de regresso para esse dia, foram dadas instruções para se desactivar todo o equipamento não essencial para poupar energia, pois esta versão da Soyuz não estavam equipada com painéis solares e os recursos energéticos a bordos eram extremamente limitados. Pela primeira vez, a União Soviética anunciava que uma acoplagem havia falhado em órbita devido a problemas com o equipamento e os dois cosmonautas teriam de esperar pela próxima oportunidade de regresso à Terra.
Com a aterragem a ser planeada para a área normal de descida, a tripulação foi informada de que deveria permanecer no interior da cápsula espacial após a descida pois as condições meteorológicas, com a ocorrência de ventos fortes e queda de neve, estavam longe de ser as ideais.
A retro-travagem, o processo de separação dos módulos e as diferentes fases da reentrada atmosférica decorreram sem qualquer problema, mas os ventos fortes levaram a um desvio de 121 km em relação ao local previsto de descida que ocorreu num forte nevoeiro e a uma temperatura de -22ºC. Os dois cosmonautas preparavam-se para o impacto no solo, mas para sua surpresa a cápsula acabaria por amarar no Lago Tengiz, a cerca de 140 km a Oeste de Arkalyk, Cazaquistão. A amaragem nas águas geladas do lado ocorreu a 8 km da costa Norte e a cápsula acabaria por ser arrastada pelo pára-quedas principal durante cerca de 8 km. Estando de lado, a escotilha dianteira de acesso ao exterior da Soyuz-23 não pôde ser aberta, pois a água entraria na cápsula e assim não havia a possibilidade de deixar entrar ar para o interior. A tripulação tinha apenas duas horas de oxigénio disponível e teve de confiar uma válvula de equalização de pressão que felizmente havia permanecido fora de água, mas que não os conseguiria suportar por muito mais tempo.
Com o seu exterior quente da reentrada, a cápsula rapidamente começou a arrefecer nas águas geladas do Lago Tengiz e os dois cosmonautas removeram os seus fatos espaciais pressurizados e envergaram os seus fatos de voo. Esperando um salvamento rápido, o denso nevoeiro ocultava o farol luminoso da Soyuz-23 e após quinze minutos após a descida, a corrosão do sal das águas do lado activou as cargas pirotécnicas do contentor do pára-quedas de reserva que se abriu e encheu de água, arrastando a cápsula para o fundo das águas rasas do lago. Felizmente, o lago não era muito profundo naquela localização, o que poderia ter vitimado a tripulação.
Para conservarem oxigénio, os dois cosmonautas evitaram falar e mover, mas isto acabou por prejudicar as tentativas de salvamento. A cápsula acabaria por ser encontrada por acaso por um helicóptero. Voando em ventos de 20 m/s, o helicóptero desceu a 4 metros da cápsula e utilizou o seu potente foco de luz para indicar a localização da Soyuz-23 no interior da qual o gelo começou a formar-se nas suas paredes. Com as condições meteorológicas a não melhorarem e sem equipamento de resgate ideal, as condições de resgate seriam arriscadas e mesmo a descida da equipa de salvamento foi impossível devido ao vento forte. O helicóptero de resgate cedo teve de se afastar devido ao baixo nível de combustível a bordo. Outros helicópteros encontraram as mesmas dificuldades, mas outros conseguiram colocar veículos anfíbios na costa que encontraram muitas dificuldades em navegar através das zonas pantanosas e geladas do lago. Com todas as vias de acesso à cápsula a encontrar extremas dificuldades, foi decidido esperar pela luz do dia para salvar Vyacheslav Zudov e Valeri Rozhdestvensky.
Apesar da Soyuz ser projectada para sobreviver em caso de uma amaragem, possuía somente 40 minutos de reserva de energia, o que levou a que os cosmonautas desactivassem todos os sistemas de bordo, exceptuando uma pequena luz. As rações alimentares a bordo eram suficientes, mas frias. Quando o pára-quedas de reserva se abriu, colocou a cápsula com a válvula de equalização de pressão de baixo de água, não havendo assim hipótese de se renovar a atmosfera interior. A determinada altura os dois homens começaram a mostrar sinais de falta de oxigénio, respirando de forma pesada e com as suas vozes a tornarem-se roucas e irreconhecíveis. Os dois cosmonautas haviam entretanto envergado os seus fatos de sobrevivência aquáticos e Zudov reportava que estavam prontos a abandonar a Soyuz-23. Quando a manhã surgiu, Rozhdestvensky anunciava que o seu Comandante havia perdido a consciência devido à falta de oxigénio e pouco depois o contacto com a tripulação era perdido quando a antena de comunicações ficou debaixo de água.
Com a aproximação da manhã, as condições meteorológicas melhoraram ligeiramente mas a temperatura mantinha-se nos -22ºC. Um helicóptero pesado foi capaz de fixar um guincho na cápsula espacial e durante uma difícil viagem de 45 minutos, foi capaz de arrastar a cápsula espacial até à margem do lago. A tripulação quase que se sufocou nesta tentativa de resgate, com a cápsula a quase afundar-se a 5 km da costa. Eventualmente, e cerca de 11 horas após a descida, a Soyuz-23 chegava a terra firma. As equipas de resgate haviam quase perdido a esperança de encontrar os dois homens com vida e foi com certa surpresa que assistiram à abertura da escotilha por parte de Rozhdestvensky.
A investigação à falha na acoplagem debruçou-se sobre as grandes oscilações nos sinais do sistema de aproximação Igla. Uma reconstrução dos eventos apontou para uma actuação razoável por parte da tripulação, mas as suas acções poderão ter violado instruções anteriores. Foi determinado que quando a cápsula espacial detectou a Salyut-5, a luz de movimento lateral foi accionada no interior da cabine da tripulação, indicando que esses movimentos haviam cessado. Porém, como os motores que são utilizados para parar os movimentos laterais não foram desactivados, a cápsula continuou a balançar. A tripulação relatou sentir o movimento, mas os seus instrumentos indicavam que estavam de facto estacionários. Os cosmonautas reflectiram sobre a situação e chegaram à conclusão de que se abandonassem a aproximação a missão teria de ser abortada devido aos baixos níveis de propelente em resultado das manobras iniciais de elevação da altitude orbital. A tripulação esperou até ao último momento para abandonar a aproximação, ignorando os quatro pontos durante esta manobra nos quais poderiam ter finalizado as operações. Felizmente para a tripulação, as luzes no painel de controlo haviam registado uma aproximação normal. De forma clara, o problema encontrava-se no sistema de aproximação Igla.
Como nota de rodapé, nenhum dos cosmonautas sofreu efeitos a longo prazo da sua provação no Lago Tengiz, e nenhum deles voltaria ao espaço.
Entretanto, a Salyut-5 continuava em órbita terrestre a aguardar a sua próxima tripulação que seria lançada às 1612UTC do dia 7 de Fevereiro de 1977 pelo foguetão 11A511U Soyuz-U (E15000-092). A bordo da Soyuz-24 (Soyuz 7K-T(A9) n.º 66) encontravam-se os cosmonautas Viktor V. Gorbatko e Yuri N. Glazkov que deveriam passar 18 dias a bordo da Salyut-5.
Tudo decorreu como previsto na missão até a Soyuz-24 se encontrar a 80 metros da estação espacial a 8 de Fevereiro. Nesta altura, o sistema de aproximação Igla voltou a registar problemas, levando a que Gorbatko assumi-se o controlo da cápsula espacial e completando o resto da aproximação e subsequente acoplagem com a Salyut-5. Após a acoplagem, a tripulação permaneceu no interior da cápsula para um período de descanso de seis horas antes de ingressar na estação espacial, o que aconteceu a 9 de Fevereiro. Os dois homens utilizaram máscaras e procederam a recolhas iniciais de amostras da atmosfera interior da Salyut-5, declarando que a situação no interior da estação espacial era normal.
A missão da Soyuz-24 terminaria a 25 de Fevereiro com o regresso à Terra com uma temperatura de -17ºC no loca de aterragem e fortes ventos. Na aterragem a cápsula rolou por várias vezes infligindo pequenas escoriações nos dois homens. Após aguardarem numa posição desconfortável no interior da Soyuz-24, Gorbatko e Glazkov decidiram remover os seus cintos de segurança e deixar o interior da cápsula espacial para aguardarem o resgate. Porém, as condições no exterior eram severas e muito frio, levando os dois cosmonautas a ingressar de novo na cápsula espacial os dois homens seriam resgatados uma hora mais tarde.
A Soyuz-24 seria a última missão para a Salyut-5 apesar de haver uma outra tripulação disponível composta por Anatoli N. Berezovoi e Mikhail I. Lisun. Os dois homens deveriam participar numa missão de 15 dias, sendo lançados na Soyuz-25.
Porém, os preparativos da cápsula espacial demorariam dois meses e outros dois meses de preparativos em Baikonur. Isto necessitaria que a Salyut-5 permanecesse em órbita com um consumo de 250 kg de propelente e na altura em que a Soyuz-25 chegasse à estação, haveria uma falta de 70 kg de propelente para a sua missão. A missão de Berezovoi e Lisun foi então cancelada e a Salyut-5 seria descartada a 8 de Agosto de 1977 com uma reentrada destrutiva sobre o Oceano Pacífico.
Artigo baseado no texto “Salyut 5 ferry missions, 1976-77” no livro “Soyuz – A Universal Spacecraft” de Rex D. Hall e David J. Shayler, publicado pela Springer Praxis, 2003
Fotografia: arquivo fotográfico de Rui C. Barbosa (Internet)