No passado dia 19 de Julho, a China colocou em órbita três satélites a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan. Apresentados como satélites de demonstração tecnológica, o Chuangxin-3, Shiyan Weixing-7 e Shijian-15, têm-se dedicado às suas tarefas em órbita terrestre.
No entanto, um destes satélites parece particularmente activo, executando constantes alterações de órbita e realizando aproximações a outros satélites numa sucessão de manobras que têm feito levantar a curiosidade dos especialistas Ocidentais.
O satélite SY-7 Shiyan-7 já havia realizado manobras de aproximação ao satélite CX-3 Chuanxing-3, no entanto no dia 18 de Agosto realizou uma manobra que o levou perto do satélite SJ-7 Shijian-7 que foi lançado a 5 de Julho de 2005 pelo foguetão CZ-2D Chang Zheng-2D (Y6) a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan. A própria história do satélite SJ-7 está povoada de alterações orbitais seguidas de longos períodos de decaimento orbital. A sua última manobra foi realizada em Janeiro de 2013, tendo vindo a perder altitude desde então.
Crê-se que o satélite SY-7 esteja equipado com o primeiro barço-robot desenvolvido pela China e que o satélite possa assim ser capaz de capturar outros objectos em órbita. Em resultado das manobras previamente executadas, seria de esperar que o SY-7 viesse a levar a cabo um encontro orbital com o satélite CX-3. Porém, e de forma inesperada, o satélite acabaria por ficar a apenas 2 km do SJ-15 numa órbita com um perigeu a 565 km e apogeu a 610 km.
Os verdadeiros objectivos destas manobras não serão certamente conhecidos num futuro próximo, mas estes desenvolvimentos só vêm mais uma vez provar que a China encontra-se de vento em popa no desenvolvimento das tecnologias espaciais e que no futuro será de esperar um considerável aumento da actividade espacial chinesa.