Hoje é o 45º aniversário do primeiro lançamento do foguetão soviético N-1 que teve lugar a 21 de Fevereiro de 1969.
Quando em Julho de 1969, Neil Armstrong e Edwin Aldrin cumpriam o desígnio do Presidente Kennedy de chegar à Lua antes do final da década, poucos imaginavam o esforço que tinha sido realizado pelo outro lado da Cortina de Ferro para chegar à Lua.
Vítima de uma luta entre os principais engenheiros do «programa» espacial soviético, de uma falta de financiamento crónica e de uma má gestão de recursos, o programa lunar tripulado da União Soviética foi enterrado sobre toneladas de secretismo com a chegada de Chelomei à direcção do principal centro de construção e desenvolvimento espacial soviético. O programa lunar foi apagado da História; os técnicos, cientistas, engenheiros e cosmonautas soviéticos foram proibidos de pronunciar uma sílaba sobre a sua existência, e o governo sempre negou que alguma vez tenha existido tal programa destinado a enviar os primeiros cosmonautas para a Lua.
Com o fim do país dos sovietes, a verdade via a luz do dia em mais de vinte anos. Os arquivos secretos ficaram disponíveis e o acesso às instalações ultra-secretas revelou o material, a instrumentação e os veículos que estavam destinados a transportar a foice e o martelo nas mãos dos cosmonautas para a Lua. No entanto, actualmente não existe nenhum exemplar do monstro que deveria lançar para a Lua os cosmonautas soviéticos. O foguetão 11A52 N1 serviu como exemplo de como o programa lunar foi escondido da opinião pública soviética, que teve de esperar pela «perestroika» e pela «glasnost» para conhecer a verdadeira dimensão de todo o programa.