Ao contrário do que se possa pensar, não cabe ao Cosmódromo de Baikonur nem ao Cabo Canaveral a honra de serem os locais de lançamento mais activos do planeta. Essa honra vai para o Cosmódromo GIK-1 Plesetsk, que era até à poucos anos uma das zonas mais secretas da Terra, mas tendo perdido essa actividade após o colapso da União Soviética.
Situado a 62º07’N – 40º03’E, os foguetões lançados desde Plesetsk podem colocar cargas em órbitas com uma inclinação entre os 62,0º e os 83,0º em relação ao equador terrestre.
O Cosmódromo de Plesetsk tem uma área de 1.762 km2 e estende-se 46 km de norte a sul e 82 km de este a oeste. As noites de Verão são curtas, e na realidade nunca chega a ficar escuro, enquanto que no Inverno somente há uma horas de luz e a noite é muito longa. As temperaturas são ainda mais extremas em Plesetsk do que em Baikonur, atingindo os –46ºC. Porém, não existem registos que este factor alguma vez tenha afectado o lançamento de foguetões.
Origem de Plesetsk e os primeiros anos
A decisão de construir a base de mísseis balísticos intercontinentais de Plesetsk surge após a União Soviética ter a necessidade de atacar os Estados Unidos com uma maior rapidez do que a possível a partir de Baikonur. O caminho mais curto para os inimigo passava sobre o Oceano Árctico e cedo se tornou óbvia a necessidade de se colocarem o mais a norte possível as plataformas de lançamento do R-7 tirando assim partido do máximo alcance dos mísseis. A nova base teria de ser acessível por caminho de ferro, que era a única forma de transporte dos diferentes estágios do míssil de Korolev, ao mesmo tempo que deveria permanecer o mais secreta possível.
A busca pela nova base foi levada a cabo por uma equipa do Ministério da Defesa que acabou por escolher uma área de 200 km2 em torno da cidade de Mirniy, região de Archangelsk situada a 800 Km a Norte de Moscovo, para ser a primeira base operacional para o R-7 Semyorka. À base foi dado o nome de Plesetsk que na realidade ar uma pequena vila a 4 km de Mirniy. Uma terceira base localizada em Krasnoyarsk chegou a estar planeada, mas nunca foi construída.
A 11 de Janeiro de 1957 é emitido o Decreto n.º 61-39 que autoriza a construção da base de mísseis em Plesetsk e em Fevereiro as primeiras equipas de construção chegaram ao local do futuro Cosmódromo. Os primeiros trabalhos foram atrasados pelas duras condições existentes no local com temperaturas que atingiam os –45ºC. A 4 de Julho de 1957 é formada em Bolshevo uma nova unidade militar que seria enviada para Plesetsk em Setembro de 1957. Os mais de 150 homens iriam viver em tendas e em carruagens de comboio até à construção das primeiras instalações em Maio de 1958.
Plesetsk só foi oficialmente reconhecida pela União Soviética em 1983, sendo anteriormente designada Leningrado-300. Porém já no início dos anos 60 os Estados Unidos tinham conhecimento da existência do “Cosmódromo do Norte” e por várias vezes tentaram levar a cabo voos de reconhecimento fotográfico sobre o território norte da União Soviética para determinar a localização exacta da base. O famoso voo do piloto norte-americano Gary Powers, cujo avião U-2 foi abatido sobre território soviético a 1 de Maio de 1960, tinha como objectivo um voo de costa à costa com o intuito de fotografar Baikonur e Plesetsk. Powers nunca conseguiu fotografar Plesetsk e as primeiras imagens acabaram por ser obtidas pelos satélites da série Corona.
A primeira plataforma de lançamento para o R-7 no complexo Angara, cuja construção é iniciada em Abril de 1958, é declarada operacional em Dezembro de 1959 e nesse mesmo mês é criado o RVSN, Forças de Mísseis Estratégicos, pertencente ao Exército Soviético e que comanda as operações do Cosmódromo. O primeiro R-7 é lançado de Plesetsk a 15 de Dezembro de 1959.
Sendo a primeira base operacional de mísseis balísticos, Plesetsk viu em Agosto de 1960 o início da construção de duas plataformas para o míssil R-16 e em Junho de 1961 eram construídos três silos subterrâneos para o míssil R-16U.
Por várias vezes a base esteve em alerta máximo na confrontação entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a Guerra Fria e particularmente durante a crise dos mísseis cubanos, na qual o mundo esteve à beira da confrontação nuclear entre as duas superpotências. Um dos pontos altos teve lugar entre 11 de Setembro e 21 de Novembro de 1961 durante a crise cubana. Nestes dias todas as luzes em Plesetsk tinham de ser desligadas após o pôr do Sol e as sirenes de alarme de ataque nuclear eram muitas vezes accionadas em ensaios para o pior. Os R-7 estacionados em Plesetsk estavam apontados para Los Angeles, Nova Iorque, Washington e Chicago.
Com o aparecimento dos mísseis de combustível sólido, procurou-se um novo local de ensaios para os novos mísseis. Nesta altura também havia a necessidade de se criar um novo local de lançamentos espaciais capaz de atingir órbitas com grandes inclinações, isto é órbitas polares. A região perto da cidade de Velsk, a 300 km SE de Plesetsk, foi escolhida como a nova zona de testes e futuro Cosmódromo em Dezembro de 1962. No entanto Seguei Korolev não era muito adepto da ideia da construção de um novo local de testes, vendo-o mais como um desperdício de fundos quando Plesetsk poderia ser utilizado para o mesmo efeito. Após apresentar as suas recomendações ao Ministério da Industria da Defesa, a 16 de Setembro de 1963 o Soviete Supremo da União Soviética emitiu um decreto no qual fundia as operações de polígono de testes com as operações de base militar em Plesetsk.
Testes de ICBM em Plesetsk
Os primeiros mísseis de combustível sólido testados em Plesetsk foram os 8K98 RT-2 SS-13 Savage com o primeiro voo com sucesso a decorrer a 26 de Fevereiro de 1966. Em Plesetsk existiam três silos subterrâneos para o RT-2 e em 26 de Abril de 1969 é utilizado pela primeira vez um sistema de controlo automático para lançar um míssil deste tipo. Após o fim dos testes iniciais, o RT-2 foi colocado em Plesetsk para testes operacionais com um total de mais de 140 mísseis a ser disparados desde o Cosmódromo. A 16 de Janeiro de 1970 é disparado o primeiro 8K98P RT-2P Savage (SS-13 Mod 2), uma versão do RT-2 modificada. No total foram disparados 51 mísseis RT-2P em Plesetsk até Janeiro de 1972.
Muitos outros mísseis foram testados em Plesetsk, tais como o míssil móvel 8K99 SS-X-15 RT-20 Scrooge em Outubro de 1967. No total foram testados 12 mísseis RT-20 dos quais 8 fracassaram, resultando no cancelamento do programa a 6 de Outubro de 1969. A 14 de Março de 1972 é lançado o primeiro míssil móvel 15Zh42 RS-14 Temp-2S SS-16 Sinner a partir de Plesetsk sendo ensaiados um total de 35 mísseis.
Na panóplia de mísseis desenvolvidos pela União Soviética existiu a certa altura a necessidade de se poderem deslocar estas armas tornando-as assim virtualmente indetectáveis aos vários meios de detecção dos Estados Unidos. Um desses sistemas era o do míssil 15Zh44 RT-23 SS-24 Scalpel transportado e disparado a partir de comboios. Os testes do Scalpel foram levados a cabo entre Janeiro de 1982 e Abril de 1985, com o primeiro voo teste realizado a 26 de Outubro de 1982, tendo porém resultado em fracasso. Em Dezembro seguinte dava-se o primeiro lançamento com sucesso do Scalpel desde Plesetsk. Outras versões do Scalpel, 15Zh44 RT-23UTTKh RS-22B SS-24 Scalpel Mod 1 e RT-23UTTKh Molodets, foram testados em Plesetsk sendo lançados a partir de silos subterrâneos, existindo oito silos no Cosmódromo.
Já nos anos 90 foram testadas as últimas gerações de mísseis soviéticos e russos, mais precisamente o RS-12M2 Topol-M SS-25B Sickle.
Lançamentos espaciais a partir de Plesetsk
O satélite Cosmos 112 ‘Zenit-2 n.º 37’ foi o primeiro satélite colocado em órbita desde Plesetsk no dia 17 de Março de 1966 por um foguetão 8A92 Vostok a partir do Complexo LC41/1. No dia 4 de Abril é lançado também de Plesetsk o satélite Cosmos 114 ‘Zenit-4’ por um foguetão 11A57 Voskhod. Estes satélites eram anteriormente lançados desde o Cosmódromo de Baikonur. Estes lançamentos foram detectados no Ocidente pelos alunos do Grupo Kettering, no Reino Unido, que notou a grande inclinação das suas órbitas e como tal deduziu a existência de um novo Cosmódromo no norte da União Soviética. A descoberta foi anunciada a 3 de Novembro de 1966, após o lançamento do satélite Cosmos 129 ‘Zenit-2 n.º 33’ a 14 de Outubro por um foguetão 8A92 Vostok. Muito provavelmente os Estados Unidos já tinham conhecimento da existência de Plesetsk, no entanto não o admitindo com receio de revelar as suas capacidades de espionagem.
Desde então, e até ao final de 2002, foram realizados 1.601 lançamentos orbitais desde Plesetsk, sendo na sua maioria de índole militar. O ano de 1967 foi o ano mais activo em Plesetsk com um total de 69 lançamentos, porém com a queda da União Soviética o número de lançamentos baixou consideravelmente atingindo um mínimo de 4 lançamentos orbitais em 2000. Em 1994 Baikonur realizou mais lançamentos orbitais do que Plesetsk (30 para 19, respectivamente) o que já não acontecia desde 1968 (36 para 30, respectivamente).
Muitos dos lançamentos orbitais e sub-orbitais realizados desde Plesetsk foram por várias vezes avistados desde a Finlândia e devido à natureza secreta do cosmódromo surgiram mesmo no interior da então União Soviética vários relatos de observações de objectos voadores não identificados. Com o anuncio da existência do cosmódromo de Plesetsk pela União Soviética, essas observações encontraram a óbvia explicação lógica.
Plesesk assistiu também a alguns dos mais mortíferos acidentes com foguetões espaciais ou com operações relacionadas com o lançamento de veículos para a órbita terrestre. Em Agosto de 1983 cinco soldados morreram devido a uma série de curtos-circuitos eléctricos e em Janeiro de 1984 três soldados morreram numa explosão registada nas instalações de produção de oxigénio e nitrogénio no Cosmódromo. Porém dois desastres são ainda hoje assinalados no Cosmódromo, dos quais resultaram dezenas de fatalidades. No dia 26 de Junho de 1973 estava previsto o lançamento militar utilizando um foguetão 11K65M Kosmos-3M. O lançamento deveria ocorrer às 2232UTC, mas devido ao mau funcionamento de um sensor que provocou um enchimento em excesso de um depósito de combustível que acabou por originar uma fuga. O lançamento foi cancelado a T-15s e a equipa e controlo iniciou os procedimentos para desactivar o lançador. Entretanto equipas de técnicos foram enviadas para a plataforma de lançamento LC-133. Às 0122UTC do dia seguinte uma violenta explosão sacudiu o complexo de lançamento, originando imediatamente um grande incêndio. No total acabaram por falecer 9 pessoas e 13 ficaram gravemente feridas. As autoridades soviéticas não revelaram o acidente e as vítimas acabaram por ser enterradas numa sepultura comum na cidade de Mirny não muito longe do Cosmódromo. Um memorial às vítimas deste desastre acabou por ser erigido em 1974 em Plesetsk.
Em 1991 surgiram rumores que um grande acidente havia ocorrido em Plesetsk a 18 de Março de 1980 durante o abastecimento de um foguetão 8A92M Vostok-2M que deveria colocar em órbita um satélite do tipo 11F619 Tselina-D Ikar. Enquanto que dezenas de técnicos ainda se encontravam numa das plataformas de lançamento do complexo LC43, fora descoberta uma fuga de combustível nas condutas na plataforma de lançamento. Uma equipa de técnicos no local decidiu estancar a fuga com farrapos húmidos na esperança que acabasse por parar quando o frio intenso congelasse a água. Os farrapos foram obtidos de um camião que se encontrava próximo da plataforma de lançamento e infelizmente vinham contaminados com restos de óleo e combustível. Breves segundos após colocarem os farrapos húmidos na conduta de combustível, estes incendiaram-se. Em menos de um minuto toda plataforma de lançamento se encontrava em chamas e de seguida o foguetão, originando-se uma violenta explosão que destruiu o complexo. Tal como acontecera com o acidente de 1973, nada foi revelado acerca deste caso pela União Soviética. Segundo Boris Chertok, um dos ajudantes de Serguei Korolev, “…nenhum oficial importante morreu neste acidente e é por isso que, naturalmente, nada foi dito ao público. Foi o segundo maior acidente no solo desde 24 de Outubro de 1960.” A verdade acerca deste acidente e da utilização dos farrapos para estancar uma fuga de combustível, só foi compreendida após meses de investigações, testes e interrogatórios a testemunhas no local. A comissão oficial que investigou o acidente atribuiu a sua causa ao não cumprimento das regras de segurança por parte de algum pessoal de manutenção no solo. As vítimas acabaram por ser sepultadas no mesmo local onde já jaziam as vítimas da explosão de 27 de Julho de 1973.
Porém, este acidente seria recordado no ano seguinte quando a 23 de Junho de 1981 se evitou por pouco nova catástrofe com o mesmo tipo de lançador. Então, concluiu-se que uma válvula fabricada à base de materiais que em contacto com o peróxido de hidrogénio originava uma reacção em cadeia de explosões, estaria na origem deste acidente.
A 15 de Outubro de 2002 a explosão de um foguetão 11A511U Soyuz-U provocou a morte de um soldado em Plesetsk e a perda do satélite Foton-M n.º 1.
Complexos e instalações em Plesetsk
Uma preocupação que os soviéticos tiveram ao construir a base de mísseis de Plesetsk, foi a não repetição dos erros feitos em Baikonur onde, por exemplo, os complexos habitacionais estão localizados a 30 Km do Cosmódromo. Em Plesetsk os complexos habitacionais estão a 2 Km do Cosmódromo.
Plesetsk está dividido em dois flancos. O flanco esquerdo está situado ao longo do Rio Emtsa e possui quatro plataformas de lançamento para os foguetões derivados do míssil R-7 (Complexo Angara), sendo muito semelhantes aos complexos existentes no Cosmódromo de Baikonur para estes veículos. As margens inclinadas ao longo do rio pouparam os esforços de escavação dos fossos das chamas das plataformas. No flanco direito estão situados quatro complexos de lançamento: Complexo Voskhod para os foguetões 11K65 Kosmos-3, dois Complexos Chusovaya para os foguetões 11K65M Kosmos-3M e o Complexo Raduga para o foguetão 63S1M Kosmos-2M, desactivado em 1974.
Junto das plataformas de lançamento encontram-se os complexos habitacionais das equipas de serviço nas plataforma, além de instalações de produção de oxigénio e nitrogénio, estações de rasteio e de orientação, centros de comunicações e estação de caminhos de ferro.
A cidade de Mirny está localizada a 36 km das plataformas de lançamento e foi uma cidade bem planeada desde o início da sua construção, contendo complexos recreativos e de desporto, fábricas de produtos alimentares, teatros, centros culturais, uma grande diversidade de lojas, hotéis, memoriais e vários parques, além do aeroporto de Pevo.
Quando a primeira geração de mísseis balísticos intercontinentais ficou obsoleta, foi a vez dos mísseis R-16U de Yangel entrarem ao serviço em Plesetsk, ao mesmo tempo que se transformava num Cosmódromo. Em 1968 todas as plataformas do Complexo Angara haviam sido reconvertidas em plataformas espaciais. A primeira plataforma a ser reconvertida foi a SK-1, posteriormente designada LC-41/1. Foi desta plataforma a partir da qual se realizou o primeiro lançamento orbital de Plesetsk. A LC41/1 foi modernizada em 1976 e acabou por ser desmantelada em 1981 após ter sido utilizada para lançar dois mísseis R-7A e 308 lançamentos espaciais. Em 1997 foi iniciada a reconstrução da plataforma para ser utilizada com um novo foguetão lançador Soyuz-2.
A plataforma SK-2 foi desmontada em 1966 e utilizada para a reconstrução do complexo LC-31 em Baikonur que havia sido danificado na explosão de um foguetão após a abortagem de um lançamento. Foi reconstruída entre 1979 e 1981 e designada LC-16/2. A plataforma SK-3 (LC43/3) foi danificada na explosão de um foguetão 11A511U Soyuz-U no dia 18 de Junho de 1987 quando tentava colocar em órbita o satélite Resurs-F1 14F40 n.º 105. Após os trabalhos de reconstrução reentrou ao serviço a 22 de Dezembro de 1988 com o lançamento de um foguetão 8K72 Molniya-ML que colocou em órbita o satélite Molniya-3 (34) ‘Molniya-3 n.º 52’.
A plataforma SK-4 (LC-43/4) foi destruída na explosão de 18 de Março de 1980, sendo reconstruída e regressando ao serviço em Abril de 1983.
Em Março de 1967 foi inaugurado o Complexo Raduga (LC-133) para o lançamento dos foguetões 63S1 Kosmos-2, sendo realizados 164 lançamentos até 1977 ano em que foi desactivado. O Complexo Voskhod (LC-131) foi utilizado entre 1967 e 1969 para o lançamento dos foguetões 11K65 Kosmos-3, sendo posteriormente substituído pelo complexo LC-132 de onde são lançados os foguetões 11K65M Kosmos-3M. Este complexo é especial impressionante devido ao facto da sua complexidade que necessita de processar cinco tipos diferentes de propolentes e três tipos de gases utilizados nos lançadores. Uma das plataformas foi reconvertida nos anos 90 para ser utilizada no lançamento dos foguetões 15A30 Rokot. O primeiro lançamento do Rokot em Plesetsk teve lugar a 16 de Maio de 2000 colocando em órbita os satélites SimSat-1 e SimSat-2.
Os foguetões 11K68 Tsyklon-3 utilizavam o complexo 11P868 localizado na Área 32, possuindo duas plataformas de lançamento. Possuindo sistemas automáticos, o complexo começou a ser construído em 1971. A sua primeira plataforma ficou operacional a 24 de Junho de 1977 com o lançamento (1030UTC) de um foguetão 11K68 Tsyklon-3 que colocou em órbita o satélite Cosmos 921 ‘GVM’. A segunda plataforma foi pela primeira vez utilizada em 12 de Fevereiro de 1979 para o lançamento do satélite Cosmos 1076 ‘Okean-E 1’ por um foguetão 11K68 Tsyklon-3.
Outros complexos são utilizados para lançar os mísseis Topol-M e os foguetões 15Zh58 Start, além de lançamentos sub-orbitais.
O foguetão lançador 11K77 Zenit-2 estava também planeado para ser lançado a partir do Cosmódromo de Plesetsk e para tal iniciou-se em princípios dos anos 80, a construção do complexo LC-35 (imagem em cima do lado direito). Porém o complexo não ficou terminado antes da desagregação da União Soviética, sendo os trabalhos nas plataformas suspenso dado que o veículo é construído na Ucrânia e não sendo, logicamente, útil para colocar em órbita satélites militares russos. Porém, com os prospectos da nova família de lançadores Angara, os trabalhos no complexo LC-35 foram posteriormente retomados e foi aí onde se deu o lançamento inaugural do novo foguetão em 2014.
A localização geográfica do Cosmódromo de Plesetsk não permitiu a instalação de duas estações de controlo que eram o mínimo necessário para suportar o lançamento das versões iniciais do míssil R-7. Como resultado o sistema de controlo de voo do R-7 teve de ser melhorado por forma a poder ser controlado através de somente uma estação de controlo.
A rede original de estações terrestres de controlo utilizadas para os lançamentos a partir de Plesetsk, incluía cinco estações: IP-1 Dobryanka, IP-2 Kluchevoe, IP-3 Naryan Mar, IP-4 Zheleznodorozhny e IP-5 Ilha de Nova Zemlia. Posteriormente foram incluídas na rede as estações IP-8 Norlisk, IP-9 Yakutsk e IP-10 Mirniy (República de Sakha).