O foguetão Electron da empresa Norte-americana, Rocket Lab, levou a cabo o seu primeiro voo a partir da Península de Máhia, Nova Zelândia, sem no entanto conseguir atingir a órbita terrestre. Porém, a empresa conseguiu obter dados importantes sobre o desempenho do novo lançador que conseguiu ultrapassar a fase de separação das duas metades da carenagem e da ignição do segundo estágio.
A Rocket Lab tem por objectivo expandir o mercado do lançamento de pequenos satélites. A empresa, com uma subsidiária na Nova Zelândia, torna-se assim no mais recente actor no palco internacional do lançamento de satélites.
A janela de lançamento de dez dias para a primeira missão do Electron iniciou-se às 2100UTC do dia 21 de Maio. Porém, devido às más condições atmosféricas, o lançamento foi adiado por duas vezes para a manhã do dia 25 de Maio, eventualmente ocorrendo às 0420UTC a partir do LC1 (Launch Complex 1).
A missão, denominada ‘It’s a Test’ conseguiu atingir o espaço exterior. Segundo Peter Beck, CEO da Rocket Lab, “Foi um excelente voo. Tivemos uma boa ignição do primeiro estágio, separação do primeiro estágio, ignição do segundo estágio e separação da carenagem de protecção. Não atingimos mos a órbita e iremos investigar porquê, porém atingir o espaço no nosso primeiro teste coloca-nos numa forte posição para acelerar a fase comercial do nosso programa, levar os nossos clientes para órbita e tornar o espaço aberto para o negócio.”
A missão tinha como objectivo colocar uma carga numa órbita elíptica com um perigeu a 300 km de altitude e um apogeu a 500 km de altitude com uma inclinação orbital de 83º. Esta foi uma missão experimental para o foguetão Electron, tendo como objectivo obter a maior quantidade possível de dados sobre o desempenho e performance do lançador.
O Electron é um lançador a dois estágios com um comprimento de 17 metros e um diâmetro de 1,2 metros. É capaz de colocar em órbita terrestre baixa uma carga de 225 kg, sendo a sua carga nominal de 150 kg.
O lançador tira partido de materiais compósitos na sua fuselagem, tendo uma estrutura forte e super leve. Da mesma forma, os tanques de propolente são fabricados em materiais compósitos.
O primeiro estágio está equipado com nove motores Rutherford e tem uma capacidade de 162 kN, com um impulso específico de 303 s. O motor Rutherford consome querosene e oxigénio líquido, utilizando componentes impressos em 3D
O segundo estágio do lançador é propulsionado por um motor derivado do motor Rutherford melhorado para uma excelente performance em condições de vácuo. É capaz de desenvolver 22 kN de força e um impulso específico de 333 s.
Dados estatísticos e próximos lançamentos
– Lançamento orbital: 5626
– Lançamento orbital Rocket Lab: 1
– Lançamento orbital desde Península de Máhia: 1
Os próximos lançamentos orbitais previstos são (hora UTC):
1 Jun (0020:00) – H-2A/202 (F34) – Tanegashima, Yoshinubo LP1 – QZS-2 Michibiki-2
1 Jun (2155:00) – Falcon-9 – CE Kennedy, LC-39A – Dragon SpX-11 (CRS-11)
1 Jun (2345:07) – Ariane-5ECA (VA237) – CSG Kourou, ELA3 – ViaSat-2; Eutelsat-172B
5 Jun (????:??) – GSLV MkIII-D1 – Satish Dawan SHAR, SLP – GSAT-19E
14 Jun (0920:00) – Soyuz-2-1A – Baikonur, LC31 PU-6 – Progress MS-06